BOMBA: Novas Revelações e Novos Documentos Sobre o Assasinato de Valério Luiz

A cada dia que passa novas revelação são feitas no caso do assassinato do cronista esportivo Valério Luiz. O crime que parecia solucionado e o inquérito concluído, caminha para voltar a estaca zero. Até agora não ficou devidamente esclarecido quem matou Valério Luiz.

Toda confusão tem como pivô central o açougueiro Marcus Vinicius. Foi Marcus Vinicius que confessou o crime e incriminou Maurício Sampaio. Foi também o açougueiro que depois negou tudo e acusou Figueiredo de ter matado Valério Luiz. 

Marcus Vinicius foi o principal responsável pela prisão e depois soltura de Mauricio Sampaio. 

Responsável pela prisão porque acusou Maurício Sampaio de ser o mandante.  Responsável pela soltura porque deu depoimento  negando que tivesse sido ameaçado por Maurício Sampaio ou pessoas a mando dele.

Foi com base nos depoimentos de Marcus Vinicius e Lorena Oliveira que a prisão   preventiva de Maurício Sampaio foi revogada.

Sem ter como negar o que estava gravado, Marcus Vinicius confirmou o depoimento.

Prisão Preventiva de Mauricio Sampaio

Para decretar a prisão preventiva de Maurício Sampaio, o juiz Lourival Machado fundamentou sua decisão no fato de Maurício Sampaio ter grande poder aquisitivo e influência sobre os investigados que poderia testemunhar contra ele. O juiz se baseou no depoimento  do corréu Marcus Vinicius que afirmou que sua família estava sendo ameaçada.

Fato Novo.

Com base em uma declaração da viúva Lorena Oliveira de que Maurício Sampaio estava tentando mudar o depoimento de Marcus Vinicius, oferecendo vantagens financeiras, os advogados de Mauricio Sampaio registraram uma queixa-crime contra Lorena no 4º DP sob alegação de que foram caluniados. O delegado Manoel Borges de Oliveira abriu inquérito. 

Manoel Borges colheu depoimento de Lorena Oliveira e Marcus Vinícius. 

Marcus Vinicius disse que em depoimento que não conhecia Mauricio Sampaio e que não foi procurado por pessoas ligadas a Sampaio para altera seu depoimento

Ouvido pela corregedoria Marcus Vinicius afirmou que este depoimento  tinha  sido forjado pelo delegado Manoel Borges.

O delegado Manoel Borges foi afastado do cargo e enfrenta um inquérito da corregedoria que está quase concluso. 

Em sua defesa Manoel Borges apresentou um vídeo com depoimento de Marcus Vinicius para provar que o açougueiro  falou de livre e espontânea vontade. Marcus Vinicius negou que tivesse sido procurado e  Lorena afirmou em depoimento que as declaração dela foram apenas  "meras conjecturas" divulgadas pela imprensa. 

Liberdade de Maurício Sampaio

Com base nas declarações de Lorena Oliveira e Marcus Vinicius, os advogados de Mauricio Sampaio entraram com novo pedido de Habeas Corpus com argumento de estar ele sofrendo constrangimento ilegal. 

Alegaram no Habeas Corpus que a prisão preventiva foi decretada baseada única e exclusivamente no depoimento de Marcus Vinicius no qual posteriormente foi retratado.

O desembargador Ivo Favaro argumentou que se as declarações de Marcus Vinicius foram suficientes para a prisão de Mauricio Sampaio, o fato dele voltar atrás no seu depoimento, essas mesmas declarações também seria suficientes para colocar Maurício em liberdade.

"Não é admissível que, agora, nas mesmas condições, caiba interpretações adversas ao acusado. pensar assim, seria decidir nos autos, com um peso, duas medidas."  Argumentou o desembargador.

O desembargador usou o depoimento de Lorena Oliveira para fundamentar a liberdade de Maurício Sampaio.

"Que no entanto a declarante também nunca afirmou a nenhum meio de comunicação de que o autor Maurício Sampaio ou qualquer outra pessoa relacionada ao processo da morte de seu esposo Valério Luiz de Oliveira, estaria procurando um dos acusados, Marcus Vinicius para lhe oferecer dinheiro, sendo tais acusações meras conjecturas feitas pela mídia".

O Delegado Manoel Borges

O documento foi obtido com exclusividade pelo blog.

Após a liberdade de Maurício Sampaio o delegado Manoel Borges entrou no olho do furacão e foi acusado de ter recebido 1 milhão de reais para "forjar" o depoimento de Marcus Vinicius. 

O açougueiro foi ouvido pela corregedoria e afirmou que o depoimento tinha sido forjado, que ele não tinha dado o depoimento e que o documento tinha chegado pronto para ele assinar.

Ato continuo, a direção da policia civil afastou Manoel Borges do cargo e a corregedoria abriu um inquérito contra o delegado.

Marcus Vinicius volta atrás e confirma depoimento ao Delegado Manoel Borges

O delegado apresentou um vídeo com o depoimento de Marcus Vinicius para provar que o depoimento era verdadeiro e legitimo. Derrubando assim a tese de que o depoimento era forjado.

No último dia 12 de agosto Marcus Vinicius prestou novas declarações na gerência de correições e disciplina da Policia Civil e voltou atrás em sua declaração, confirmando perante ao delegado corregedor Gaudênio Marinho de Souza Júnior que o depoimento era verdadeiro e legítimo e reconheceu ser ele no vídeo apresentado.  

Confissão sob tortura

São tantas as declarações contraditória de Marcus Vinicius que fica difícil saber quando ele está mentindo ou quando fala a verdade. 

No dia 07 de junho de 2013 Marcus Vinicius compareceu no cartório da cidade de Cristianópolis para fazer uma escritura pública declaratória. 

Nesta escritura pública obtida pelo blog, Marcus Vinicius não confirmou seu interrogatório prestado aos delegados de polícia Alexandre Bruno Barros e Adriana Ribeiro. 

Ele negou que tenha sido o autor do assassinato de Valério Luiz. Negou que tenha emprestado moto e roupas ou qualquer objeto para Figueiredo, conforme constam nas declarações que assinou.

Marcus Vinicius declarou ainda que só assinou as declarações porque foi bastante torturado para confessar a autoria do crime e muito pressionado psicologicamente pelo delegado Alexandre Bruno.

Passados dois ou três dias após a confissão, Marcus Vinicius disse que foi novamente torturado e ameaçado de morte por vários policias encapuzados nas dependências da delegacia de homicídios. 

Sendo ao tempo em que apanhava, era orientado a assinar novos depoimentos.

Marcus Vinicius declarou que ouviu dos policiais civis que eles queriam incriminar alguns policias militares e afirmou ter visto uma lista com os nomes destes policias nas mão de um policial civil. 

 Marcus Vinícius fez uma grave acusação contra a viúva Lorena Oliveira e a delegada Adriana Ribeiro de que no dia em que foi ouvido pela corregedoria da policia civil as duas estiveram com ele na carceragem da delegacia de homicídios  minutos antes dele ser ouvido pelo corregedor. 

Segundo Marcus Vinicius, Lorena pediu para ele ficar do lado dela. Marcus Vinicius afirma que a visita pode ser comprovada através de imagens do circuito interno de tv da delegacia.

A defesa de Maurício Sampaio e o delegado Manoel Borges questionam a legalidade desta visita.

Marcus Vinicius declarou que não conhecia Maurício Sampaio e nem Urbano Malta e que os nomes destas pessoas foram colocados no seu depoimento. 

Afirmou que nunca foi ameaçado por estas pessoas e que sofreu ameaça do sargento Da Silva e dos Delegados .

Segundo ele os delegados ameaçavam que iriam descer ele para CPP e ele seria morto, pois foi espalhado que ele seria informante da polícia além do que,  no alto comando da polícia militar existem pessoas que o mataria facilmente estando lá dentro e simulando ser briga de presos e desse modo o caso seria arquivado.

O governador Marconi Perillo recebeu os documentos e determinou que as denúncias feitas pelo açougueiro sejam investigadas com o rigor da lei.