Boa parte do público presente na Arena Pernambucano até queria torcer a favor do Uruguai. Mas essa predisposição não durou muito. Já na metade do primeiro tempo, eles haviam mudado de lado, encantados com o futebol dos campeões mundiais.
Foi deste jeito, então: primeiro a Espanha conquistou a torcida recifense. Depois, tratou de vencer a Celeste por 2 a 1, para abrir com firmeza sua campanha na Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013. Um placar que não contou a história do duelo.
A Fúria foi a campo neste domingo disposta a sublinhar todo o seu discurso da fase de preparação: eles vieram para conquistar o único título que lhe falta em uma coleção que se engrandeceu consideravelmente nos últimos anos.
Campeões mundiais e bicampeões europeus, os espanhóis dominaram os uruguaios desde o primeiro minuto de partida. Com a velha fórmula de sempre: muita posse de bola, com destreza impressionante na troca de passes, e homens de frente velozes e combativos para abafar a defesa adversária. E a receita ainda é extremamente produtiva.
A constante movimentação e o entrosamento entre os homens de Vicente Del Bosque também foi evidente. Se Andrés Iniesta e Xavi fazem o time girar, as peças complementares também têm seu valor. E fica difícil de se marcar.
Isso ficou ainda mais claro no segundo gol da Espanha. Quando Cesc Fabregas carregou a bola com tranquilidade impressionante pela intermediária e ainda encontrou um Roberto Soldado ainda mais livre na área. O centroavante dominou e fuzilou. Antes, o jovem Pedro havia aberto o placar com um voleio de fora área, no qual contou com um desvio de Diego Lugano para bater Fernando Muslera.
Esse gol de Pedro talvez tenha sido um lance de acaso. Mas, pelo volume de jogo da seleção ibérica, parecia questão de tempo até que a contagem fosse iniciada. Contagem que foi encerrada nof inalzinho em cobrança de falta perfeita de Luis Suarez no finalzinho, para descontar o placar e deixando uma leve tensão no ar. Mas o Uruguai não teve muita chance, e não havia torcida que mudasse isso.
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