quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Grupo goiano fatura R$ 350 milhões por ano com pessoas

A empresária Helena Ribeiro descobriu o que queria fazer da vida aos 6 anos de idade. “Ganhei uma máquina Kodak e fui ao Maracanã ver um jogo do Fluminense. Não lembro nada do jogo, mas fiquei fascinada com as pessoas. Foi ali que descobri que gente é interessante e complicada. Queria descobrir o manual do ser humano”, diz a presidente do grupo EMPZ que tem faturamento médio anual de R$ 350 milhões.

Na época a empresária morava em Petrópolis (RJ) e queria ter dinheiro para morar nos palacetes da cidade, que abrigava a família real durante os verões no Brasil Imperial. Já ciente da sua vocação, Helena estudou psicologia, decidida a trabalhar com pessoas. Na faculdade, porém, desdenharam da vontade dela de trabalhar na área de recursos humanos, até então praticamente inexplorada.

Helena Ribeiro: “Ganhei uma máquina fotográfica e fui ao Maracanã ver um jogo do Fluminense. Fiquei fascinada com as pessoas.”

A empresária não deu atenção às críticas e abriu seu negócio há 27 anos com pouco mais de R$ 10 mil, em valores da época, e apenas seis funcionários para prestar serviços de recursos humanos como seleção e contratação, gerenciamento de programas de trainees e terceirização de mão de obra. O primeiro grande cliente foi conquistado no final da década de 80, com a abertura do Castro´s Park Hotel, quando a Helena Ribeiro foi contratada para treinar e selecionar os funcionários do primeiro hotel cinco estrelas de Goiânia.

“A experiência me rendeu um prêmio de profissional do ano. Depois montei o RH de todos os hotéis do grupo Encol”, diz. Com a crise financeira na construtora goiana, Helena expandiu a atuação do seu negócio para outros setores. Chegou a conquistar todas as contas de operadoras de telefonia que se instalaram em Goiânia na década de 90.

A estratégia de diversificação deu tão certo que, duas décadas depois, o Grupo empZ é um dos maiores do País no segmento. “Só deu certo porque tivemos a visão da oportunidade, a coragem de empreender e de correr riscos e, é claro, o time que montamos. Nenhum empreendedor consegue vencer sozinho”, enfatiza.

Novos desafios

O sucesso não tirou de Helena Ribeiro a vontade de sonhar com novos caminhos. Em 2002, a empresária atingiu outro objetivo, que era de abrir uma franquia da renomada Fundação Getúlio Vargas em Goiânia. Durante seis anos, tentou fechar o negócio e chegou a pensar em desistir. “A FGV abriu uma concorrência para cá, mas veio outro implantador para cá. Pensei ter perdido minha oportunidade”, relembra ela.

Sem nunca desistir dos sonhos, o Grupo empZ tornou-se prestadora de serviço e dona franquia da FGV em Goiás. Posteriormente, Helena acabou adquirindo o negócio. “Nem pensei duas vezes. É um pequeno negócio, tem 4% do meu faturamento, mas é de excelência e dá muita credibilidade”, conta. A FGV tem atualmente 1,6 mil alunos em Goiás.

O Grupo empZ tem cinco empresas e a franquia da FGV em Goiás. No ano passado foi responsável pela contratação de pessoal para a realização dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e pela colocação de 88 mil profissionais no mercado de trabalho em todo o País. “Se não fosse a grave crise econômica no País este número seria bem maior. Em 2015 geramos 105 mil empregos”, frisa Helena Ribeiro.

Orgulhosa do que conquistou, a empreendedora revela (sem entrar em detalhes, claro) o próximo passo do Grupo empZ: abrir o capital da empresa para investidores. “Queremos crescer e estamos no processo de abrir o grupo para o mercado”, diz Helena Ribeiro.

Fonte: Empreender em Goiás 

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