terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Calor e poluição atmosférica prejudicam pacientes com doenças respiratórias

 Dr. Marcelo Rabahi- Foto: Reprodução TV Anhanguera
Em 2012, metade das mortes no estado de Goiás foi por doenças crônicas não transmissíveis. Delas, 5% foram causadas por doenças respiratóriasi. Entre setembro e abril, a região registra as temperaturas mais elevadas do ano, podendo chegar a 40°C, o que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Ela pode se manifestar como bronquite crônica (uma inflamação nos brônquios) e/ou enfisema (destruição do tecido pulmonar).

Outro fator que pode causar o avanço de doenças respiratórias é uso do fogão à lenha, utensílio tradicional para a culinária de Goiás. Isso porque ele produz fumaça nociva à saúde e causa os mesmos efeitos ruins que as queimadas – a combustão da lenha produz monóxido de carbono e outras substâncias presentes no cigarroii, por exemplo.

A fumaça de fogão à lenha e as queimadas podem causar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Saiba como diferenciá-la de outras doenças e conviver bem com a DPOC no clima de Goiás

  A região Centro-Oeste do Brasil é caracterizada pelo clima com duas estações bem definidas: verões chuvosos e invernos secos. Nos períodos de seca, entre maio e agosto, é comum o registro de várias queimadas no território que, além de representar perigo ambiental, é alerta para a população: as variações de temperatura, a falta de umidade no ar e a poluição atmosférica são fatores de risco para doenças respiratórias, como asma, rinite e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Em 2012, metade das mortes no estado foi por doenças crônicas não transmissíveis. Delas, 5% foram causadas por doenças respiratórias[i].
Entre setembro e abril, Goiás registra as temperaturas mais elevadas do ano, podendo chegar a 40oC, o que pode contribuir para o desenvolvimento ou agravamento da DPOC. Outro fator que pode causar o avanço de doenças respiratórias é uso do fogão à lenha, utensílio tradicional para a culinária da região, que produz fumaça nociva à saúde e causa os mesmos efeitos ruins que as queimadas – a combustão da lenha produz monóxido de carbono e outras substâncias presentes no cigarro[ii], por exemplo. A inalação dessa fumaça pode causar lesões irreversíveis nos pulmões, principalmente para a população mais idosa e fumante. 
Mesmo sendo a causa de cerca de 40 mil mortes anualmente no Brasilii e custando aproximadamente 100 milhões de reais por ano aos cofres públicos[iii], a DPOC ainda é pouco conhecida e diagnosticada de maneira tardia – é uma das condições preocupantes em Goiás, devido ao ar seco da região: a doença pode se manifestar como bronquite crônica (uma inflamação nos brônquios) e/ou enfisema (destruição do tecido pulmonar). 
Em todo o Brasil, a DPOC é a quarta principal causa de morte e estima-se que até 2020 se torne a terceira. Em 2010, o número de pacientes com a doença no país era de cerca de 7 milhões[iv]. O professor titular de pneumologia da Faculdade de Medicina da UFG, Dr. Marcelo Rabahi, aponta que o grupo de risco para a doença é composto por idosos e fumantes. “No Brasil, 15% da população acima de 40 anos têm DPOC. A incidência aumenta entre os indivíduos fumantes com mais de 40 anos, chegando a ser de 30%. Entre estes pacientes, 8 em cada 10 são subdiagnosticados”, explica o pneumologista. Os pacientes mais velhos são os que mais sofrem com a doença, com idade maior ou igual a 65 anos, têm taxa de mortalidade de 59% no primeiro ano após agravamento da doença[v].
Entretanto, a principal causa de DPOC é o tabagismo. A iniciativa GOLD[vi] define alguns fatores que ajudam a identificar pacientes que podem ter a doença: ter mais de 40 anos, ser fumante ou ex-fumante, apresentar tosse frequente e catarro e sentir cansaço ou falta de ar ao fazer esforço, como subir escadas ou caminhar. Os principais sintomas podem ser confundidos com sinais de envelhecimento, fazendo com que o paciente não sinta a necessidade de procurar um especialista. O subdiagnóstico é um dos problemas a serem enfrentados para o tratamento correto da DPOC. “Os motivos para a demora do diagnóstico são pouco conhecimento dos pacientes sobre a doença, que costumam associar à DPOC aos graus mais avançados da doença, sem saber que ela pode se manifestar em níveis moderados, principalmente no início de seu desenvolvimento. Além disso, os sintomas da DPOC são parecidos com os da gripe e falta conhecimento dos próprios profissionais de saúde”, aponta o Dr. Rabahi.
A presença da doença pode ser detectada pelo exame de espirometria, chamado de “teste de sopro”, que mede a quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, permitindo a avaliação da capacidade pulmonar do paciente. A subutilização do exame dificulta o diagnóstico da doença[vii]. Para o Dr. Marcelo Rabahi, os principais desafios para reduzir a prevalência da doença são tornar o diagnóstico mais rápido e divulgar as informações para a população. “Desenvolver programas sobre a DPOC e aumentar o acesso à espirometria e à medicação são formas eficazes de resolver esses problemas”, reforça o especialista.
Com o diagnóstico correto, é possível manter os sintomas da doença sob controle. “O maior acesso à informação sobre a DPOC e aos exames podem levar ao diagnóstico precoce. Assim, os pacientes podem receber tratamentos de longo prazo, que envolvem, além de parar de fumar, o uso de broncodilatadores de longa duração que podem reduzir em até 16% o risco de mortalidade em função da doença”, explica o Dr. Rabahi. Em Goiânia, desde 2005, existe o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, com ações educativas para que as pessoas abandonem o hábito de fumar[viii]. Os pacientes com DPOC também podem ter acesso mais fácil aos medicamentos pela rede pública, de forma gratuita, desde que façam os exames e tenham acompanhamento médico.
Durante o tratamento medicamentoso, o paciente pode tomar medidas simples para melhorar sua qualidade de vida, principalmente em regiões secas e com temperaturas elevadas. Confira algumas dicas do Dr. Rabahi:
·         Ingerir líquidos (água e sucos naturais) durante todo o dia;
·         Manter a casa limpa e arejada;
·         Utilizar umidificadores para melhorar a qualidade do ar dentro de ambientes fechados;
·         Umidificar as narinas com soro fisiológico;
·         Realizar exercícios físicos leves, com acompanhamento de um profissional;
·         Evitar o contato com fumaça de cigarro e fogão à lenha.

A Boehringer Ingelheim 
Medicamentos inovadores para pessoas e animais têm sido, há mais de 130 anos, o foco da empresa farmacêutica Boehringer Ingelheim. A Boehringer Ingelheim é uma das 20 principais farmacêuticas do mundo e até hoje permanece como uma empresa familiar. Dia a dia, cerca de 50.000 funcionários criam valor pela inovação para as três áreas de negócios: saúde humana, saúde animal e fabricação de biofármacos. Em 2016, a Boehringer Ingelheim obteve vendas líquidas de cerca de € 15.9 bilhões. Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento correspondem a 19,6% do faturamento líquido (mais de € 3 bilhões).
A responsabilidade social é um elemento importante da cultura empresarial da Boehringer Ingelheim, o que inclui o envolvimento global em projetos sociais como o “Mais Saúde” e a preocupação com seus colaboradores em todo o mundo. Respeito, oportunidades iguais e o equilíbrio entre carreira e vida familiar formam a base da gestão da empresa, que busca a proteção e a sustentabilidade ambiental em tudo o que faz.
No Brasil, a Boehringer Ingelheim possui escritórios em São Paulo e Campinas, e fábricas em Itapecerica da Serra e Paulínia. Há mais de 60 anos no país, a companhia estabelece parcerias com instituições locais e internacionais que promovem o desenvolvimento educacional, social e profissional da população. A empresa recebeu, em 2017, a certificação Top Employers, que a elege como uma das melhores empregadoras do país por seu diferencial nas iniciativas de recursos humanos. Para mais informações, visite www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil

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