O governador Marconi Perillo participou, na manhã de ontem, do projeto Centro-Oeste Competitivo, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), por meio de iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O projeto é amparado no resultado de pesquisas que apontam os principais gargalos da região e também apontam intervenções para solucioná-los.
Depois de ouvir explanações do presidente da Fieg, Pedro Alves de Oliveira, e da Faeg, José Mário Schreiner, o governador sugeriu uma reunião com os outros governadores do Centro-Oeste com os presidentes da CNA e CNI para unir esforços na busca de soluções, e disse que trataria ainda hoje de organizar o encontro. “Acredito que uma providência prática seria uma reunião rápida com os governadores do Centro-Oeste para conhecerem esse estudo junto com seus presidentes de federações para debaterem conosco e se juntarem ao nosso esforço em busca de soluções, especialmente as que dependam do Governo Federal,” observou.
Marconi considerou louvável a iniciativa que culminou no projeto Centro-Oeste Competitivo, e ressaltou que a região é, hoje, a mais importante do País na produção de alimentos, geração de empregos, exportação e crescimento do PIB. Para ele, a solução para os entraves que ainda impedem maior crescimento do Centro-Oeste deve ser construída entre o Governo Federal, os estaduais e os municipais, junto com a iniciativa privada, por meio de concessões.
“Esse estudo aponta a necessidade de o Governo Federal duplicar, através de concessão ou de recursos do Orçamento Geral da União, a Belém-Brasília, operacionalizar a Ferrovia Norte-Sul, construir a ferrovia de integração do Centro-Oeste; a que vai ligar a Norte-Sul a Ilhéus, na Bahia; a ferrovia que vai ligar a Norte-Sul, na cidade de Uruaçu, até o Rio de Janeiro, cortando Goiás e Minas Gerais, além do aeroporto de cargas de Anápolis que nós estamos construindo”, afirmou.
Ele destacou o comprometimento do Governo de Goiás no desenvolvimento da região Centro-Oeste e o trabalho que tem sido feito para eliminar as barreiras que dificultam o crescimento da região. “Temos um pacto entre o fórum empresarial e o Governo, através da criação do Fundo de Transportes, cujos recursos estão sendo utilizados na melhoria de todas as nossas rodovias, especialmente rodovias que estavam muito estragadas. Esse pacto prevê a reconstrução de mais de 5 mil quilômetros de rodovias em quatro anos de governo; a manutenção e conserva das rodovias, além da construção, duplicação e conclusão de novas rodovias; melhorias e construção de mais de 30 aeroportos, construção de pontes e do aeroporto internacional de Anápolis que, neste ano, já teremos dois quilômetros de pista pronta”, informou.
Reforçou que o Brasil terá, este ano, um superávit exportador pequeno, de 2 bilhões de dólares, e que somente Goiás colaborará com esse superávit com 2,5 bilhões de dólares; ou seja, 500 milhões a mais em relação ao que o Brasil obterá em superávit. Lembrou que, nos últimos anos, o Centro-Oeste tem se destacado no PIB, no crescimento industrial – especialmente Goiás, nas exportações e, principalmente, nos empregos. Destacou que Goiás será beneficiado com as ferrovias novas porque colaborou, a pedido da presidente Dilma, em relação à área de topografia e também com a eliminação das pendências judiciais nas desapropriações.
O governador destacou ainda o investimento que tem sido feito na área da educação por meio dos 25 pilares do Pacto Pela Educação, aludiu aos avanços da educação de Goiás nos números do Ideb e ressaltou que a meta deste ano é chegar ao 3º lugar no índice que mede o desempenho do Ensino Médio.
“Essa região é responsável por, aproximadamente, 50% da produção nacional de alimentos. Tem um rebanho de aproximadamente 70 milhões de cabeças de bovinos e chegará a quase 90 milhões de toneladas de alimentos na safra 2012/2013, e deverá chegar a aproximadamente 100 milhões na safra 2013/2014. Tem sido responsável pelos principais superávits de empregos no País. Em um momento de crise, de retração do PIB, essa região precisa de estímulo na energia, rodovias, ferrovias, infraestrutura de maneira geral, logística, para que o Brasil ganhe com isso”, analisou Marconi.
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