quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Governador Lança Três Novos Serviços da GoiásFomento para Facilitar o Crédito ao Empreendedor

Marconi disse que está desenvolvendo uma carteira de crédito, via BNDES, de até R$ 2 milhões, para emprestar para pelo menos 50 prefeitos

Para o presidente da Facieg, Ubiratan da Silva Lopes, o governador prova ser amigo do associativismo e das entidades de classe de Goiás ao facilitar o acesso ao crédito


A inovação e a expansão do acesso ao crédito às micro e pequenas empresas goianas vão contribuir para que o Estado de Goiás saia da crise econômica que atravessa o País melhor do que entrou. A avaliação foi feita hoje pelo governador Marconi Perillo, durante lançamento de três novos produtos e serviços da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), voltados para o financiamento de capital de giro e investimentos do setor produtivo local.

Durante o evento, realizado no auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, Marconi avaliou o lançamento do “Crédito Automático”, do “Correspondente de Crédito” e do “Fundo Garantidor para Investimento” (FGI), como “três gols de placa” da equipe econômica de seu governo. “Estamos inovando no acesso ao crédito para sair lá frente, depois dessa crise, como um dos Estados mais organizados, mais eficientes, mais profissionais do Brasil”, avaliou. 

O primeiro produto, o “Crédito Automático”, vai permitir a contratação de até R$ 50 mil em crédito pela internet, com liberação num prazo de até 72 horas. Já pelo “Correspondentes de Crédito”, mais de 80 entidades parceiras estão sendo credenciadas para prestarem serviços de recepção e encaminhamento de propostas de operações de crédito junto à GoiásFomento em todo o Estado. O FGI, por sua vez, visa a concessão de garantias complementares necessárias à contratação de financiamentos a empreendedores que não disponham de garantias suficientes para aprovação de seus pedidos.

Essas novidades integram o Inova Goiás, planejamento organizacional que visa a modernização dos serviços públicos a médio prazo. O governador destacou que esses produtos também sintetizam o momento vivido pelo Estado. Segundo ele, apesar da crise econômica, o governo de Goiás está conseguindo nas mais diversas áreas apresentar soluções, envolvendo o setor privado em projetos de interesse público e levando ações aos mais diversos pontos do Estado. “Estes produtos são uma iniciativa fantástica. Isso vai revigorar toda a cadeia produtiva e setorial do Estado. Vai levar o governo para perto das pessoas, sem que haja despesas operacionais. Essas são iniciativas práticas, inteligentes, desburocratizadas”, afirmou.

Nascimento

Ao discursar para os mais de cem convidados, Marconi disse que, recentemente, num encontro em Brasília (DF) com o ex-presidente do Banco Central (Bacen) Gustavo Franco, relembrou o nascimento da GoiásFomento e de sua trajetória. “Dois ou três dias depois de ganhar a eleição de 1998, para o Governo de Goiás, fomos surpreendidos com o envio de uma mensagem à Assembleia Legislativa autorizando a liquidação do BEG (Banco do Estado de Goiás). Foi uma surpresa enorme. Durante a campanha, diziam que eu fecharia o BEG, caso fosse eleito. Mal venci a eleição em outubro, Goiás inteiro já era surpreendido com a notícia de que o BEG seria federalizado e depois privatizado. Fiquei preocupado e desesperado à época. Estaríamos perdendo um agente financeiro importante para a oferta de crédito ao setor produtivo”, disse.

Ele destacou ainda que a solução foi recorrer ao governo federal. “Procurei o presidente Fernando Henrique Cardoso e o ministro da economia Pedro Malan. Não dei sossego a eles. Queria recurso para uma instituição financeira que substituísse o BEG. Na primeira conversa, eles ofereceram um crédito de R$ 4 milhões. Eu pedia R$ 100 milhões. Foi uma queda de braço. Concordaram em repassar R$ 70 milhões e caberia a Goiás capitalizar mais R$ 10 milhões. Foi assim que nasceu a GoiásFomento, com R$ 80 milhões de capital inicial. Isso me dá uma ponta de orgulho. Goiás não ficou sem uma instituição de crédito.”

Ele analisou que, 17 anos depois, a Goiás Fomento continua cumprindo seus objetivos e mostrando sua importância para o desenvolvimento da economia local. “Temos uma carteira de R$ 180 milhões emprestados e mais R$ 50 milhões em caixa. Isso quer dizer que de R$ 80 milhões iniciais, estamos com um capital de R$ 230 milhões. Temos funcionários qualificados, envolvidos no trabalho. A GoiásFomento cumpre suas funcionalidades em emprestar dinheiro e em repassar crédito o BNDES”, observou.

Marconi disse também que a GoiásFomento deve lançar, em breve, novas linhas de crédito. A primeira delas será voltada para prefeitos de cidades de até 10 mil habitantes, que necessitam de recursos para investir em obras municipais. “Estamos desenvolvendo uma carteira de até R$ 2 milhões com o BNDES para emprestar para pelo menos 50 prefeitos”, revelou. Além desta, há outra linha voltada para hospitais de alta complexidade e uma terceira para o setor de confecções. “A GoiásFomento vai cumprindo assim sua missão. É uma ação ousada que vai permitir acesso ao crédito.”

Produtos

O presidente da GoiásFomento, Humberto Tannús, disse que para a criação do “Crédito Automático” as informações de vários órgãos, como Banco Central, Receita Federal, Sefaz, Junta Comercial de Goiás (Juceg), Serasa e outros, foram integradas numa mesma plataforma de dados. Para acessar esse sistema, o microempresário terá que entrar no site www.fomento.goias.gov.br e preencher o cadastro. Ao inserir o CNPJ, no caso de microempresa, ou o CPF, no caso de empresa individual, o sistema indicará se há pendência em algum órgão público ou se a situação está regular e o solicitante hábil a pleitear o crédito.

“Em menos de três dias, em alguns casos em questão de minutos, se a documentação estiver toda certa, o empréstimo pode ser autorizado. O crédito de até R$ 50 mil pode ser liberado para as diferentes linhas de financiamento. Antes, este serviço era totalmente presencial ou com intermediação junto à agência da GoiásFomento na capital do estado e levava cerca de 30 dias para ser concluído”, comentou.

Pelo “Corresponde Bancário”, todos os correspondentes de crédito serão capacitados para operar em nome da GoiásFomento em localidades do interior. O objetivo é ampliar a relação da agência de fomento com os parceiros, aumentando sua capilaridade e facilitando o acesso ao crédito aos empresários que sentem a necessidade da intermediação para fazer a solicitação, explicou Tannús. “Até o momento, mais de 80 pontos de atendimento já foram cadastrados na GoiásFomento. Em cada uma das instituições credenciadas, será afixada em local visível uma placa indicando que ali funciona um Correspondente de Crédito. Mesmo os que querem usar o serviço de Crédito Automático e acessar o portal da GoiásFomento com a intermediação de uma pessoa treinada pode se valer do Correspondente mais próximo”, disse.

Já o BNDES/FGI é uma alternativa real de suporte que aumenta as possibilidades de acesso e melhora as condições do crédito às empresas, incentivando-as ao crescimento e à modernização. Inicialmente, o FGI poderá amenizar em até 50% o valor da garantia exigida nos contratos de financiamento junto à GoiásFomento.

O vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, Jose Eliton, observou que o governo se posiciona, com estes três novos produtos, como formulador de tecnologia e serviço público. “Há diversos casos de programas que envolvem inteligência e monitoramento sendo desenvolvidos em Goiás nas áreas de saúde, educação e diversas outras. É por isso que Goiás é o cartão de visitas do Brasil hoje”, afirmou.

O presidente da Federação das Associações Comerciais, Industriais e Agropecuárias do Estado de Goiás (Facieg), Ubiratan da Silva Lopes, disse que o governador prova ser amigo do associativismo e das entidades de classe de Goiás ao facilitar o acesso ao crédito, uma das principais reivindicações do setor produtivo hoje. “Mesmo em crise, é possível fazer uma economia moderna e que atenda as necessidades do setor produtivo”, disse.

Nenhum comentário: