domingo, 5 de agosto de 2018

Alexandre Baldy Perdeu a Oportunidade de Se Transformar em Um Novo Líder e Saiu Menor do Que Entrou na Convenção do PP

O que era para se uma festa acabou se transformando em um evento de profunda decepção e frustração na convenção do PP realizada no Oliveira's Place.

O que seria um dia de consagração de Alexandre Baldy como um novo líder,  diante de um grande número de prefeitos e lideranças do partido,  acabou por encerrar prematuramente essa nova força política. 

Alexandre Baldy, havia decidido na madrugada de sábado para domingo,  em reunião no seu apartamento,  no edifício excalibur,  que o partido iria apoiar Daniel Vilela para governador. A reunião contou com a presença de candidatos a deputados federais,  mas não teve a participação de Roberto Balestra.

Após a fala de Alexandre Baldy, Roberto Balestra pediu a palavra e  criticou a forma como estava sendo conduzido o partido,  tomando uma decisão sem antes submeter a  vontade dos companheiros.

A confusão foi maior quando a direção do partido deu ordem para  desligar o microfone de Balestra. Houve revolta geral dos convencionais e o bate boca se intensificou. Mesmo com o microfone desligado Balestra continuou discursando.

Vanderlan, Heuler e Baldy saíram do palco assim que o microfone de Balestra foi desligado.

O Erro de Alexandre Baldy

Baldy conversou com todos os partidos que lançaram candidatos majoritários, Zé Eliton, Daniel,  Ronaldo Caiado e tinha já pronto o desenho que o partido desejava para esta eleição,  que seria espaço na chapa majoritária para vice e para o senado.

Na base aliada o espaço oferecido foi tão somente de vice, com Caiado teria a vice e uma vaga para o senado e com Daniel Vilela vice, senado e suplência para o senado.

O que Baldy deveria fazer como líder é levar claramente estas propostas para convenção e colocar em votação. Como líder poderia até mesmo pedir e orientar os convencionais que o melhor para o partido no momento era o apoio a Daniel Vilela, onde o PP poderia indicar Heuler Cruvinel como vice  e Vanderlan como candidato a senador. 

Poderia haver divergência, mas certamente Baldy estaria atuando como um verdadeiro líder e submetendo a decisão dos destinos do partido a vontade de todos os seus aliados.  Com qualquer resultado Baldy seria consagrado como o grande líder do partido. Mas não foi isso que aconteceu. 

Baldy não submeteu a decisão dos destinos do partido a votação em convenção, pelo contrario, apenas pediu carta branca para decidir qual destino ele daria ao partido. O deputado Roberto Balestra questionou o pedido de Baldy e disse que o tempo de discussão havia se esgotado e agora seria a hora de submeter o destino do partido a vontade da maioria e que não poderia avalizar uma decisão que dava carta branca para apenas a cúpula decidir o destino de todos. No momento que discursa, Balestra teve o som do seu microfone cortado,  foi um grande erro,  que transformou Roberto Balestra em mártir e provocou a revolta dos correligionários, até mesmo os que estavam prontos para avalizar a decisão do ministro.

A aliança com Daniel Vilela já era algo que estava assimilada pelos prefeitos e delegados do PP,  mesmo para os desejavam permanecer na base aliada. A convenção terminaria em uma grande festa com a presença de Daniel Vilela,  conforme estava previamente agendada.

Faltou habilidade e maturidade politica para Alexandre  Baldy que deveria chegar na convenção com uma proposta simples e clara,  que seria a  aliança com o MDB. Até mesmo Balestra estava disposto a se sacrificar e deixar de ser candidato,  se isso fosse o melhor para o partido. 

Deixando a decisão para que todos fossem responsáveis por ela e atuando como verdadeiro líder, certamente Baldy sairia da convenção maior do que entrou, mas ao optar por outro caminho, saiu menor, muito menor do que entrou. 

Independente de qual for o resultado agora, Baldy perdeu espaço e muito prefeitos não irão mais acompanhar seu desejo. O partido que deveria sair forte e unido, saiu da convenção enfraquecido e dividido.


 

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