terça-feira, 17 de novembro de 2015

Marconi Empossa Membros do Conselho Superior de Inovação

 Vice-governador, José Eliton preside Conselho, que tem 11 importantes nomes do meio acadêmico e empresarial

Marconi e o vice Governador José Eliton
Foto: Reprodução
O governador Marconi Perillo assinou, na tarde de hoje, durante evento no Palácio das Esmeraldas, decreto criando o Conselho Superior de Inovação, que terá a função de conduzir as ações do programa Inova Goiás, programa de inovação tecnológica criado por ele em setembro. O governador também empossou os 11 membros do Conselho, presidido pelo vice-governador, José Eliton, e cuja primeira reunião ocorreu logo após a solenidade de posse. Dentre os conselheiros, estão reitores de quatro universidades, sendo as três maiores de Goiás: UFG, UEG, e PUC, e Universidade de São Paulo (USP).

Marconi ressaltou que o Conselho Superior vai auxiliar o governo estadual na formulação e acompanhamento de todas as ações que estão previstas no programa Inova Goiás. “Estamos aqui para colocar a mão na massa mesmo, colocar praticidade em algo que é fundamental para Goiás e para o país. Estamos trabalhando duas agendas: a agenda da inovação tecnológica e a da competitividade”, ressaltou, lembrando que no último dia 9 foi criado o programa Goiás Mais Competitivo, cujo objetivo é colocar Goiás como um dos cinco estados mais competitivos do país, nos próximos três anos.

“Desdobramos em pelo menos 130 ações todos os indicadores que conduzem um estado a ser competitivo; selecionamos os chamados executivos públicos criteriosamente definidos e já começamos a quebrar todos os dados e a identificar os gargalos que temos para superamos as eventuais deficiências; e, com foco em cada um desses programas, chegarmos a esse estágio de estado competitivo”, afirmou, relatando as primeiras ações do programa Goiás Mais Competitivo.

Ressalvou que as metas quanto à competitividade e inovação tecnológica são muito mais ambiciosas do que foram colocadas até o momento, e a intenção é superá-las. Citou, como exemplo que, em 2011, o objetivo era que Goiás ficasse entre os três estados mais destacados na educação básica até 2014, principalmente no Ensino Médio, e o Estado chegou ao 1º lugar no Ideb em 2013. “Graças a um plano que foi elaborado, graças a muito esforço. Éramos o 16º no Ideb no Ensino Médio e chegamos ao 1º lugar. Também temos esse objetivo de sairmos do 14º em Inovação e competitividade e chegarmos entre os cinco primeiros. Tenho certeza que esse passo de hoje será muito importante”, frisou.

Ele reiterou que o foco será nos centros de tecnologia, nas aceleradoras, incubadoras, nos Centros Tecnológicos do Estado de Goiás (Itegos), e no programa Goiás Sem Fronteiras, e reforçou que o recurso aplicado no programa, R$ 1,1 bilhão, já está assegurado e foi pensado com os pés no chão.

“Estamos, com criatividade, trabalhando programas de inovação, competitividade; melhorando a saúde, a educação. As coisas vão andando, com parcimônia, respeitando o dinheiro público, e trabalhando incansavelmente para funcionar. Não queremos ter nada só para Goiás. Vamos fazendo o nosso trabalho e o importante é que o Brasil avance, e avance principalmente por conta dos investimentos em inovação”, declarou o governador.



O Conselho

Presidente do Conselho Superior de Inovação, o vice-governador José Eliton destacou que a equipe tem a missão de garantir a execução e o aprimoramento das ações do Inova Goiás. Coordenador da Agência USP de Inovação, Vanderlei Salvador Bagnato falou em nome dos conselheiros empossados. Para ele, Goiás está dando o exemplo para o mundo de que é possível buscar excelência em inovação e incentivar o empreendedorismo.

São membros do Conselho também: Orlando Afonso do Amaral, reitor da UFG; Wolmir Amado; reitor da PUC-Goiás; Haroldo Reimer; reitor da UEG; Cristovam Buarque, senador e ex-ministro da Educação; Cristiano Roriz Câmara, do Grupo Jaime Câmara; Jorge Gerdau, presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC); Maria Zaíra Turchi, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg); Milton Campanário, professor da USP; e Thiago Peixoto, secretário de Gestão e Planejamento.



Brasil Central

Em seu discurso, Bagnato afirmou que foi convidado pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para auxiliar os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia a implantar programas de inovação, a exemplo de Goiás. “Para o senhor ver, governador, como o Inova Goiás já é reconhecido”, disse.

Marconi, por sua vez, felicitou a ministra pela decisão e informou que o Fórum dos Governadores do Brasil Central já fez o convite e aos governadores do Maranhão e Piauí para que se juntarem ao bloco. “E eles já aceitaram, inclusive. Querem participar. Nós temos uma complementaridade por conta da Ferrovia Norte-Sul. Esses exemplos vão se disseminar”, afirmou.





“Goiás tem sido exemplo para o Brasil”, afirma Cristovam Buarque



No segundo mandato como senador (DF), Cristovam Buarque elogiou a disposição do governador Marconi Perillo em inovar a gestão da saúde pública por meio das Organizações Sociais (OSs). “Goiás tem sido um exemplo no Brasil, em novas formas de administrar o Estado. A máquina burocrática do Estado se esgotou e talvez esse seja o mais grave dos problemas, que é fazer a máquina pública funcionar. E aí eu o parabenizo porque o senhor vem tentando fazer isso, com projetos específicos, sobretudo na Saúde”, apontou.

O senador estimulou o governo de Goiás a continuar o projeto de implantação das OSs na Educação. A questão, afirmou Cristovam, tem de ser analisada sob dois primas. No sentido pedagógico e de gestão. “(Precisamos) inovar ao ponto de transformar “carroças” que são nossas salas de aulas, em naves espaciais para o futuro”, observou.

“Não vai conseguir inovar a sala de aula, sem inovar o sistema educacional na sua gestão. E aí eu sou totalmente favorável ao seu esforço em criar um sistema onde o setor estatal conviva com o setor privado. Essa é uma forma de inovar”, declarou Cristovam ao governador. “Não podemos ter medo de experimentar. Porque se é inovação, é nova. E, se é nova, é experimento.”

Cristovam Buarque disse que, de início, sua contribuição para o Conselho Superior de Inovação do Estado de Goiás é sugerir três frentes de trabalho. A primeira, segundo ele, é desenvolver formas de financiamento privado para o setor de Ciência, Tecnologia e Inovação. “No exterior há pequenos bancos que financiam projetos de inovação”, justificou. Colocar em prática um programa de formação de uma consciência inovadora e também implementar na grade do ensino fundamental matérias que ensinem “Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo”. “São estes três pontos que gostaria de ver em Goiás, que é um estado que não tem medo de inovar”, declarou.

Nenhum comentário: