segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Governo de Goiás Cadastrou 1.344 Artesãos em 2015


A Gerência de Artesanato da Superintendência de Micro e Pequena Empresa, órgão da Superintendência Executiva de Indústria e Comércio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), realizou de abril a dezembro de 2015 o cadastro de 1.344 artesãos e trabalhadores manuais, totalizando 3.542 registros em todo o estado. O Programa do Artesanato Goiano, a que estão vinculadas as ações de identificação, cadastramento e concessão da carteira nacional do artesão, alcançou 30% a mais de profissionais que no ano anterior.


Equipes da Gerência de Artesanato da SED visitaram 45 municípios para fazer a identificação de artesãos, utilizando para isso os questionários disponibilizados pela Secretaria Nacional de Micro e Pequena Empresa, que permitem a realização de um censo específico e bem detalhado do artesanato em todo o estado. Goiás hoje já é o 11º no ranking do cadastro nacional de artesãos e trabalhadores manuais. Esses dados são utilizados pelo Governo do Estado para a definição de novas políticas visando o fortalecimento do setor, importante na economia do estado.



De acordo com o gerente de Artesanato da SED, André Franco, esse trabalho permite, por exemplo, saber que no universo dos trabalhadores manuais e artesãos 2.806 são artesãs (79,24%) e 736 são do sexo masculino (20,76%). Em relação ao número de dependentes, 709 têm apenas um dependente; 603 têm dois; 238 têm três; 71 têm quatro; e 37 têm cinco dependentes, num total de 1.667.




Também é possível saber como está a renda com o artesanato no estado. De acordo com os levantamentos da Gerência de Artesanato da SED, 2.265 artesãos ganham menos de um salário mínimo (R$ 788 – valor de 2015); 1.020 ganham de 1 a 3 salários; 184 ganham de 3 a 5 salários; 63 artesãos conseguem renda de 5 a 10 salários; e apenas 10 possuem renda acima de 10 salários mínimos.




Carteira
Segundo o gerente André Franco, todo esse diagnóstico e cadastro permitem o acesso a muitos benefícios, entre eles a Carteira Nacional do Artesão - que é o documento de identidade do artesão brasileiro. “Essa carteira foi um divisor de águas para esses profissionais que viviam na informalidade e sem acesso ao mercado”, afirma. Conforme detalhou, com a carteira, os artesãos podem emitir nota fiscal, têm como transportar formalmente suas mercadorias por todo o país e estão habilitados a participarem das feiras nacionais”, diz o gerente.




Com esse cadastramento e todo o trabalho que ele exige, a Gerência de Artesanato da SED também ajuda os próprios municípios a perceberem sua realidade e valorizar os seus artesãos. Em Quirinópolis, por exemplo, segundo lembra André Franco, a Prefeitura desconhecia os seus artesãos e hoje é o sexto município com mais cadastros no estado, com 106 profissionais com carteiras. “E depois de conhecer toda a potencialidade que há no município, a Prefeitura passou a realizar a Feira de Artesanato de Quirinópolis, inaugurada no dia 8 de dezembro”, destaca.




André Franco explica que o trabalho da SED vai às comunidades mais distantes. “Quando vamos ao município convidamos também os distritos e os assentamentos, e, muitas vezes, é nessas localidades que estão a maior força artesanal”, afirma. Um exemplo é Faina, que é o terceiro município goiano em número de cadastros, com 139 carteiras, que na cidade tem pouco mais de 20 artesãos, mas que tem um trabalho sólido realizado pelos artesãos nos distritos.



Ranking
No ranking estadual de artesãos e trabalhadores manuais, Goiânia lidera com 252 cadastros; seguida por Cristalina, onde 246 profissionais foram identificados. Depois de Faina que é o terceiro, com 139; vem Pirenópolis, com 136 artesãos; Ipameri, com 111; Quirinópolis, com 106; Alto Paraíso, com 105; e Piracanjuba, com 91 artesãos cadastrados. Alexânia e Vianópolis vêm depois, como 88 cadastros cada; Formosa, com 86; Anápolis com 83; e Valparaíso, com 81.




Jataí é o 14º município no ranking, com 69 artesãos, Itumbiara e Uruaçu, com 67 artesãos; Porangatu, com 64; Mineiros e Rio Verde, com 63; e Cidade de Goiás e Rubiataba, com 62 artesãos. Iporá é o 22º, com 56 artesãos. Caçu vem em seguida, com 52. Morrinhos, com 50; Novo Gama, com 49; Águas Lindas, com 48; Silvânia com 46; Itapuranga, Cabeceiras e Cidade Ocidental, com 39 cada; Cocalzinho de Goiás, com 37; Abadiânia e Caiapônia, com 36 cada; Cavalcante e Padre Bernardo, com 35 cada; Luziânia e Minaçu, com 33 artesãos; São João da Aliança, com 32; Aparecida de Goiânia, com 31; e Pontalina, com 30 artesãos cadastrados.




Com 29 artesãos cada, Buriti Alegre e Caldas Novas vêm em seguida; Itauçu, com 27, vem depois. E seguem-se, ainda, Goiatuba, Jussara e Rialma, com 25 cada; Campos Belos e Corumbá de Goiás, com 24 artesãos; Palmeiras de Goiás, com 23; Hidrolândia, com 22; Córrego do Ouro e São Luis de Montes Belos, com 21 artesãos cada; e Aragarças e Orizona, com 20 artesãos cada.




Os demais municípios têm menos de dez profissionais cadastrados e serão alvo da atenção da Gerência de Artesanato da SED no decorrer do próximo ano, quando pretende ampliar ainda mais o cadastramento em todo o estado e garantir novas oportunidades aos artesãos goianos.

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