segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Sindicato dos Atletas Subtrai Fortuna de Jogadores de Futebol

marcal-goiasVamos conforme o prometido a segunda parta da reportagem sobre o escândalo do Sindicato dos Atletas profissionais do Estado de Goiás. O assunto ganhou proporções gigantescas desde a primeira publicação. Descobrimos apenas o fio da meada de um crime nacional que envolve vários sindicatos, não somente do Estado de Goiás, embora este pareça ser um dos casos mais absurdos do Brasil. Vários advogados e jogadores de futebol dos mais diferentes estados do Brasil estão fazendo relatos de coisas que vão implodir os sindicatos em vários estados. Outras ações do mesmo sindicato contra Goiás e Vila Nova serão objetos da 3ª parte da reportagem em seguida vamos tratar de outros sindicatos e a forma como eles se apropriam de dinheiro dos jogadores das mais diferentes formas.

Como a coisa é grande e certamente como acontece no Brasil, vão tentar impedir as publicações com os mais diferentes tipos de represálias e como o assunto é nacional compartilhamos documentos com meu parceiro e um dos jornalistas mais destemidos do Brasil meu amigo Paulinho, do Blog do Paulinho.

O caso já está no Ministério Público. Acompanhe a 2ª parte da reportagem publicada hoje no blog do Paulinho

O Ministério Público de Goiás investiga suposto golpe aplicado pelo SINAPEGO (Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado de Goiás), que, mancomunado com o Atlético-GO, teria subtraído uma fortuna de 70 ex-jogadores da referida equipe.
Há suspeitas de que o presidente do Sindicato, Janivaldo Marçal Chaveiro, ex-jogador do clube (chegou a ser campeão mundial sub-20 pela Seleção Brasileira), teria embolsado boa parte da quantia (que só não foi maior devido à ação dos atletas, que, alertados por advogado, conseguiram suspender os pagamentos).
Vamos explicar.
O Atlético/GO devia para setenta jogadores os salários (em carteira) referentes aos meses de dezembro de 2012, janeiro, fevereiro e março de 2013, além dos “direitos de imagem” de  outubro, novembro e dezembro de 2012 e janeiro, fevereiro e março de 2013.
Sem autorização dos credores, o SINAPEGO ingressou com ação judicial contra o clube, para receber o montante, que, supostamente, seria repassado aos atletas (que sequer foram avisados da contenda).
A justiça avaliou a dívida em R$ 8.192.711,40.
Citado no processo, o Atlético/GO não compareceu, ocasionando condenação à revelia.
No dia 14 de novembro, a Justiça homologou a sentença e iniciou a execução, dentro do cálculo de pouco mais de R$ 8 milhões.
Bens do Atlético/GO foram penhorados e a Rede Globo notificada para não direcionar ao clube, e sim aos atletas, os pagamentos de diretos de televisão.
Porém, de maneira absolutamente suspeita, em 23 de fevereiro de 2016, o presidente do SINAPEGO, conhecido como Marçal, compareceu à Justiça junto com dirigentes do Atlético/GO e formalizou novo acordo, em que abria mão, em nome dos jogadores (sem que estes tenham autorizado) de receber R$ 8,1 milhões para aceitar inacreditável R$ 1.244.000,00, em parcelas de R$ 45 mil.
Vale a pena relembrar: a causa estava ganha, com penhoras executadas.
Mas as iniciativas suspeitas não pararam por ai: as quatro primeiras parcelas (total de R$ 180 mil), descontadas do dinheiro que os atletas tinham à receber, foram sacadas por advogados do SINAPEGO, à título de “honorários advocatícios”.
Além disso, em sequencia, o Sindicato peticionou na Justiça que todos os outros pagamentos deveriam ser realizados, pessoalmente, em nome de Janivaldo Marçal Chaveiro, presidente da entidade, e não dos jogadores.
Não fosse descoberto a tempo pelos atletas (que conseguiram obstar o processo e também os depósitos, levando o caso ao MP-GO), o que sugere ser um grande golpe, seria difícil saber o final exato dessa história.
Vale a pena escutar, abaixo, áudio de conversa do jogador Adriano sendo orientado pelo seu advogado, que explica-lhe, detalhadamente, toda a movimentação processual:

Cálculo da Justiça indicando que dívida do Atlético/GO com os jogadores era de R$ 8,1 milhões
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Amostragem de cálculo detalhado para alguns jogadores
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“Acordo” do Sindicato para reduzir recebíveis dos jogadores de R$ 8,1 milhões para R$ 1,2 milhão
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Acordo para depositar dinheiro dos jogadores na conta de Janivaldo Marçal Chaveiro, presidente do SINAPEGO
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Atlético e Coritiba Sofrem Represalia Por Enfrentar a Rede Globo

Atlético-PR, Coritiba, Arena da Baixada (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
O clássico entre Atlético-PR e Coritiba, que seria realizado na Arena da Baixada na tarde deste domingo pela quinta rodada do Paranaense, foi cancelado. A situação aconteceu depois que os clubes se negaram a dar continuidade na partida após a Federação Paranaense de Futebol (FPF) justificar que os profissionais contratados pelos clubes a fazer a transmissão do jogo via internet não estavam credenciados e não poderiam estar no campo. 
Os jogadores das duas equipes chegaram a entrar em campo, mas o árbitro, obedecendo orientação da FPF, não apitou o começo do clássico. A discussão até que fosse decidido pelo cancelamento da partida durou cerca de 40 minutos e os dois times se retiraram de campo depois de se reunirem no meio do campo. A Arena da Baixada recebia um público de aproximadamente 20 mil pessoas. O Atlético-PR não divulgou os números oficiais. 
Em entrevista por telefone ao blog Bastidores FC, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Helio Cury, explicou que o motivo de o árbitro não dar início ao clássico foi a quantidade de profissionais não cadastrados dentro de campo. O credenciamento deveria ser feito até 48 horas antes da partida. 
- O árbitro avisou: "olha, tá cheio de gente sem credenciamento, eu não posso começar o jogo assim. Se não tirar essas pessoas, não posso começar o jogo". Chamaram o policiamento. As pessoas se recusaram a sair. Não havia como fazer jogo com tanta gente em volta do gramado sem estar credenciada para tal - disse o dirigente ao blog (leia a entrevista completa aqui). 
Enquanto dirigentes conversavam com árbitros e policiais, os jogadores de Atlético-PR e Coritiba intercalavam subidas ao gramado com momentos no vestiário, em uma situação que durou por volta de 40 minutos. Os clubes afirmaram que não jogariam sem a transmissão pela internet, enquanto a Federação mantinha a posição em relação ao credenciamento dos profissionais. 
- Essa iniciativa pioneira e ousada vai servir para o resto da vida e dos tempos. Atlético-PR e Coritiba unidos começaram um processo silencioso de dizer não. Temos o direito de dizer não. Fica um alerta para os demais presidentes. Sigam o exemplo de Atlético e Coritiba. Vamos dizer não. Temos que romper com essas coisas - disse o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed.
O dirigente rubro-negro ainda criticou a forma como a arbitragem optou por não dar início ao jogo, mesmo com a Arena da Baixada cheia de torcedores. 
- O juiz me explicou que ele obedeceu uma ordem superior. Algumas vezes algumas leis não são éticas. Como vamos lidar com a frustração desse público inteiro? Então... 99%... chego à conclusão que não vai ter jogo por uma medida intransigente e estreita - criticou Salim Emed.
Sem acordo, os jogadores subiram em uma fila intercalada ao gramado e, de mãos dadas no círculo central, agradeceram a presença da torcida. Na sequência, após aplausos aos jogadores, as arquibancadas da Baixada começaram a se esvaziar, sob gritos de protesto. 
Após a saída dos jogadores, o técnico Paulo Autuori, do Atlético-PR, fez fortes críticas em entrevista coletiva, mas parabenizou os jogadores dos dois times pela coragem de optar pela não realização do clássico:
- Neste momento em que poderíamos ter um bom espetáculo, os clássicos, tanto dentro quanto fora de campo, não foi possível os profissionais trabalharem e os torcedores assistirem ao jogo em função de uma atitude arbitrária da Federação. Lembrando que a transmissão seria através da internet de forma gratuita. Não tem um mínimo de embasamento para a proibição que a Federação forçou para a não realização do jogo. Nós lamentamos. Essa é a realidade que toma conta do futebol, mas tenho que parabenizar, falta isso no futebol brasileiro, tomada de decisões corajosas - disse o treinador rubro-negro.
Presidente do Coritiba promete tomar providências
Em contato por telefone com o GloboEsporte.com, o presidente do Coritiba, Rogério Bacellar, criticou a postura da FPF. Segundo Bacellar, o problema foi a posição sem diálogo da federação. 
- Isso foi uma vergonha. Foi arbitrariedade por parte da federação, em virtude de não termos assinado um contrato de transmissão de televisão. A federação tinha que ter mais espírito esportivo. Não concordamos - disse Bacellar. 
O presidente afirma que o Coritiba vai tomar providências jurídicas contra a entidade. Ele diz que o departamento jurídico do clube vai atrás das medidas legais com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). 
- Passamos a posição para o departamento jurídico estudar e amanhã vamos fazer uma reclamação formal na CBF.  Não sei qual é a postura que o Atlético vai tomar, porque ainda não falei com o Petraglia ou o Sallim. Só sei que a atitude do Coritiba é essa. Estou revoltado com a atitude da FPF. 
Bacellar reforçou o discurso adotado pela federação de que o problema com a transmissão era o credenciamento dos profissionais. Para o presidente, contudo, a solução apresentada pelo Coxa era suficiente para permitir a realização do jogo. 
- A alegação foi de que tinha gente estranha dentro do campo, quando ia iniciar a partida. Isso é besteira, porque nós, inclusive, passamos a posição de que poderíamos passar todo o material para fora do campo. Meu vice disse assim: nós poderíamos transmitir do lado de fora do gramado. Então, que credenciamento é esse? - questionou o presidente. 
Coritiba e Atlético-PR se pronunciaram por meio de nota em seus respectivos sites oficiais. Os clubes reforçaram as críticas à FPF e pediram desculpas aos torcedores pelos transtornos. 
Leia a nota oficial divulgada pelos clubes:

O Coritiba Foot Ball Club e o Clube Atlético Paranaense informam que o clássico deste domingo (19), no Estádio Atlético Paranaense, não foi realizado devido à decisão da Federação Paranaense de Futebol de não autorizar o início da partida com a transmissão dos clubes em seus canais oficiais, no Facebook e YouTube, contrariando os interesses de seus afiliados CAP e CFC.

Os clubes lembram que a ação pioneira foi realizada, pois as duas equipes não venderam os direitos de transmissão de seus jogos no Campeonato Paranaense, por não concordarem com os valores oferecidos.

Diante da posição arbitrária e sem qualquer razoabilidade da Federação Paranaense de Futebol, os clubes lamentam o prejuízo causado ao futebol paranaense, em especial aos seus torcedores. 
Arena da Baixada, atlético-pr, Coritiba (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)Jogadores de Atlético-PR e Coritiba agradecem torcida no círculo central da Baixada (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)

José Eliton diz que não teme adversários na disputa de 2018 e prevê vitória da base aliada

“Venha quem vier, nós vamos ganhar as eleições”, diz vice-governador, pré-candidato à disputa em 2018 pelo PSDB. Em análise sobre o cenário eleitoral que se aproxima, ele destaca a importância de os integrantes do partido defenderem o legado do governador Marconi Perillo “que transformou Goiás”. Segundo afirma, “um projeto não se constrói sozinho”, ao reforçar a importância do diálogo com os segmentos da sociedade em todo o estado



“Venha quem vier, nós vamos ganhar as eleições”, disse o vice-governador José Eliton ao fazer uma análise a respeito do cenário eleitoral de 2018. Pré-candidato ao governo pelo PSDB ele defende a consolidação de uma base sólida e convicta para a construção de uma agenda comum com vistas ao próximo pleito. “Um projeto não se constrói sozinho”, afirma, ao reforçar a importância de um diálogo com os segmentos da sociedade em todo o estado.

José Eliton disse que sempre nutriu grande admiração pelo PSDB de Mário Covas. “Eu era acadêmico de direito em Goiânia e naquele momento buscava estabelecer posições quando me identifiquei com a proposta que era levada por Mário Covas e ali começou uma identificação pessoal”, destaca. O vice-governador também ressaltou o papel de Henrique Santillo na construção da história do partido em Goiás, observando que, graças ao seu trabalho e esforço, o PSDB elegeu o governador Marconi Perillo, aos 35 anos de idade. “Ali ele consegue estabelecer as bases de um pensamento ideológico que transformaria o estado de Goiás”, avaliou ele durante o primeiro encontro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) deste ano que reuniu dezenas de lideranças políticas do partido no Castro’s Park Hotel, em Goiânia, num pontapé para as eleições de 2018.

José Eliton destaca o grande legado do governador Marconi Perillo que implementou importantes programas que hoje são referências para o país. “Fomos o primeiro estado que soube fazer um programa de transferência de renda com inteligência, o Renda Cidadã, auxiliando quem precisava, dinamizando a economia local, fomentando o emprego e gerando renda”, disse. O vice-governador citou, entre outras iniciativas, o Bolsa Universitária que já possibilitou a 170 mil jovens se formarem graças ao benefício. Segundo ele, o estado de Goiás acaba de inspirar mais uma iniciativa do governo federal que, recentemente, criou o Cartão Reforma, nos moldes do Cheque Mais Moradia.

Legado
O vice-governador ressalta a importância de cada um no partido e na base aliada defender o projeto que transformou o estado de Goiás. “O tempo novo é muito mais que um slogan, é um conjunto de ações que modificaram a estrutura do estado, é o resultado das ações individuais que se transformaram num grande ganho coletivo para o estado”, afirma. “É o conceito da social democracia aplicando na realidade, transformando milhares e milhares de vidas”, observa. Para o processo eleitoral, segundo José Eliton, o mais importante é a força do diretório, é a convicção ideológica, além dos resultados das administrações.

Outro ponto destacado, na esfera administrativa, mas, com consequências na esfera política, conforme lembra o vice-governador, é o otimismo deste momento, graças às decisões tomadas lá atrás, pelo governo de Goiás, aos primeiros sinais da crise ainda em 2014. Segundo José Eliton, foi justamente a preocupação do governador Marconi e as medidas tomadas naquele momento que garantem hoje as condições de otimismo para 2017 e 2018. “O governador teve a coragem de encaminhar à Assembleia o maior pacote de ajuste fiscal do país, reduzindo de 24 para 10 o número de secretarias, fizemos a racionalização das despesas públicas e muitas vezes fomos incompreendidos, fomos criticados”, disse ele, justificando que isso impediu que Goiás se transformasse no que são hoje estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros que não conseguem pagar os salários dos servidores.

“E agora, nesse momento em que os prefeitos tomam posse nos municípios, o estado dispõe de R$ 2 bilhões para investimentos em 2017 e 2018, para iniciar um ciclo virtuoso”, destaca o vice-governador. Segundo ele, o governador Marconi Perillo é municipalista e vai transferir R$ 400 milhões desses recursos para os municípios, para as prefeituras. “Também serão retomadas obras estruturantes que vão impactar o desenvolvimento do estado”, afirma.

Diálogo
José Eliton falou da responsabilidade de se defender o acerto que foi a privatização da Celg “não só para a alocação de recursos, como também para promover o desenvolvimento do estado”. Ele informou que a Celg vai investir R$ 2,4 bilhões no setor elétrico nos próximos dois anos, movimentando a economia. Ele reafirmou que os recursos da privatização da Celg não serão pulverizados, como foram os de Cachoeira Dourada.

Segundo o vice-governador, em breve ele estará em todos os municípios, discutindo com prefeitos e sociedade organizada as suas necessidades. “Não compensa ser governo apenas para ocupar um espaço; é importante ser governo para transformar a realidade do estado e é justamente por isso que eu acredito e que me comprometi com o governador Marconi Perillo em defender um legado em 2018”, declarou José Eliton.

Segundo reforça, esse legado tem que ser mostrado. “Política se faz mostrando seus companheiros, seus amigos, quem tem vergonha dos companheiros não merece governar pois, se tem vergonha não está pronto para assumir responsabilidades. É por isso que eu acredito nos meus companheiros, em todos os tucanos, porque nós vamos juntos construir um projeto”, disse.

PARA FOTOS: PSDB 

Peixes Produzidos em Pisciculturas Movimentou R$ 4,3 Bilhões em 2016


A cadeia produtiva brasileira de peixes cultivados movimentou R$ 4,3 bilhões, em 2016. No período, o país produziu 640,51 mil toneladas, sendo que desse total não estão incluídos camarões, pesca marinha e importações. Ainda importou cerca de 500 mil toneladas de pescado em filé, para completar a demanda interna.
Os números são da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), que estima o consumo nacional de peixes em dez quilos por habitante ao ano, ante os 9,5 quilos per capita, registrados em 2015, quando o Brasil produziu 638 mil toneladas, importou cerca de 450 mil toneladas e faturou R$ 4 bilhões.

Segundo Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, os dados da instituição, que foram publicados no Anuário Brasileiro da Piscicultura – Edição 2016, representam a estatística mais exata da produção nacional. Isso porque foram colhidos a partir das informações das empresas do setor e dos fornecedores de insumos, que incluem rações, medicamentos e equipamentos.

PROBLEMAS E POTENCIAIS

Medeiros afirma que a piscicultura brasileira enfrentou problemas pontuais, no ano passado, como a seca implacável no Nordeste e em Mato Grosso.
“Com isso, alguns Estados apresentaram queda da produção. Por outro lado, os grandes Estados produtores, como Paraná, Rondônia e São Paulo, registraram sólido crescimento da criação de peixes cultivados”, informa.
Para 2017, a expectativa é retomar os níveis históricos de produção, com um incremento ao redor de 10%. “Acreditamos que, até 2025, o Brasil produzirá o dobro do volume atual de peixes”, estima o presidente da Peixe BR, instituição que reúne toda a cadeia de pescados, incluindo produtores, associações, indústrias de ração e equipamentos.
De acordo com Medeiros, a piscicultura nacional “é uma atividade (profissional) extremamente jovem e com grande potencial de crescimento”.
“O Brasil detém 13% das reservas mundiais de água doce, possui mais de 8,5 mil quilômetros de costas, tem grande diversidade de espécies e conta com a competência do empresário rural para empreender”, enumera.
Ele lembra que, além disso, o peixe é a proteína animal cujo consumo mais cresce em todo o mundo: “São mais de 170 milhões de toneladas anuais, o equivalente a cerca de 50 milhões de toneladas a mais que a carne suína, a segunda colocada”.
Como principais gargalos da atividade, Medeiros aponta as licenças ambientais e a outorga de águas da União. Mas conforme acredita, a partir de um trabalho consistente da Peixe BR, junto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e os governos estaduais, o setor deve avançar a passos largos no que se refere a essas questões essenciais.
Como principais gargalos da atividade pesqueira no país, o presidente da Associação Brasileira da Piscicultura, Francisco Medeiros, aponta as licenças ambientais e a outorga de águas da União. Foto: Divulgação Peixe BR
“Esperamos que, em pouco tempo, esses entraves estejam resolvidos. Também é preciso ter regras claras em termos de qualidade e dumping (venda de produtos a um preço inferior ao do mercado) dos peixes importados”, afirma o executivo da Associação Brasileira de Piscicultura.

DESEMPENHO REGIONAL

Dentre as regiões brasileiras, o Norte lidera a produção de peixes cultivados, com 158,9 mil toneladas, um aumento de 4,81%, na mesma comparação com 2015. A Região Sul é a segunda colocada, com 152,43 mil toneladas, um incremento de 13% sobre os números do ano anterior; seguida por Centro-Oeste (120,67 mil toneladas), Nordeste (104,68 mil toneladas) e Sudeste (103,83 mil toneladas).

Primeiro do ranking de piscicultura nacional, Paraná produziu 93,6 mil toneladas de peixes cultivados, em 2016. Segundo a Peixe BR, o Estado superou as adversidades e, contando com o trabalho dos projetos aquícolas independentes, especialmente das cooperativas e de seus produtores integrados, cresceu 17% em relação a 2015.
Na sequência, vem Rondônia com 74,75 mil toneladas de peixes e um crescimento de 15%; São Paulo, com 65,4 mil toneladas e um aumento de 9%; e Mato Grosso, com 59,9 mil toneladas. Segundo a Peixe BR, MT perdeu espaço ao sofrer uma queda de 19% na produção, em apenas um ano, por causa da seca.
Santa Catarina é um dos Estados líderes na produção de peixes cultivados, mantendo também a média anual de crescimento, atingindo 38,33 mil toneladas, no ano passado.

PESQUISAS NO PAÍS

A piscicultura nacional conta com o apoio da pesquisa, em especial da Embrapa Pesca e Aquicultura, localizada em Palmas, capital do Estado de Tocantins. Maior centro de pesquisas do segmento no Brasil, a unidade da estatal desenvolve estudos e tecnologias voltados para essa cadeia do agronegócio.
A Embrapa Pesca e Aquicultura, que foi projetada para operar com cerca de 90 empregados, tem como expertise a geração de conhecimento e tecnologias para a pesca e aquicultura, além de atuar regionalmente, desenvolvendo soluções para a produção agrícola em sistemas integrados.
Órgão da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), o Instituto de Pesca também desenvolve pesquisas regionais. Recentemente, recebeu investimentos de R$ 4,713 milhões para alavancar as pesquisas.
Os recursos estão sendo utilizados para a construção de 27 novos tanques (já em fase final), no Centro de Pescado Continental, no município de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, para estudos sobre sanidade, manejo, genética, reprodução e criação de alevinos.
Com investimento de R$ 4 milhões, o Centro, que foi inaugurado em 2014, tem capacidade de produção de 64,2 toneladas de pescado por ano. Atualmente, realiza ensaios sobre digestibilidade e desempenho zootécnico, ensaios biológicos em sanidade e toxicidade, análises de qualidade da água e ainda realiza cursos e treinamentos nessas áreas.Também desenvolve pesquisas sobre exigência nutricional e desempenho zootécnico de organismos aquáticos, valor biológico de ingredientes de diferentes origens (animal e vegetal) no desenvolvimento e na fisiologia de peixes, entre outras.

Piscicultura Cresce no Brasil, Apesar das Adversidades Econômicas

A piscicultura brasileira produziu 640.510 toneladas de peixes em 2016 contra 638.000 toneladas no ano anterior. Paraná, Rondônia e São Paulo são os maiores estados produtores. No total, a atividade movimentou R$ 4,3 bilhões em 2016, e gerou 1 milhão de empregos diretos e indiretos.
Esses números  compõem um levantamento estatístico abrangente e inédito feito pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR) e intitulado Anuário Brasileiro de Piscicultura, edição 2016.
O Paraná, líder, produziu 93.600 toneladas de peixes no ano passado. Tanto projetos agrícolas independentes como os produtores associados à cooperativa impulsionaram a atividade, que cresceu 17% diante de 2015.
A vice-liderança é de Rondônia, que produziu 74.750 toneladas de peixes em 2016, um crescimento expressivo de 15% em relação a 2015. Na sequência, aparece São Paulo, Estado que cresceu 9% em 2016 ao produzir 65.400 toneladas.
O crescimento no ano passado aconteceu apesar da crise econômica do Brasil, com redução dos investimentos em importantes estados produtores, queda no consumo de proteínas animais e problemas climáticos no Nordeste, informa a Peixe BR.
Segundo a entidade, esse cenário impediu, com mais ou menos intensidade, um melhor desempenho da atividade como um todo. Em alguns estados, a produção continuou avançando e o crescimento foi sólido – casos do Paraná, Rondônia e São Paulo. “Em outros, o desempenho ficou estável, e alguns foram afetados pelas adversidades da economia”, segundo a Peixe Br.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Zelândia: Cientista Descobre Que o Mundo Tem Um Novo Continente

Um novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia. 

As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos. 

Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido. 

Um artigo publicado a publicação científica Geological Society of America's Journal afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados - quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados. 

Critérios

Cerca de 94% desta área estão submersos - há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia. 


É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano. 


Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal? 


A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número. 

Oitavo continente?

Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes - América, África, Europa, Ásia e Oceania - é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos. 


Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul. 


Europa e Ásia - que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia - tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos. 


Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes - a Zelândia viria a ser o oitavo. 

O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente. 


"O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores. 


"O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental". 


Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente? 


Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos. 


No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes. 







Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo - se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles.

Acionista da Camargo Corrêa Revela Corrupção e Assassinato: “Levei Mala de Dinheiro Para Lula”

Ex-sócio de Fernando de Arruda Botelho, acionista da Camargo Corrêa morto em acidente aéreo há cinco anos, Davincci Lourenço diz à ISTOÉ que ele foi assassinado e que o crime encobriu um esquema de corrupção na empresa. O ex-presidente petista, segundo ele, recebeu propina para facilitar contrato com a Petrobras.

O personagem que estampa a capa desta edição de ISTOÉ chama-se Davincci Lourenço de Almeida. Entre 2011 e 2012, ele privou da intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa. Participou de reuniões com a presença do então presidente da construtora, Dalton Avancini, acompanhou de perto o cotidiano da família no resort da empresa em Itirapina (SP) e chegou até fixar residência na fazenda da empreiteira situada no interior paulista. A estreitíssima relação fez com que Davincci, um químico sem formação superior, fosse destacado por diretores da Camargo para missões especiais. Em entrevista à ISTOÉ, concedida na última semana, Davincci Lourenço de Almeida narrou a mais delicada das tarefas as quais ficou encarregado de assumir em nome de acionistas da Camargo Corrêa: o transporte de uma mala de dinheiro destinada ao ex-presidente Lula. “Levei uma mala de dólares para Lula”, afirmou à ISTOÉ. É a primeira vez que uma testemunha ligada à empreiteira reconhece ter servido de ponte para pagamento de propina ao ex-presidente.
Ele não soube precisar valores, mas contou que o dinheiro foi conduzido por ele no início de fevereiro de 2012 do hangar da Camargo Corrêa em São Carlos (SP) até a sede da Morro Vermelho Táxi Aéreo em Congonhas, também de propriedade da empreiteira. Segundo o relato, a mala foi entregue por Davincci nas mãos de um funcionário da Morro Vermelho, William Steinmeyer, o “Wilinha”, a quem coube efetuar o repasse ao petista. “O dinheiro estava dentro de um saco, na mala. Deixei o saco com o dinheiro, mas a mala está comigo até hoje”, disse. Dias depois, acrescentou ele à ISTOÉ, Lula foi ao local buscar a encomenda, acompanhado por um segurança. “Lula ficou de ajudar fechar um contrato com a Petrobras. Um negócio de R$ 100 milhões”, disse Davincci de Almeida. A atmosfera lúdica do desembarque de Lula na Morro Vermelho encorajou funcionários e até diretores da empresa a posarem para selfies com o ex-presidente. De acordo com Davincci, depois que o petista saiu com o pacote de dinheiro, os retratos foram pendurados nas paredes do hangar. As imagens, porém, foram retiradas do local preventivamente em setembro de 2015, quando a Operação Lava Jato já fechava o cerco sobre a empreiteira. Na entrevista à ISTOÉ, Davincci diz que o transporte dos dólares ao ex-presidente não foi filho único. Ele também foi escalado para entregar malas forradas de dinheiro a funcionários da Petrobras. Os pagamentos, segundo ele, tiveram a chancela de Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do grupo Camargo Corrêa. “O Fernando me dizia que a “baixinha”, como ele chamava Rosana Camargo, sabia de tudo”, disse Davincci.
A imersão de Davincci no submundo dos negócios, não raro, nada republicanos tocados pela Camargo Corrêa foi obra de Fernando de Arruda Botelho, acionista da empreiteira morto há cinco anos num desastre aéreo. Em 2011, Davincci havia virado sócio e uma espécie de faz-tudo de Botelho. A sintonia era tamanha que os dois tocavam de ouvido. Foi Botelho quem lhe disse que a mala que carregava teria como destino final o ex-presidente Lula: “A ordem do Fernando Botelho era entregar para o presidente. Ele chamava de presidente, embora fosse ex”. Numa espécie de empatia à primeira vista, os dois se aproximaram quando Arruda Botelho se encantou com uma invenção de Davincci Lourenço de Almeida: um produto revolucionário para limpeza de aviões, o UV30. O componente proporciona economias fantásticas para o setor aéreo. “Com apenas cinco litros é possível limpar tão bem um Boeing a ponto de a aeronave parecer nova em folha. Convencionalmente, para fazer o mesmo serviço, é necessário mais de 30 mil litros de água”, afirmou Davincci.
PARCERIA Botelho (esq) e Davincci (dir) eram sócios na fabricação de produtos para limpeza de aviões
PARCERIA Botelho (esq) e Davincci (dir) eram sócios na fabricação de produtos para limpeza de aviões
Interessado no produto químico inventado por Davincci, o UV30, Botelho abriu com ele uma empresa de capital aberto, a Demoiselle Indústria e Comércio de Produtos Sustentáveis Ltda. Na sociedade, as cotas ficaram distribuídas da seguinte forma: 25% para Fernando de Arruda Botelho, 25% para Rosana Camargo de Arruda Botelho, herdeira do grupo Camargo Corrêa, 25% para Davincci de Almeida e 25% para Alberto Brunetti, parceiro do químico desde os primórdios do UV30. Pelo combinado no fio do bigode, o casal Fernando e Rosana entraria com o dinheiro. Davincci e Alberto, com o produto. Em janeiro de 2012, a Camargo Corrêa lhe propôs o encerramento da empresa. Simultaneamente, a construtora, segundo a testemunha, fez um depósito de US$ 200 milhões nos Estados Unidos, no Bank of América, em nome da Demoiselle. O dinheiro tinha por objetivo promover o produto no exterior e fechar parcerias com a Vale Fertilizantes, Alcoa, CCR, e outras empresas interessadas na expansão do negócio. A operação intrigou Davincci. Mas o pior ainda estaria por vir.

Acidente ou assassinato?

As negociatas também foram reveladas em depoimento ao promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, que ouviu Davincci em quatro oportunidades. Blat encaminhou os depoimentos à força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. À ISTOÉ, o promotor disse acreditar que a Camargo Corrêa possa ter usado Davincci como “laranja”. Outro trecho bombástico da denúncia de Davincci à ISTOÉ, reiterado ao Ministério Público, remonta ao acidente fatal sofrido pelo empresário Fernando Botelho no dia 13 de abril de 2012, durante um voo de demonstração, a bordo de um T-28 da Segunda Guerra Mundial, a empresários africanos, com os quais o acionista da Camargo havia negociado o UV30 em viagem à África dias antes. Segundo Davincci, Botelho foi assassinado. O avião, de acordo com ele, foi sabotado numa trama arquitetada pelo brigadeiro Edgar de Oliveira Júnior, assessor da Camargo e um dos gestores das propriedades da empreiteira. Conforme o depoimento, convencido de que o brigadeiro havia lhe dado um aplique, depois de promover uma auditoria interna, Botelho o demitiu na manhã do acidente durante uma tensa reunião, regada a gritos, socos na mesa e bate-bocas ferozes, testemunhada por diretores da Camargo. “O Fernando foi assassinado e o crime tramado pelo brigadeiro Edgar. O avião foi sabotado”, assegura o químico.

Uma sucessão de estranhos acontecimentos que cercaram a tragédia chamou a atenção do Ministério Público. Por exemplo: o caminhão de bombeiros comprado por Botelho exatamente para atender a eventuais emergências no aeródromo de sua propriedade estava trancado no hangar. “Tive que jogar meu carro contra a porta para estourar os cadeados. Peguei o caminhão e fui para o local. Ao chegar lá, as chamas estavam tão altas que não pude chegar muito perto”, afirmou Davincci. Mas o então sócio de Arruda Botelho se aproximou o suficiente para conseguir resgatar o GPS, que havia se descolado da parte externa da aeronave. Porém, o aparelho, essencial para municiar as investigações com informações sobre o voo, não pôde ser conhecido pelas autoridades, segundo Davincci, a pedido do brigadeiro Edgar. “Ele tomou o aparelho das minhas mãos, dizendo que poderia ficar ruim para a família se entregássemos à investigação, e ainda me obrigou a mentir num primeiro depoimento à delegacia”. Com a morte de Fernando de Arruda Botelho, o brigadeiro acabou não tendo seu desligamento da empreiteira oficializado. Já o ex-sócio, desde então, enfrenta um calvário. “Sofri 11 ameaças de morte”, contou.
Motivado pelos depoimentos de Davincci, o caso que havia sido arquivado pela promotora Fernanda Amada Segato em março de 2013 foi reaberto em setembro do ano passado por ordem da promotora Fábia Caroline do Nascimento. As novas investigações estão a cargo do delegado José Francisco Minelli. “Estou na fase da oitiva das testemunhas”, disse à ISTOÉ o delegado. Dois dos quatro irmãos de Fernando de Arruda Botelho, Eduardo e José Augusto, suspeitam de que pode ter havido mais do que um acidente. “Vou ajudar a descobrir a verdade sobre o que aconteceu. Mas um conhecido ligado ao Exército procurou meu irmão (José Augusto) para dizer que estavam convencidos que não foi acidente”, disse Eduardo Botelho em mensagem, ao qual ISTOÉ teve acesso, enviada em janeiro para Davincci.




Irmão de Botelho atesta relato
Por telefone, de sua fazenda em Itirapina, Eduardo Botelho revelou à reportagem de ISTOÉ comungar dos indícios apontados pelo ex-sócio do irmão morto em 2012. “O nível de nojeira da equipe que comandava os negócios do meu irmão era muito grande. Tudo o que aconteceu naquele dia do acidente aéreo foi estranhíssimo. Meu irmão estava sendo roubado. Como ele não tinha controle do que acontecia com o avião, ele pode ter sido sabotado sim. Era fácil sabotar o avião. Ele era da Segunda Guerra. Podem ter mexido no avião no dia da queda”, disse Eduardo Botelho. “Se ele não tivesse morrido naquele dia, iria fazer uma limpeza gigantesca nas fazendas da Camargo”, asseverou o irmão, que rompeu relações com Rosana Camargo, a viúva, há algum tempo. “Uma máfia cercava meu irmão. Como pode um gerente de fazenda que ganha R$ 4 mil comprar quatro casas num condomínio fechado em São Carlos?”, perguntou Eduardo. Sobre Davincci, confirmou que ele e seu irmão eram realmente muito próximos e que, desde a morte de Fernando de Arruda Botelho, os antigos sócios dedicam-se a tentar tomar a empresa dele. “Ele (Davinci) morou na minha casa aqui na fazenda. Meu irmão dizia que eles iriam fazer chover dinheiro com o produto. Depois que meu irmão morreu, tentaram quebrar a patente, criaram outras empresas similares à Demoiselle. Tudo para tirá-lo da jogada”, confirmou.

acrobacias interrompidas Fernando Botelho pilotava seu aviâo da Segunda Guerra quando bateu num barranco e explodiuUma das empresas às quais o irmão do ex-acionista da Camargo se refere está sediada em São Paulo. No endereço mora Rosana, a bilionária herdeira da segunda maior construtora do País, que, por meio de seus advogados, se disse alvo de “crimes de calúnia, difamação e injúria por parte de Davincci”. “Ele responde a diversas ações judiciais, já tendo sido obrigado pela Justiça a cessar a divulgação de ameaças”, afirmou o advogado Celso Vilardi. A Muniz e Advogados Associados, que também representa a Camargo Corrêa, diz que Edgard de Oliveira Júnior, em razão dos desentendimentos entre os sócios, deixou espontaneamente a sociedade que mantinha com Davincci. “A empresa foi dissolvida, liquidada e a patente colocada à disposição”, afirma. Procurada para confirmar a negociação intermediada por Lula, conforme depoimento de Davincci, no valor de R$ 100 milhões, a Petrobras não respondeu até o fechamento desta edição. William Steinmeyer, da Morro Vermelho, confirma que conhece Davincci (“um cara excêntrico”), mas jura que não recebeu qualquer encomenda dele.
ACROBACIAS INTERROMPIDAS Fernando Botelho pilotava seu avião da Segunda Guerra quando bateu num barranco e explodiu
Desde o último mês, a empreiteira se prepara para incrementar sua delação premiada ao Ministério Público Federal. As novas – e graves – revelações, trazidas à baila por ISTOÉ, deverão integrar o glossário de questionamentos aos executivos da empreiteira pelos procuradores da Lava Jato.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Repórter da CBN, Larissa Calderari, é Assaltada Enquanto Estava no Ar

Por Rodney Brocanelli

A repórter Larissa Calderari, da CBN, foi assaltada na tarde desta sexta-feira enquanto fazia uma entrada ao vivo na emissora falando sobre o desligamento da tv analógica no programa CBN Total. Enquanto Larissa passava as informações no ar da Rua Líbero Badaró, em São Paulo, um assaltante se aproximou dela, mexeu em sua bolsa e conseguiu roubar seu celular particular. Assim que percebeu o que estava ocorrendo, a jornalista interrompeu seu boletim com um palavrão. O apresentador Fernando Andrade, sem entender o que havia ocorrido seguiu com a programação. Minutos depois, ele explicou aos ouvintes sobre o que aconteceu com a repórter. Ouça abaixo.

Fonte: Radioamantes

Atletiba Será Primeiro Clássico Transmitido pelo Youtube

Estamos acostumados a ver as partidas de futebol pela televisão, mas o Atlético-PR e Coritiba irão inovar neste domingo (19). Os clubes se negaram a fechar acordo com a Rede Globo por alegarem que é “absurda” a oferta. A proposta está em torno de R$ 1 milhão com contrato de três anos. 

Para diferenciar, as equipes irão transmitir a partida pelo canal do Youtube dos clubes, que contam com 20 mil inscritos, cada um. Além da transmissão ao vivo terá narrador, comentaristas e repórter de campo. 

A iniciativa é inédita em uma competição de alto escalão no país. Apenas detalhes burocráticos se encontram em discussão para que o anúncio seja feito. Em entrevista a ESPN o presidente do Atlético-PR, Luiz Sllim Emed, fala um pouco sobre a iniciativa e detalhes para a partida. 

"Será, mesmo, via Youtube. É um novo modelo, excelente para cada um dos lados e estaremos fazendo essa experiência no clássico. É uma forma de amadurecer e desenvolver. É um modelo já utilizado com resultados positivos no exterior e que pode vir a ser atraente"

Ainda não está definido se apenas os sócios torcedores de Atlético-PR e Coritiba terão acesso.

Musa do Brasil de Pelotas é Presa Acusada de Integrar Quadrilha Criminosa

A musa do Brasil de Pelotas Daiana Freitas foi presa pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeita de pertencer a uma quadrilha investigada por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.


Daiana foi detida após sair da Penitenciária de Charqueadas após visita íntima ao seu companheiro que está preso desde dezembro.


Ambos estão sendo investigados pela Operação Kataschesi que está na sua segunda fase. A primeira deflagrada em novembro prendeu 4 pessoas. A Operação investiga uma organização criminosa que comete crimes traficando drogas e efetuando roubos. O dinheiro obtido foi usado para compra de imóveis e veículos.

De acordo com o delegado Rafael Lopes, responsável pela prisão de Daiana, ela emprestava o seu nome para que a organização registrasse os bens.