Bomba: Caso Fábio Escobar Vai Ser Federalizado Para Esclarecer Participação do Governador Ronaldo Caiado

No final da tarde desta segunda-feira, uma fonte informou que o pedido de Federealização das Investigações do assassinato de Fábio Escobar deve ser solicitado esta semana pela Procuradoria Geral da República. 

Um petição neste sentido já estava sendo preparada pelos advogados contratados pela família de Fábio Escobar. No entanto, após a reportagem da revista Veja, a Procuradoria Geral da União irá solicitar a Federalização das investigações para esclarecer a participação do governador Ronaldo Caiado no caso.

Fábio Escobar enviou mensagens ao governador pedido para intervir para que ele não fosse assassinado por políciais. 

O governador Ronaldo Caiado aparece na página 62 do relatório técnico da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas sobre o caso Escobar. Corte para o dia 8 de março de 2020. São 19h57 da noite e o ex-coordenador da campanha de Caiado, que rompeu com o grupo político vitorioso e passou a denunciar corrupção e caixa 2 no governo, conversa com sua esposa, Jéssica.

Escobar mandou para ele o print da mensagem que enviou ao telefone de Caiado pelo WhatsApp. O diálogo lido por quem conhece o final dessa história é chocante, principalmente por causa da frieza de Caiado. Veja;

Por favor, primeira vez que sinto medo na minha vida. Diz isso pro Jorge Caiado. Por favor. Sei que não vai responder, mas peça, ou Coronel Paulo Roberto ou Rilner para me dizer que posso cuidar da minha família tranquilo. Te suplico isso.

Após mandar o print para Jéssica, Fábio continuou conversando com ela, e detalhe: contou que Caiado começou a responder:

♦ Fábio: Tô muito assustado. Tem muito policial que não presta. Isso aí é muito sério.

♥ Jéssica: Muito sério. Muito sério. Alguém da sua família é ligado a ele?

♦ Fábio: Ele [Caiado] começou a digitar.

♥ Jéssica: Ai, meu Deus!

♦ Fábio: Tá digitando.

♦ Fábio: Parou.

♦ Fábio: E não respondeu.

♥ Jéssica: Ai, meu Deus!

♦ Fábio: Acho que desistiu.

♥ Jéssica: Será que ele responde?

♦ Fábio: Uma resposta dele o compromete.

♥ Jéssica: Nossa, que nervoso!

♦ Fábio: Parou de digitar.

♥ Jéssica: que ele mande um Ok, então, só para mostra que leu.

♦ Fábio: Não sei.

♥ Jéssica: Meu Deus!

♦ Fábio: deve falar com um coronel.

♥ Jéssica: Ele leu, graças a Deus!

Caiado leu, mas não agiu. Não avisou Jorge Caiado. Não impediu a ordem de morte. Fábio Escobar passou a ser perseguido e difamado por um falso dossiê que o acusava de roubo de veículos e tráfico de drogas, produzido dentro da Secretaria de Segurança Pública e entregue para Anna Vitória Caiado (filha), Gracinha Caiado (esposa), Jorge Caiado (primo) e Tony Carlo (Secretário de Comunicação).

Por fim, Fábio Escobar foi assassinado a tiros por dois policiais na noite do dia 23 de junho de 2021. Outras 7 pessoas foram mortas em queima de arquivo. Entre elas uma jovem de 19 anos, ela estava grávida e esperava um bebê há 7 meses.

A federalização do caso se faz necessária para esclarecer se Caiado avisou ou não a família de Cacai Toledo que ele seria preso. 

O Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Sebastião Tejota, parente de Cacai Toledo  teria recebido um telefonema do governador Ronaldo Caiado (UB), que estava na China, para comunicar que Carlos Cesar Toledo, o Cacai, seria preso.

Tejota é casado com Camila Savastano de Toledo, irmã do suspeito Cacai, que estranhamente viajou para o Canadá.

Segundo essa mesma fonte, Caiado recebeu “informação privilegiada” que vazou do processo que corre em segredo de justiça no TJ-GO.

“Se ficar comprovado que Carlos Cacai Toledo viajou depois do vazamento dessa informação, de que Caiado teria avisado a família do suspeito, isso configura que ele contribuiu para a fuga? Se houve contribuição do próprio governador na fuga de um suposto assassino, será que ele terá condições de permanecer no cargo que ocupa? Esse vazamento privilegiado não é a maior prova de que o caso precisa ser federalizado?”