Fernando Santana |
O candidato a prefeito pela coligação Goiânia 24 Horas, Jovair Arantes (PTB), lamentou que a prefeitura de Goiânia esteja outra vez envolvida em escândalo de corrupção. O Ministério Público pediu o afastamento do secretário municipal de Habitação, Fernando Santana, por conta de uso eleitoral das casas do programa Minha Casa, Minha Vida.
"Essa é a prefeitura que temos, cheia de escândalo. Houve [escândalo] no Parque Mutirama e na Secretaria de Cultura. Uma prefeitura que apresenta problemas constantemente", disse o candidato. O MP também pede a impugnação da candidatura à reeleição do vereador Paulo Borges (PMDB), antecessor de Fernando.
Jovair afirmou que cabe à Justiça apurar as denúncias do Ministério e garantiu que seguirá firme no propósito de realizar uma campanha propositiva. Ele acredita que, à medida que se aproxima o dia da eleição, os eleitores começam a se decidir pela mudança nos rumos da administração da cidade.
"Escândalo é problema da Justiça, que está fazendo o seu papel. Mas é necessário que a população tome conhecimento", disse o candidato. "Existia uma bolha de pessoas que nem queriam saber de eleição e começaram a discutir a campanha. E muitas delas estão caminhando conosco por conta das nossas propostas sérias."
HABITAÇÃO
De acordo com o MP, os critérios para doação de casas populares são violados de forma escandalosa desde a passagem pela pasta do antecessor de Fernando. Paulo Borges teria atropelado os trâmites legais para incluir um servidor da pasta na lista de beneficiários de casas no residencial Bertim Belchior II, bem como dois funcionários da empresa Attende, que presta serviços à Sehab.
Segundo os promotores Villis Marra, Alice de Almeida Freire e Saulo de Castro Bezerra, autores da ação, os denunciados “nada mais estão fazendo do que utilizando-se do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que possui caráter social, para promover a candidatura de Paulo Borges, ferindo de morte a isonomia que deve permear as campanhas e imperar entre os candidatos”.
A farra das casas populares também desdobrou-se em pressões veladas sobre os beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida. É que pessoas ligadas à Secretaria da Municipal de Habitação têm buscado os moradores daqueles setores onde as moradias foram construídas e os levado até a sede do órgão para assinarem uma suposta 'pré-escritura' das casas obtidas a partir do programa 'Casa da Gente', doadas há três anos.
Segundo os promotores, é necessário o afastamento do secretário, tendo em vista que a permanência dele no cargo poderá manter a continuidade dos benefícios ao candidato Paulo Borges, quebrando a isonomia no processo eleitoral e a isenção da administração pública. Em caso de descumprimento deste pedido liminar é requerido o pagamento de multa diária.
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