quarta-feira, 8 de julho de 2015

Em São Paulo, Marconi se Compromete a Avançar na Política de Etanol Para Que Goiás Se Aproxime da Matriz Paulista

Ao participar do Ethanol Summit 2015, governador afirma que governos estaduais são responsáveis pelo desenvolvimento do setor no País.
 


Marconi ressalta que produção de cana-de-açúcar cresceu 10 vezes e número de indústrias triplicou nos últimos 15 anos em Goiás
 
Ethanol Summit é um dos principais eventos do mundo voltados para as energias renováveis, particularmente o etanol e derivados da cana-de-açúcar

 
 
– Integrando o grupo de três governadores que participaram dos debates da edição 2015 do Ethanol Summit, realizada nestas segunda e terça-feiras em São Paulo, o governador Marconi Perillo se comprometeu hoje (7/7) a adotar políticas públicas com vistas a aumentar a diferença entre o preço da gasolina e do etanol para que novas medidas que deverão ser adotadas por Goiás se aproximem da matriz energética de São Paulo.
 
Palestrante da plenária “Reconquistando Competitividade: Como os Governos Estaduais Podem Contribuir”, que também abriu espaço para apresentações dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Beto Richa (Paraná), e foi mediada pelo jornalista William Waack, Marconi Perillo disse que os governos estaduais podem atuar de maneira mais decisiva e articulada na defesa de fontes energéticas alternativas.
 
“Embora a situação econômica e financeira da maior parte dos Estados não seja nada confortável neste momento de crise que passa o Brasil, os governos estaduais podem contribuir muito para a competitividade do setor. Nós, governadores, temos a obrigação de oferecer uma política fiscal acirrada, acompanhada de estratégias de captação de investimentos construídas sobre a égide do planejamento, para fomentar um setor que muito contribui para a geração de empregos”, discursou.
 
Convidado também na edição 2011 do Ethanol Summit, o governador de Goiás apresentou nesta terça-feira dados comprovando avanços no setor goiano e afirmou que os governos têm capacidade de oferecer logística compatível, pela viabilização dos meios de escoamento, e níveis satisfatórios de mão de obra para o setor, com a implantação de programas de capacitação.
 
Ele lembrou que, em março deste ano, seis dos sete maiores Estados produtores de etanol e açúcar se reuniram em Goiânia para avaliar a situação do setor. Além de Goiás e os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas chegaram à conclusão de que a falta de políticas de competitividade por parte da União compromete a redução de custo da produção e dificulta a recuperação de preços.
 
Marconi ressaltou que a produção de cana-de-açúcar cresceu dez vezes nos últimos 15 anos e o número de indústrias em Goiás triplicou. “Isso tem a ver com as políticas que nós adotamos em Goiás, no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná. Foi com base nestas ideias que Goiás chegou ao atual posto de 2° maior produtor de cana e de etanol do País; e 4° maior produtor de açúcar”, disse Marconi.
 
Além da promessa de melhorar a competitividade do etanol no Estado de Goiás, Marconi pregou a necessidade de união dos governadores para unir os sete maiores estados produtores de cana-de-açúcar do país e cobrar do governo federal atenção ao setor.
 
Ele lembrou que, em 1999, Goiás tinha apenas 12 usinas e nenhum destaque na produção nacional de etanol e cana-de-açúcar, e que hoje o Estado conta com 38 usinas moendo cana em solo goiano. “Hoje, Goiás é o Estado que mais cresce em área plantada de cana e em volume de produção do bicombustível.”
 
Ele falou também sobre as ações que promoveu para que o Estado saísse de sexto para segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país. “E não é só em relação às alíquotas, que no segundo governo já conseguimos reduzir muito. Hoje, estamos estudando alternativas para reduzir mais ainda. Criamos toda uma política de logística, priorizando a restauração das rodovias, a maior parte para colaborar com o escoamento de produção. Outra questão é buscar alternativas, como a do baixo carbono.”
 
Marconi criticou a política energética do governo federal por não priorizar o setor e afirmou que é papel fundamental dos Estados se unirem em prol do desenvolvimento e incremento da competitividade do setor sucroenergético no Brasil.
 
“Com a falta de uma política nacional em relação a essa matriz energética, se não fossem os governos estaduais com certeza a situação seria muito pior. Nós tomamos muitas medidas para dar competitividade ao setor, além da pressão legítima que nós exercemos junto ao governo federal”, disse Marconi.
 
O governador disse ainda que o governo federal não deve se esquecer que a matriz energética de qualquer país deve ser ampla e se sustentar no respeito às regras ambientais. “É neste cenário que os governos estaduais têm papel ímpar para o desenvolvimento do setor sucroenergético”, declarou.
 
A plenária do Ethanol Summit foi conduzida em formato de talk show, com condução do jornalista William Waack. Além das apresentações, houve espaço para utilização de recursos audiovisuais e perguntas da platéia submetidas por escrito nos minutos finais.
 
 
Ethanol Summit
 
Lançado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) em 2007 e realizado a cada dois anos, o Ethanol Summit é um dos principais eventos do mundo voltados para as energias renováveis, particularmente o etanol e os produtos derivados da cana-de-açúcar.
 
O encontro reúne empresários, autoridades de diversos níveis governamentais, pesquisadores, investidores, fornecedores e acadêmicos do Brasil e do exterior. São esperados cerca de 1.500 participantes para acompanhar quase uma centena de palestras, apresentações, discussões e debates que vão acontecer em grandes plenárias, painéis temáticos e cerimônias de abertura e encerramento, além de eventos paralelos.
 
A edição 2015 do Ethanol Summit será organizada para a UNICA por uma das maiores empresas de congressos do mundo, a MCI. Com sede na Suíça e presente em 57 cidades de 30 países, a empresa realiza mais de 4.500 eventos por ano, 120 deles no Brasil. A organização do Summit 2015 contará também com a participação da MediaLink Projetos em Comunicação, do jornalista Adhemar Altieri, organizador das edições de 2009, 2011 e 2013 do evento quando atuava pela UNICA.
 
Crédito das Fotos: Gilberto Marques

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