sábado, 11 de julho de 2015

Encontro de Dilma Com Lewandowski Em Portugal é Golpe Contra a Democracia no Brasil

Esse relacionamento é muito suspeito, para dizer o mínimo…

Na escala técnica que fez na cidade do Porto, em Portugal, antes de seguir para Rússia, a presidente Dilma Rousseff teve um encontro reservado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. A reunião não foi incluída na agenda oficial. Também participou do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. 


No Brasil, políticos da base aliada foram informados de que a conversa foi ampla e que incluiu entre os temas a Operação Lava Jato. Os petistas, para não variar, relativizaram a coisa: “O assunto do encontro foi o reajuste do Judiciário. Ele levou números para a presidente Dilma”, disse Cardozo. Há preocupação no Judiciário com a tendência de a presidente Dilma Rousseff vetar o reajuste do Judiciário aprovado recentemente pelo Concresso. “Mas foi um econtro casual. Estávamos em Coimbra e, como iriámos para um almoço no Porto, marquei essa conversa”, justificou Cardozo. 

Sei… O PT é mestre na arte dos “encontros casuais”. É um tal de lobista se encontrar com empreiteiro “casualmente”, de “pixulecos” aparecerem na mochila de tesoureiro petista “casualmente” que vou te contar! Como já disse Felipe Moura Brasil, isso sim, é golpe! O PT perdeu qualquer cerimônia, não liga nem mais para as aparências. Está em desespero, e ratos desesperados fazem qualquer coisa para sobreviver. Fazem “o diabo” mesmo! Seria coincidência ser justo com o ministro mais petista depois de Dias Toffoli? 

Chega a um ponto tal que a coisa deixa de ser esquerda x direita e passa a ser todos que defendem a democracia x golpistas anti-republicanos. Mesmo tradicionais esquerdistas, como Roberto Freire, estão chocados com a forma com a qual o PT trata as instituições republicanas. Freire desabafou em seu Twitter:


Não sei se ambos um dia tiveram compostura, mas sem dúvida o escárnio chegou em nível insuportável. Os conspiradores contra a República ainda têm a cara de pau de acusar a oposição de ser golpista, ou seja, quem quer preservar nossas instituições contra o avanço petista é golpista, enquanto aqueles que abusam da máquina estatal como se fosse um diretório partidário são os “democratas”. Que piada!


Se Dilma tivesse um pingo de decência, diante de tudo que está acontecendo com o Brasil, ela simplesmente renunciava. Reinaldo Azevedo ainda tentou apelar a esse eventual resquício de dignidade na presidente, e pediu em sua coluna de hoje que Dilma fizesse tal ato nobre pelo país, após recordar suas escancaradas mentiras sobre o setor elétrico:


Conhecemos, além dos desastres na área econômica, parte dos crimes que os companheiros cometeram contra os cofres públicos e contra a contabilidade. À diferença do que sugerem até aqui as turmas de Rodrigo Janot e de Sergio Moro, não se tratou da associação entre empresários cúpidos, organizados num cartel (que nunca existiu!), meia dúzia de servidores corruptos da Petrobras e alguns parlamentares de segunda linha. Conversa para trouxas! Fomos vítimas de uma máquina azeitada para assaltar o Estado de Direito.

E são os petistas e seus servidores na imprensa que gritam “golpe” quando se fala da possibilidade de Dilma perder o mandato? Desde quando leis democraticamente pactuadas se confundem com tanques? Aquela Dilma que concedeu entrevista a esta Folha bebeu muito fermentado de mandioca.

A presidente concluiu assim o discurso de janeiro de 2013: “Somente construiremos um Brasil com a grandeza dos nossos sonhos quando colocarmos a nossa fé no país acima dos nossos interesses políticos ou pessoais”.

Certo! Que Dilma confira verdade ao menos a uma parte daquela fala e renuncie! Aí ela se tornaria, finalmente, uma Mulher sapiens sapiens. 

O problema é que Dilma jamais demonstrará tal dignidade, pois ela simplesmente não a possui. Sequer é capaz de fazer um mea culpa sobre seus anos de terrorista comunista e assaltante, preferindo se vitimizar e reescrever a história, como se fosse uma lutadora pela democracia naquela época. Se Dilma tivesse dignidade para renunciar, não seria Dilma. Com essa alternativa, portanto, os brasileiros indignados e revoltados não devem contar…


Rodrigo Constantino

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