sábado, 10 de dezembro de 2016

Governador Autoriza Nomeação de Aprovados Para a UEG

O governador Marconi Perillo autorizou a nomeação da segunda turma dos aprovados no concurso de 2014 para analistas e assistentes de Gestão Administrativa da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A informação foi divulgada pelo secretário de Gestão e Planejamento Joaquim Mesquita por meio do Instagram, na última quinta-feira. Serão nomeados 47 analistas de Gestão Administrativa e 53 assistentes de Gestão Administrativa.

Em abril, outros 100 aprovados foram nomeados, porém, apenas 73 tomaram posse. Segundo Joaquim Mesquita, o Governo de Goiás tem feito um esforço para garantir as contratações. “Apesar do cenário econômico adverso, o governador Marconi tem conseguido avançar nos pleitos da UEG, contemplando mais um grupo expressivo de aprovados do concurso”, afirmou o secretário em seu perfil na rede social.

O trâmite agora passa pela secretaria de Casa Civil, que vai preparar o decreto de nomeação e publicar no Diário Oficial. A solenidade de nomeação do segundo grupo de aprovados, organizada pelo Gabinete do Governador e a Reitoria da UEG, será nos próximos dias.  

Outros concursos

Ao longo de 2016, a secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) abriu quatro editais de concursos, todos para a Segurança Pública. Dos concursos em andamento, são 280 vagas para agente de polícia substituto e 220 para escrivão substituto da Polícia Civil; 250 vagas para soldado de 3ª Classe e 40 para cadete (aluno oficial) do Corpo de Bombeiros Militar; 2420 vagas para soldado de 3ª Classe e 80 para cadete de da Polícia Militar. 

Com 36 vagas abertas, o concurso para Delegado de Polícia Substituto tem inscrições abertas até o dia 12 de dezembro. No total, são 3.920 vagas para a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás.

MP Denúncia Lula e Filho Luis Cláudio Por lavagem de Dinheiro e Organização Criminosa

Deflagrada em março do ano passado, a Operação Zelotes surgiu com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em vender decisões do Carf, o tribunal que julga recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal. No meio do caminho, investigando lobistas que participavam do esquema, procuradores e policiais esbarraram em outros lucrativos balcões de negócios de Brasília. Descobriram, por exemplo, que alguns dos suspeitos, os mesmos que vendiam acesso a poderosos gabinetes da capital, tinham atividades extras no mundo do crime. Ofereciam, entre outras coisas, medidas provisórias editadas sob medida pelo governo para atender empresas interessadas em obter benesses oficiais, como incentivos fiscais. Um dos achados despertou especial atenção. Ao quebrar o sigilo de Mauro Marcondes, um megalobista conhecido por atuar em favor da indústria automobilística, apareceram pagamentos de 2,5 milhões de reais a uma empresa registrada em nome de Luís Cláudio Lula da Silva, o filho caçula do ex-presidente Lula. Era só a ponta aparente de um elo que, agora, os investigadores acreditam ter fechado – e que acaba de resultar em mais uma ação criminal contra o petista.


A descoberta dos pagamentos a Luís Cláudio exigiu a abertura de uma nova frente de investigação – e deu origem a uma sucessão de explicações atrapalhadas por parte de quem pagou e de quem recebeu. Preso, Mauro Marcondes primeiro disse que contratara o filho de Lula para desenvolver o projeto de um centro de exposições no interior de São Paulo. Depois, alegou que o dinheiro foi repassado a título de patrocínio a competições de futebol americano organizadas por Luís Cláudio. O rapaz se complicou ainda mais. Explicou que prestou serviços de consultoria à empresa do lobista e apresentou à polícia relatórios para supostamente comprovar o que dissera. Os documentos nada mais eram do que uma colagem malfeita de textos plagiados da internet. Restava no ar a pergunta: por que, afinal, o menino Lula recebeu a bolada do lobista? Foi na montanha de documentos coletados por outra operação, a Lava-Jato, que os investigadores da Zelotes conseguiram a resposta, ou a parte que faltava para fechar o elo.

A suspeita, desde o começo, era que Mauro Marcondes pagara a Luís Cláudio para obter a ajuda de Lula em assuntos de interesse de seus clientes. Lula já era ex-presidente, mas, como se sabe, desfilava poder no Planalto de Dilma Rousseff. Marcondes, àquela altura, defendia causas bilionárias no governo. E, coincidência ou não, teve êxito nas principais delas. Conseguiu, por exemplo, a edição de uma medida provisória prorrogando benefícios fiscais a montadoras de automóveis e contribuiu para que o governo brasileiro fechasse com os suecos da Saab a compra de 36 caças para a Força Aérea, num contrato de 5,4 bilhões de dólares. Pelo lobby, Marcondes recebeu das montadoras e da Saab mais de 15 milhões de reais. Teria ele repassado uma parte desse dinheiro a Lulinha para que Lula o ajudasse em suas empreitadas junto ao governo Dilma? Para os procuradores da Zelotes, foi exatamente o que aconteceu. No material apreendido no Instituto Lula pela Lava-Jato, eles encontraram o que consideram ser a prova cabal dessa relação: no mesmo período em que recebeu a bolada, Lulinha não só ajudou Mauro Marcondes a marcar reuniões com Lula para tratar dos interesses das empresas que o lobista representava como acompanhou pessoalmente os encontros.

E-mails, atas de reuniões e agendas do Instituto Lula foram juntados à investigação como prova. Para os investigadores, o conjunto não deixa dúvida: o lobista pagou ao filho para obter a ajuda do pai. Somado, o material embasa mais uma acusação criminal contra Lula na Justiça. É a quarta denúncia proposta pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente. Desta vez, os procuradores acusam Lula de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, crimes cujas penas podem passar dos quinze anos de prisão. O filho de Lula foi denunciado por lavagem de dinheiro.

Ao longo da investigação, os sigilos bancário e fiscal de duas empresas de Luís Cláudio foram quebrados. E o que saiu da análise das contas torna ainda mais nebulosas as transações financeiras do caçula da família Lula. De 2011 a 2015, as duas empresas dele receberam o número mágico de 13 milhões de reais – parte das movimentações, segundo a Receita Federal, é incompatível com as declarações de renda apresentadas no período. A maior parcela foi repassada por grandes empresas, a título de patrocínio para os torneios de futebol americano organizados pelo rapaz, mas nem tudo é o que parece. No rol há, por exemplo, uma empresa que deu dinheiro mas nunca figurou entre os patrocinadores das competições. Dentre os pagadores aparece também uma empresa da família de José Carlos Bumlai, o lobista amigo do peito de Lula que tinha passe livre em seu governo (e que, anos depois, acabaria apanhado pela Lava-Jato). Uma parte significativa dos valores recebidos pelo caçula de Lula foi aplicada em fundos de investimento. O destino de pelo menos 3,5 milhões os peritos da Receita simplesmente não conseguiram identificar, e 840 000 reais foram transferidos para a conta de uma empresa de fachada sediada em um casebre na periferia de São Paulo.

Luís Cláudio, como se vê, virou um portento dos negócios, a exemplo de seu irmão Fábio Luís, o Lulinha, ex-tratador do zoológico paulistano que ficou milionário graças a negócios nebulosos feitos durante o governo do pai. Quando os negócios de Fábio vieram à luz, Lula defendeu o primogênito. Disse que ele era um “Ronaldinho dos negócios”. O que ninguém sabia àquela altura era que havia um outro gênio na família ensaiando os primeiros passos rumo à fortuna. Tampouco se sabia que tamanho sucesso viria a complicar sobremaneira a vida do orgulhoso pai.

Ana Carla Defende Pacto de Austeridade Proposto Pelo Governador Marconi Perillo

Em entrevista à Rádio CBN na manhã desta sexta-feira (9/12), a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão Costa, afirmou que o Pacto de Austeridade pela Retomada do Crescimento Econômico e Geração de Empregos “visa garantir o futuro para os mais de 6,6 milhões de goianos e define critérios e condições para que o Estado continue a pagar a folha salarial em dia, a prestar serviços de qualidade e volte a investir”, disse. Depois de dois anos de um ajuste fiscal iniciado de forma pioneira, ainda em 2014, pelo governador Marconi Perillo para enfrentar "a maior crise econômica já vivida no País", em que enxugou o tamanho da máquina e reduziu custos, é preciso retomar os investimentos, disse. O foco, segundo Ana Carla, deve ser o futuro da população goiana.

Em relação às propostas do Pacto de Austeridade que dizem respeito aos servidores públicos, a secretária ressaltou que o que se busca “é garantir que o servidor tenha seu salário paga em dia e tenha a previdência garantida lá na frente quando se aposentar”. Entre as alterações previstas, estão a redução de gastos com pessoal (sendo 20% dos cargos em comissão, 30% de ajuda de custo, 30% de horas extras e gratificações, além transformação de licenças-prêmio em licença capacitação), redução da estrutura administrativa, e aumento da contribuição previdenciária do servidor público do Executivo e demais Poderes dos atuais 13,25% para 14,25%. Ana Carla ressaltou, contudo, que o projeto não barra reajustes já concedidos.

Incentivos fiscais

Também incluídos no Pacto de Austeridade, Ana Carla disse que não há nenhuma proposta para acabar com os incentivos fiscais. “O que se busca é garantir que o Estado faça investimentos para que as empresas que se instalaram aqui, confiando numa infraestrutura que funcione, confiando num capital humano, na saúde, na educação, na segurança, possam ter esse retorno. Isso sim é competitividade”, afirmou explicando, ainda, que a proposta é cobrar uma contribuição de 15% - atualmente, os incentivos fiscais estão na casa dos 73%. O Pacto de Austeridade prevê a criação do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF), a vigorar por 10 anos a partir de 1º de janeiro de 2017, com alíquota única e uniforme de 15%. Estarão sujeitos à contribuição ao FEF todos os incentivos fiscais concedidos à margem do Confaz.

Segundo Ana Carla, essas receitas serão vinculadas a projetos de investimentos em infraestrutura. “O governo teve cuidado para garantir que esses recursos, mais uma vez, voltem para a sociedade e, em particular, voltem em benefício das próprias empresas que se instalaram em Goiás; tudo está sendo feito visando o desenvolvimento e o crescimento de Goiás, a volta da geração de empregos”. 

As propostas do Pacto de Austeridade pelo Crescimento serão apreciadas pela Assembleia Legislativa.

Polícia Militar Apreende Meia Tonelada de Maconha em Anápolis


Sete são presos por tráfico de drogas. Forças de segurança apreendem quatro veículos. 

Mambaí, no Mato Grosso do Sul, é a origem dos entorpecentes

A Polícia Militar apreendeu na quinta-feira (08/12), em Anápolis, 500 quilos de maconha e quatro veículos de luxo. Um deles era roubado. Sete pessoas foram presas suspeitas de tráfico de drogas. A polícia patrulhava a Avenida Angélica, no Conjunto Filostro Machado, quando abordaram Wesley Honório Ferreira e Irley Santos dos Reis em atitude suspeita dentro de veículo modelo Range Rover Evoc.
Segundo informações da PM, durante a abordagem, o celular de um dos suspeitos tocava insistentemente e recebia mensagens que relatavam a chegada de uma grande quantidade de drogas. Wesley confessou que havia sido contratado para levar uma balança para pesagem dos entorpecentes em uma chácara localizada no Residencial Monte Sinai.

No local, os militares encontraram as drogas no porta-malas de um carro, modelo Toyota Corolla, de cor presta, que havia sido roubado em São Paulo. O veículo já estava com a placa adulterada. De acordo com a PM, a carga de maconha foi trazida de Mambaí, no Mato Grosso do Sul.

Também foram presos Lucas Raimundo Nascimento Silva, Carlos Alberto Ferreira, Wilton Stumm de Carvalho, André Costa Campos e Wilson Gomes Granjeiro - que já tinha um mandado de prisão em aberto. Os sete e as drogas foram encaminhados para a Polícia Federal.



Fotos: Polícia Militar

CBF Denuncia Inter Por Falsificação de Documento

Após o arquivamento, o "caso Victor Ramos" ganhou mais um capítulo na tarde desta sexta-feira. A CBF enviou ao STJD um ofício de denúncia no qual afirma que os e-mails que vazaram nesta semana com uma suposta conversa entre diretor de Registro e Transferência da CBF, Reynaldo Buzzoni, e o Vitória, são falsos. As mensagens eletrônicas foram utilizadas pelo Inter para tentar reabrir o processo sobre inscrição irregular do jogador. Por sua vez, o departamento jurídico do clube gaúcho garante a autenticidade e pede investigação. 


Há também uma solicitação da CBF para que a denúncia seja encaminhada ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Ou seja, se o STJD comprovar a falsificação, a ação será repassada ao MP para iniciar a averiguação criminal. 


A notícia foi divulgada inicialmente pelo jornalista Marcio Martins, da rádio Itapoan FM. No final da tarde desta sexta, a CBF publicou no site da entidade uma nota oficial em que confirmou a acusação. Alega falsificação nos e-mails atribuídos a Reynaldo Buzzoni.


– Tendo em vista a matéria veiculada pela imprensa relacionada ao registro do atleta Victor Ramos, do Esporte Clube Vitória, a Confederação Brasileira de Futebol esclarece que arguiu hoje, no Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a falsidade de e-mails atribuídos ao Sr. Reynaldo Buzzoni, Diretor de Registro e Transferência da entidade. Tal documentação, apresentada e juntada aos autos do processo pelo Sport Club Internacional, teve sua autenticidade impugnada por ser desprovida de fé, conforme procedimento hoje protocolado no STJD – publica a nota. 
Diretor jurídico do Inter, Giovani Gazen diz que o Inter ainda não foi notificado. Ao mesmo tempo, contesta a afirmação da CBF. Garante a autenticidade dos documentos e diz que os autos da documentação apresentada pelo clube gaúcho poderão ser examinados. 
Documento CBF falsificação Victor Ramos  (Foto: Reprodução)
Nota oficial da CBF sobre caso  Victor Ramos (Foto: Reprodução)


No final da tarde desta sexta, a delegação do Inter iniciou concentração no Rio de Janeiro para a partida contra o Fluminense, pela última rodada do Brasileirão. Assim que o grupo chegou ao hotel em solo carioca, o presidente Vitorio Piffero pediu investigação sobre o caso.  

Vitório Piffero presidente do Inter chegada ao Rio de Janeiro (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)
– O Inter quer a mais ampla e mais completa investigação sobre todos os fatos relacionados. Eu não tenho conhecimento sobre esses fatos, estou orientando para que dê uma coletiva em Porto Alegre – resumiu Piffero. 
Presidente do Inter quer investigação sobre o caso (Foto: Eduardo Deconto/GloboEsporte.com)


Na manhã de quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo divulgou uma suposta troca de e-mails entre o clube baiano e o diretor de Registro e Transferência da CBF, Reynaldo Buzzoni. As mensagens indicavam que a entidade teria orientado o Vitória a adotar procedimentos internacionais para a inscrição do jogador, o que contradizia as alegações dos baianos e do próprio Buzzoni de que a transferência foi nacional. 
Os e-mails seriam outras provas alegadas pelo Inter na tentativa de tirar pontos do time baiano no STJD) para escapar do rebaixamento. Na 17ª colocação na tabela do Brasileirão, o clube gaúcho soma 42 pontos – três a menos do que o Vitória –, a uma rodada do fim da competição.
O STJD decidiu arquivar o pedido feito pelo Inter para reabrir o caso Victor Ramos. No entanto, o clube gaúcho promete seguir na luta para reverter o episódio e comprovar a suposta irregularidade na inscrição do zagueiro do Vitória. 

Programa de Austeridade do governo estadual vai gerar R$ 1,6 bilhão de economia em 2017


“Mais uma vez o governo corta na própria carne para garantir o equilíbrio fiscal e financeiro do Estado, e para garantir que o Estado continue pagando em dia”, afirmou hoje o governador Marconi Perillo em entrevista coletiva à imprensa para detalhar o Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás, enviado para a Assembleia Legislativa. Ele informou que, com a limitação dos gastos públicos, será possível garantir economia de R$ 1,6 bilhão em 2017, dinheiro que será revertido em investimentos em infraestrutura e na movimentação da economia.
Ele reiterou que o governo estadual vai cortar mais de 20% de cargos comissionados e temporários, além de reduzir as gratificações. Dessa forma, será possível economizar para bancar reajustes que acontecem vegetativamente, ou determinados por leis estaduais ou federais. “O reajuste do piso nacional de professores, por exemplo, é uma determinação nacional. O reajuste da Segurança Pública e da Saúde é fruto de leis estaduais. Para bancar os reajustes e os aumentos vegetativos (progressões), estamos cortando cargos de livre nomeação ou gratificação”, justificou.
Assegurou que os salários continuarão a ser pagos em dia, como estabelece a lei. “No momento em que todos se preocupam com a situação financeira do Brasil, estados e municípios, Goiás sai à frente”, frisou. Todas as medidas previstas no programa gerarão economia de R$ 1,6 bilhão em 2017. O projeto do governo estadual é utilizar o recurso para os investimentos em infraestrutura. 
“O que nós queremos também com essa reforma é garantir um valor anual para que o Estado tenha condições de fazer investimentos, para atualizar a malha rodoviária existente, os hospitais existentes. Ou seja, para manter esses investimentos que já foram realizados. Se nós não tivermos dinheiro para fazer investimento na manutenção das rodovias, elas vão acabando. Então é preciso ter dinheiro para manter o que já existe, terminar o que está em andamento e para fazer outras coisas para atender as novas demandas”, disse.
Marconi ressaltou que os investimentos serão importantes para garantir a vinda de mais indústrias, melhoria do comércio, dos serviços, e energia nas residências. “Isso vai significar também uma injeção muito grande de dinheiro na nossa economia nos próximos três anos. Nessa área o governo não vai precisar colocar dinheiro”, ressalvou. Cada vez mais é preciso que o governo invista onde o setor privado não investe, para beneficiar o povo. Mas é preciso que o Estado cada vez mais também se desvencilhe de espaços ou de gastos que podem ser feitos pela iniciativa privada para que o Estado tenha dinheiro para investir realmente onde precisa investir. Se nós não tivermos dinheiro, a população vai padecer com serviço de qualidade ruim”, enfatizou. 

A seguir: trechos destacados da entrevista

"A gente ouve dizer: 'Tenho orçamento'. Ok, mas tem dinheiro?"
Tomamos as nossas primeiras medidas mais duras aqui, no final de 2014. Rio Grande do Sul tomou logo no começo de 2015. Agora, o Rio Grande do Sul ampliou essas medidas. Rio de Janeiro foi obrigado a tomar medidas duras em meio de uma crise terrível. Agiram reativamente, para tentar estancar problema. Minas Gerais anunciou, agora, algo que a gente já sabia que ia acontecer: estado de calamidade financeira. Há três meses comecei a conversar com a equipe econômica. Formei uma comissão e pedi que estudassem alternativas e medidas que adequassem a realidade de Goiás ao teto dos gastos do governo feral. Dei diretrizes e conversamos algumas vezes até que chegássemos a esse conjunto de iniciativas que estão sendo enviadas a Alego. Um teto para gastos, com um indexador, que é IPCA ou Receita Corrente Líquida (RCL), para ter orçamento e uma despesa real. Gasta se tiver dinheiro. Como é que você faz um orçamento, com base em outro anexador, se a sua receita não acompanha a sua despesa? Isso é uma coisa básica para qualquer casa, da mais simples a mais sofisticada. A RCL, inclusive, na minha opinião, é a mais adequada. Porque se arrecadou, gasta o que arrecadou. Às vezes a gente ouve dizer: Tenho orçamento. Ok, mas tem dinheiro? Não adianta ter orçamento e não ter o lastro financeiro. Tomamos uma série de medidas de caráter estrutural.

"Sem alteração na Previdência, pessoas que trabalharam a vida toda não terão condição de receber quando se aposentarem"
Todas as vezes que temos um problema conjuntural, medidas são tomadas para resolver o problema de conjuntura, que é momentâneo. O que estamos fazendo agora é um ajuste estrutural, que vai servir para o nosso governo e para os próximos. A gente define um teto de gastos, um indexador local, que está inclusive abaixo do limite prudencial da LRF.  Estamos chamando esse limite de 'imite de alerta'. Temos o limite prudencial e o limite próprio da LRF. Estamos definindo um abaixo do prudencial, que é denominamos de limite de alerta. Ou seja, a despesa corrente chegou àquele patamar a gente não pode mais dar aumentos ou fazer qualquer tipo de gastos. Também estamos tomamos iniciativas para diminuir o déficit da Previdência. Todos os meses são descontados nos salários dos funcionários 13,25% para o fundo de previdência. O governo do Estado coloca outro quantitativo do Tesouro: mais 13,25%. O somatório é insuficiente para bancar as despesas com 40 mil funcionários aposentados ou pensionistas. O valor não é suficiente. Assim, o Tesouro tem de tirar R$ 150 milhões de outras despesas para colocar no fundo e pagar os salários de quem já esta aposentados. Essas medidas vão diminuir um pouco o déficit, porque para se ter o equilíbrio agora, precisaríamos aumentar para 40% (a contribuição previdenciária) para se acabar com o déficit. Mas a gente sabe que não é sustentável uma cobrança maior que essa (proposta na reforma). Com esse aumento de 1 ponto porcentual melhora um pouco, e a gente vai ter de utilizar a menos dinheiro do Tesouro. Se não tomarmos medidas agora, esse déficit, que é de R$ 150 milhões, vai chegar a R$ 200 milhões, 250, 500 milhões... O governo não vai mais ter condição de bancar os aposentados. Pessoas que trabalharam a vida toda não terão condição de receber.

"Mais uma vez, o governo corta na própria carne para garantir o equilíbrio"
Uma terceira medida diz respeito a mais cortes na estrutura básica e na estrutura de cargos do Estados. Vamos cortar mais 20% de cargos comissionados, vamos cortar cargos temporários, gratificações, funções comissionadas, para termos economia para bancar reajustes que acontecem vegetativamente, ou por determinados por leis estaduais ou federais. O reajuste do piso nacional de professores, por exemplo, é uma determinação nacional. O reajuste da Segurança Pública e da saúde é fruto de leis estaduais. Para bancar os reajustes e os aumentos vegetativos (progressões), estamos cortando cargos de livre nomeação ou gratificação. Mais uma vez, o governo corta na própria carne para garantir o equilíbrio fiscal e financeiro do Estado e para garantir que o Estado continue pagando em dia. Pretendemos economizar ou deixar de gastar algo em torno de R$ 1,6 bilhão em 2017. Repito: não estamos trabalhando para resolver problema conjuntural de agora. Mas estamos estruturando o Estado para que os próximos governadores também não tenham problema. A mim, restam dois anos de governo. Tenho certeza que vamos conseguir terminar o governo em condições razoáveis, pelo menos.

"Goiás sai à frente porque começamos a elaborar essas medidas há três meses"
Vários Estados estão sem conseguir pagar o 13° salário. A última parcela do 13° vai ser paga agora. Salários pagos como estabelece a lei. Parte antes do mês vencer e outra parte até o dia 10 do mês seguinte, conforme a lei. Medias que visam garantir sustentabilidade financeira agora e depois.  São medidas de ajuste estruturais e de austeridade que estão tendo repercussão excepcional no Brasil. No momento em que todos se preocupam com a situação financeira do Brasil, Estados e municípios, Goiás sai à frente. Saímos à frente porque começamos a elaborar essas medidas há três meses. Há cerca um mês pedi, no grupo de WhatsApp dos meus colegas governadores, que fosse feira uma reunião na casa do governador de Brasília para que eu pudesse apresentar, coma secretaria da fazenda, essas medias que já estávamos gestando aqui. No mesmo dia, depois de apresentar aos colegas governadores, fomos ao encontro do presidente. Coube a mim relatar ao presidente  (Temer) as medias que já estávamos trabalhando no conjunto dos governadores a partir da iniciativa de Goiás. O presidente (Temer) e o ministro Meirelles gostaram tanto que a base dos documentos assinados pelos governadores, apresentado a nação com vistas ao plano de austeridade fiscal e de ajuste dos Estados, teve base nas medidas que nos tomamos. O fato é que Goiás, dentro desse acordo, é o primeiro a apresentar as medidas com cretamente. Elas devem ir hoje à Alego.

"As pessoas sensatas querem que os governos adotem as medidas para que Estados possam trabalhar para a população"
Fui entrevistado ontem por todos os principais veículos de comunicação do País. Todas as pessoas sensatas nesse país querem que os governos federal e estaduais adotem as medidas necessárias, justas para que os Estados possam trabalhar para o conjunto da população e que interrompam essa possibilidade de colapso geral. Não é desconhecido de vocês que o Brasil está quebrado, falido. Um  pais que tem um déficit autorizado de R$ 170 bilhões no ano de 2016 está quebrado. Só não pediu com cordata porque emite moeda e traz dinheiro de fora para bancar o déficit que existe aqui e sustenta essa entrada de moeda estrangeira com jutos altos. Há uma dependência de dinheiro estrangeiro, se diminui os juros esse capital vai embora. Se não diminuir os juros, não consegue garantir políticas que estabeleçam a volta do emprego e reaqueçam a economia. Vivemos uma situação difícil. Estados sem iniciativa de emissão de moeda. Ou ajustados ou os Estados tendem colapsar. Alguns estados já devem tanto que, nem com intervenção federal, daria conta de resolver o problema. No RJ, o buraco é de R$ 50 bilhões. O governo federal luta para conseguir R$ 20 bilhões líquidos da repatriação para pagar R$ 60 bilhões que deve neste ano.


"Os empresários pedem mais infraestrutura, mas é preciso ter dinheiro"
Ou nós fazemos o dever de casa, ou a situação se deteriora, e aí vai ser ruim para todo mundo. Eu vejo, por exemplo, de pais de famílias, viúvas, aposentados, que não recebem seus salários e dependem desses salários de aposentadoria para comprar comida, remédios, para andar de ônibus. Então, é uma situação que precisa ser resolvida a tempo, antes que o mal pior ocorra. E é isso que estamos fazendo aqui, contando com a compreensão da imprensa, com a compreensão dos parlamentares, dos poderes, dos funcionários públicos. É melhor tomarmos medidas de caráter de contenção de gastos agora do que chorar depois. Nós somos extremamente agradecidos a todas as empresas e indústrias que vieram para cá para Goiás, geraram e geram muitos empregos. Centenas de milhares de empregos. Elas foram e são muito importantes para o desenvolvimento de Goiás. Agora, é preciso notar também que ao longo dos anos o Estado de Goiás abriu mão de bilhões de reais de receitas para que os empregos fossem gerados, para que essas empresas se consolidassem, crescessem, e esses empresários se tornassem empresários importantes. Nós temos casos de empresas goianas que venderam parcelas de suas ações por cifras bilionárias, e nós achamos que esse é um ambiente saudável, é preciso crescer mesmo. Mas ao longo desses mais de 30 anos de incentivos, o Governo de Goiás fez a sua parte. E nós estamos disponibilizando na internet agora, no portal da Transparência, o que o Governo de Goiás abre mão todos os anos de impostos para que essas empresas se mantenham aqui, cresçam e também gerem empregos. O que queremos agora é que parcelas desses incentivos, uma parcela pequena diante do tamanho dos incentivos que oferecemos, possam ser destinados a investimentos. Toda empresa que quer se ampliar, que quer crescer aqui em Goiás ou vir para Goiás sempre pede energia, pede infraestrutura, esgoto, asfalto, educação, saúde para os seus empregados e para que essas empresas possam se viabilizar. Principalmente estradas e infraestrutura. Ora, como é que nós vamos criar infraestrutura e garantir condições para que os empregados venham para cá, ou trabalhem nessas empresas, sem dinheiro? Os primeiros que pedem infraestrutura são os empresários, e com toda a razão. Mas é preciso ter dinheiro. O que nós queremos com essa proposta é ter um fundo de 15% abatendo desses incentivos, completamente ou integralmente destinado a investimentos. Investimentos em infraestrutura, em saúde, formação profissional, educação, segurança pública. Outro dado que é importante ressaltar é que essas medidas não serão adotadas tão somente pelo Governo de Goiás. Os fundos de equalização fiscal já foram criados em 10 Estados.

"Todos os governadores terão de fazer os seus ajustes"
E agora, pelo acordo que está sendo estabelecido entre o governo federal e os governos estaduais, todos os governadores que quiserem pleitear operações de crédito ou empréstimos junto ao governo federal, e com aval do governo federal, a partir de 1º de janeiro de 2017, terão que realizar seus ajustes. Ou realizam seus ajustes, e realizam esse projeto de austeridade, ou não terão, da parte do governo federal, qualquer possibilidade de receber operações de crédito. Todos os governadores que nessa carta que está sendo assinada – faltam apenas quatro governadores apenas para assiná-la – estão se comprometendo a enviarem às assembleias e aprovarem nas assembleias esses projetos; e um deles diz respeito aos incentivos. Ora, se todo mundo vai criar um fundo com base em 15% dos incentivos fiscais que são concedidos às empresas, não vai haver o problema de falta de isonomia entre os estados. Se todo mundo está tomando a mesma medida não vai haver uma guerra de competição entre os estados, porque todo mundo vai fazer a mesma coisa. Todos os estados que dão incentivos fiscais se comprometeram a fazer a mesma coisa. O ruim seria se nós enviássemos um projeto para criar um fundo com base nos 15% dos incentivos fiscais, e os vizinhos Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Brasília, ou São Paulo, ou Minas, ou outros não tomassem a mesma providência. Então, tudo que está sendo feito deverá ser feito também pelos outros Estados. Isso é uma política de austeridade fiscal e de equilíbrio financeiro que todos os governadores estão tomando a partir de agora. Nós fomos o primeiro, mas creio que na semana que vem todos os demais governadores estejam tomando as mesmas medidas. Nós estamos concluindo a preparação dos projetos e da PEC, e imagino que agora à tarde eu já assine e já encaminhe à Assembleia. Minha assessoria técnica e a Casa Civil me garantiram que agora à tarde estarão à minha disposição para assinar.

"É preciso que os deputados de oposição também estejam atentos às medidas"
A nossa base conta com 30 deputados. Eu me reuni ontem com 23 deputados, e depois falei com os que não foram à reunião porque estavam viajando. Eu senti na reunião que todos saíram convencidos de que é melhor tomar medidas corajosas, sensatas e necessárias agora, do que ter que tomá-las lá na frente, quando a situação estiver muito mais deteriorada. Todo mundo sabe que tem desgastes para aprovar medidas duras, mas todo mundo sabe que elas são necessárias. Eu inclusive disse que não pela minha vontade pessoal, mas pela necessidade financeira, eu vou vetar os reajustes que estão sendo solicitados pelos outros poderes. Ora, se nós não demos aqui no Executivo, é porque nós não podemos dar as datas-base. Não há dinheiro para isso. Se nós não estamos dando aqui no Executivo é mais do que justo que eu também vete em relação aos outros poderes, apesar da iniciativa ser deles. E apesar deles afirmarem que têm orçamento. Mas eu repito aqui: uma coisa é a gente ter orçamento. Outra coisa é a gente ter dinheiro. E quando você tem orçamento, mas não tem dinheiro, o resultado é nefasto. O resultado é terrível para a população, porque aí há falta de dinheiro, você deixa de pagar os funcionários, deixa de pagar os aposentados, deixa de colocar dinheiro para circular na economia, deixa de colocar a máquina para funcionar, para os carros de polícia, falta combustível, para os hospitais. Isso é o pior. Aí, é o Estado de colapso, e isso nós não queremos. Isso nunca aconteceu nos meus quatro governos, e não é agora que vai acontecer. Porque eu sempre tive responsabilidade em relação às minhas gestões, e estou tendo agora. Eu disse aos deputados também que esse não é um debate que deva ser travado com a responsabilidade apenas dos deputados da base. Eu disse: olha, é preciso chamar a atenção dos deputados de oposição também porque aqui em Goiás o governo é do PSDB. Em São Paulo é do PSDB, mas existem Estados onde os governos são do PT, e as mesmas medidas serão tomadas, como é o caso da Bahia, do Ceará, do Acre, de Minas Gerais, do Piauí. Existem estados que são administrados pelo PMDB, como é o caso do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Alagoas.

"Não são medidas de um partido. É uma necessidade nacional"
Essa não é uma medida que está sendo tomada por um partido. Essa é uma necessidade nacional. Como o Brasil quebrou, os governos não podem quebrar. Precisam realizar ajustes rigorosos, e definir planos de austeridade que garantam a sustentação e equilíbrio das contas para que o governo possa continuar funcionando e atendendo as necessidades básicas da população. Eu estou no governo hoje, amanhã pode ser que seja um outro partido. Pode ser que amanhã a oposição esteja no poder e vai ter que enfrentar as mesmas dificuldades. Então é melhor agora termos um projeto estrutural de estado, que valha para os meus governos e para os outros, do que depois, quando não houver mais remédios, o Estado se vê às voltas de ter que tomar medidas urgentes, drásticas, e muitas vezes sem apoio da sociedade, da população. Essa é a pior crise econômica da nossa história. Afinal de contas, são dois anos de recessão. Isso já significa depressão. Quase menos 4% de PIB. Isso em qualquer país é um desastre. Nós já temos no Brasil R$18 milhões de desempregados, ou de subempregados. Então, as medidas precisam ser tomadas para que os estados e o país tenham condições de fazer investimentos e de honrar seus compromissos em dia. Eu dei data base em 2011, 2012, 2013 e 2014. Pagamos o piso dos professores integralmente para P1, P2, P3 e P4 em 2015.


"Estamos fazendo tudo com muita responsabilidade"
Eu dei data base em 2011, 2012, 2013 e 2014. Pagamos o piso dos professores integralmente para P1,2,3 e 4 em 2015. Neste ano enviamos um projeto de lei para o pagamento de P1 e P2 conforme estabelece a legislação nacional. E não demos o reajuste da data base. Mas, em compensação, nós vamos pagar agora em dezembro todos os reajustes aprovados em Lei para as áreas da segurança pública, saúde, fazenda e muitas outras. Portanto, os reajustes estão sendo dados. O que nós não estamos pagando é a data base geral. Mas existem reajustes até maiores do que a data base. Estamos fazendo isso tudo com muita responsabilidade e com muita consciência dos passos que estamos dando. Com a preocupação de que, um passo dado hoje não possa se transformar em um tropeço amanhã. Antes de mim não havia sido paga data base em Goiás. Nós que pagamos as primeiras datas base. Repito, pagamos cinco anos seguidos de data base, o que acabou agravando um pouco essa situação da relação de gastos do Estado com o funcionalismo. Chegou a um ponto em que nós percebemos que não daria para continuar com esses reajustes enquanto a crise nacional não passasse.

"Sem o ajuste de 2014, a folha dos servidores não estaria em dia"
No ano passado nós tivemos uma queda de receita de 3,5 bilhões de reais. Se não fossem os ajustes que fizemos no início do ano passado, nós não estaríamos chegando ao fim deste ano com o pagamento da folha e do 13º em dia e com o estado funcionando normalmente. Eu vou fazer mudanças pontuais. Nós vamos diminuir a estrutura básica, vamos diminuir cargos comissionados. É claro que faz falta, mas quando você tem problema de caixa é preciso cortar onde for possível e necessário. Eu não vou fazer reforma administrativa, reforma no governo. Em algumas áreas sim, pontualmente. Por exemplo, nós temos hoje a Secretaria de Segurança Pública que ficará vaga com a saída do vice-governador. É natural que eu e ele trabalhemos para a viabilização de um nome com bom perfil para cuidar dessa área que é importantíssima para o Estado.

"Fiz apelo para que, se possível, os projetos sejam votados neste ano"
O que for possível aprovar este ano na Assembleia Legislativa, ótimo. Será melhor para os deputados, melhor para o governo e melhor para o Estado. O apelo que fiz a eles é que se possível os projetos sejam votados neste ano. Agora, existe uma tramitação, um ritual, os prazos da Assembleia que devem ser observados para que todos os projetos tenham segurança jurídica. Essas medidas são necessárias, precisam ser aprovadas, mas vão ser aprovadas de acordo com o ritual da Assembleia. O Estado evitará o crescimento vegetativo da folha observando o teto constitucional que não pode ser ultrapassado. Há um determinado limite. Só poderá ser dado aumento de acordo com a perspectiva de não ultrapassar o teto. Nós vamos ter um limitador para todos os poderes, caso o projeto seja aprovado na Assembleia. A verdade é que nós temos salários muito altos em várias áreas do Estado. Hoje no Senado tramita uma PEC que limita pra valer o teto de todos os poderes. Isso vai trazer uma economia para o País e para os Estados. Existem muito salários altos e pessoas que ganham menos. O que nós precisamos é estabelecer uma justiça salarial no País em relação a todos. Da forma como as coisas estão hoje é impossível fazer justiça salarial com alguns ganhando demais e outros ganhando menos.

"Com a reforma, vamos garantir os investimentos"
O que nós queremos primeiro é garantir o equilíbrio em relação ao gasto com pessoal, que hoje é de 78%. Segundo, equilibrar o gasto com custeio, que não é muito alto mas que suporta novo corte para que haja equilíbrio nessa área. O custeio é o que se gasta com gasolina, telefone, água, viaturas, aluguéis, papel, computador etc. O investimento é o que você realiza em termos de obras civis, hospitais, escolas, presídios, creches, obras rodoviárias, estradas, viadutos, pontes, saneamento básico, casas, equipamentos hospitalares e de escolas. O que nós queremos também com essa reforma é garantir um valor anual para que o Estado tenha condições de fazer investimentos, para atualizar a malha rodoviária existente, os hospitais existentes. Ou seja, para manter esses investimentos que já foram realizados. Se nós não tivermos dinheiro para fazer investimento na manutenção das rodovias, elas vão acabando. Então é preciso ter dinheiro para manter o que já existe, terminar o que está em andamento e para fazer outras coisas para atender as novas demandas.

"Investimentos da Celg vão melhorar a energia nas empresas e nas residências"
Nós vamos ter agora um problema a menos em Goiás que é a necessidade de aporte de investimentos para energia. Com a privatização da Celg, o governo do Estado não precisará mais ser procurado para colocar dinheiro nessa área. Eu recebi ontem o presidente da Enel e ele me disse que está previsto para 2017/18 e 19 um investimento de 800 milhões de dólares. Isso significa quase R$ 3,5 bilhões. Ou seja, uma previsão de que nos próximos três anos, aproximadamente R$ 1,2 bilhão vão ser investidos todos os anos com dinheiro privado para melhorar a energia em Goiás. Dinheiro que não vai sair do Tesouro. Esses investimentos vão ser importantes demais para garantir a vinda de mais indústrias, para a melhoria do comercio, dos serviços, para melhoria da energia nas residências. Quando você não tem uma boa qualidade de energia, tem problemas com ferro elétrico que queima, geladeira, televisor, computador. Isso vai significar também uma injeção muito grande de dinheiro na nossa economia nos próximos três anos. Nessa área o governo não vai precisar colocar dinheiro.

"É preciso que o governo invista onde o setor privado não investe para beneficiar o povo"
Com o plano de desmobilização também queremos privatizar várias áreas do governo. Algumas estradas podem ser concessionadas. Nós podemos e queremos concessionar grandes prédios, como o Serra Dourada, o Autódromo, o Centro de Excelência. À medida em que o Estado vai concessionando, e esses próprios vão ficando à disposição da sociedade, funcionando até melhor, nós também vamos diminuindo a necessidade de colocar dinheiro na manutenção desses espaços. Cada vez mais é preciso que o governo invista onde o setor privado não investe, para beneficiar o povo. Mas é preciso que o Estado cada vez mais também se desvencilhe de espaços ou de gastos que podem ser feitos pela iniciativa privada para que o Estado tenha dinheiro para investir realmente onde precisa investir.


"Vamos planejar onde investir melhor os recursos da privatização da Celg"
A Constituição assegura que saúde, educação, segurança, devem ser mantidos pelo Estado sem que a população tenha que colocar dinheiro. As OSs administram os hospitais, mas quem banca financeiramente tudo é o Estado. E nós colocamos um dinheiro alto para que esses hospitais e a saúde funcionem em favor das pessoas. E aí, se nós não tivermos dinheiro, a população vai padecer com serviço de qualidade ruim. Há uma Lei que foi aprovada pela Assembleia, enviada por mim, que estabelece a obrigatoriedade de que os recursos provenientes da privatização da Celg sejam integralmente destinados a investimentos. Agora, a partir do final de dezembro e no mês de janeiro, nós vamos planejar onde investir melhor esses recursos. Todos os investimentos que forem ser realizados, nós vamos colocar as placas de identificação dizendo que aquele dinheiro é da privatização.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

José Eliton se Reúne Com Moradores de Luziânia e Debate Medidas Para Combate à Criminalidade



Lideranças religiosas, Associação Comercial e Industrial do município, representantes do Conselho Tutelar e deputados discutem soluções conjuntas para repressão a diversas modalidades de crimes na região do Entorno do Distrito Federal durante encontros com vice-governador e secretário de Segurança Pública. Jardim Ingá recebe até domingo programas SSP com Você e Pacto Social Goiás Pela Vida

O vice-governador José Eliton manteve diversas audiências com moradores, representantes classistas e sociedade civil organizada do Entorno do Distrito Federal. As reuniões integram a estrutura do SSP Com Você e Pacto Social Goiás Pela Vida, que está em Luziânia desde ontem e segue até o próximo domingo (11/12), no Jardim Ingá, distrito do município.



A primeira reunião do vice-governador foi com o padre Guilherme Alves Moreira, pároco da Igreja local Nossa Senhora Aparecida e lideranças religiosas. Durante o encontro, debateram questões relacionadas a diversos crimes, principalmente aqueles contra os patrimônios públicos e privados. Os presentes reconheceram avanços no setor e cumprimentaram o vice-governador pelas iniciativas voltadas para o combate à violência nos últimos nove meses em que esteve à frente da pasta.



Em um segundo momento, o vice-governador José Eliton conversou com empresários e membros da Associação Comercial e Industrial de Luziânia (ACIL). Ao reconhecerem a atuação das polícias na garantia da paz social, pontuaram a ineficácia da aplicabilidade da legislação brasileira que permite que criminosos voltem às ruas e continuem a cometer crimes. 


Sobre as observações dos empresários quanto à necessidade de alterações nas leis, o vice-governador ressaltou a importância da participação da sociedade e entidades classistas na discussão de medidas mais duras e mobilização do Congresso Nacional para que essas mudanças ocorram. “Esse é um diálogo que precisa de apoio popular”, reafirma José Eliton.



Ações estratégicas

Quanto ao SSP Com Você e Pacto Social Goiás Pela Vida, que está em Luziânia, o vice-governador diz que a escolha dos municípios assistidos pelas iniciativas da SSPAP não ocorre de forma aleatória, mas segundo um trabalho das equipes de inteligência na identificação de manchas criminais e, com isso, traçar um plano estratégico acerca de ações preventivas e ostensivas em cada região do Estado.



Segundo Eliton, a meta é ouvir a população dos 21 municípios que representam 89% dos casos mais emblemáticos de incidência de crimes no estado. Essa atuação estratégica das polícias, de forma conjunta, foi elogiada por vereadores de Luziânia como um dos responsáveis pela queda no índice de criminalidade na região. “Quero parabenizar a todos os policiais pela luta diária e o trabalho do vice-governador pelos resultados à frente da SSPAP”, ressalta o vereador Chico da Antártica.



Vereadores sugeriram, ainda, que além da integração entre as polícias Civil e Militar, que haja uma parceria entre os comandos das forças policiais de municípios vizinhos, uma vez que criminosos migram entre as cidades. O grupo contava, também, com as presenças de moradores do Jardim Ingá, que aproveitaram a ocasião para parabenizar José Eliton pela coragem com que comanda a SSPAP. “Esta é uma pasta dificílima, com muitos problemas e desafios, e o vice-governador conseguiu avanços significativos em todas as regiões”, relatam.



Ainda em Luziânia, o vice-governador José Eliton se reuniu com os deputados Célio Silveira (federal) e Diego Sorgatto (estadual), comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Divino Alves, superintendente de Polícia Judiciária da SSPAP, delegado Alécio Moreira, lideranças políticas e representantes da população. O encontrou traçou uma avaliação aprofundada dos problemas que o município enfrenta. Na ocasião, deliberam providências imediatas para repressão a diversos crimes que são praticados em municípios da região do Entorno do Distrito Federal.



Conselho tutelar

Em sua terceira audiência no Jardim Ingá, o vice-governador José Eliton recebeu conselheiros tutelares de Luziânia. O principal assunto discutido é em relação às ações conjuntas das polícias Militar, Civil e o órgãoi, em relação ao trabalho realizado junto a menores infratores. As discussões fazem parte do Pacto Social Goiás Pela Vida, que tem entre suas prioridades a aproximação da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária da população, como forma de encontrar soluções conjuntas para as demandas apresentadas.



O encontro contou com as presenças do comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Divino Alves, comandante regional, coronel Cláudio, delegado regional, Rodrigo Mendes, superintendente de Polícia Judiciária da SSPAP, delegado Alécio Moreira, entre outras autoridades.







LEGENDA PARA FOTOS: WILDES BARBOSA



O vice-governador e secretário de Segurança Pública, José Eliton, com líderes religiosos, integrantes da Associação Comercial e Industrial de Luziânia (ACIL) e durante encontro com os deputados Célio Silveira e Diego Sorgatto: Jardim Ingá recebe até domingo programas SSP com Você e Pacto Social Goiás Pela Vida com o objetivo de intensificar ações de combate à criminalidade na região do Entorno do Distrito Federal

Em Luziânia, SSP Com Você Prende 11 Homicidas e Índices de Criminalidade Caem


 Programa do Governo do Estado é coordenado pela Secretaria de Segurança Pública. Entre os detidos pela Operação Gálatas, da Polícia Civil, está Carlos Henrique dos Santos, que confessou nove crimes qualificados, sendo dois por decapitação. Vice-governador José Eliton afirma que ações serão permanentes na região do Entorno do Distrito Federal


Presentes no Jardim Ingá, distrito de Luziânia, desde quinta-feira (08/12), os programas SSP Com Você e Pacto Social Goiás Pela Vida intensificam ações das forças policiais no município. Trabalho integrado, que segue até domingo (11/12) já resultou nas prisões de 11 homicidas. A criminalidade caiu a zero na região logo no primeiro dia da atividade.

O vice-governador e secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, José Eliton, destaca a alta produtividade da Operação Gálatas, sob a coordenação do delegado regional da Polícia Civil, Rodrigo Mendes e do delegado do Grupo de Investigação de Homicídios, Maurício Passerini. Dez foram detidos em Luziânia e um em Novo Gama. 



Já a Polícia Militar conta com um contingente de 250 integrantes durante a SSP Com Você, informa o comandante geral, coronel Divino Alves. O trabalho prossegue com diligências constantes e bloqueios com intuito de diminuir sensivelmente os índices de criminalidade na região. Os resultados são imediatos.

O delegado-geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio, acompanha toda ação, em Luziânia. De acordo com ele, a Operação Gálatas resulta na prisão de indivíduos de alta periculosidade. 



A operação já contabiliza 11 autores de homicídios presos nesta semana. Um deles é Carlos Henrique dos Santos, preso em Novo Gama, que confessou nove crimes qualificados, sendo dois por decapitação. Também foram presos autores de diversos roubos na região.



Presente na abertura do evento, o vice-governador José Eliton afirma que a atenção da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP) na região do Entorno do Distrito Federal será permanente. 



“As ações da SSPAP obedecem a um planejamento estratégico previamente elaborado segundo informações de manchas criminais identificadas pelas equipes de inteligência das polícias Civil e Militar”, relata o vice-governador.



Prisões

Seis autores de um quádruplo homicídio foram presos: Jhonatan Pereira de Oliveira, 25 anos; Hudson Chaves da Silva, 21; Yago Ruan dos Santos Peres, 20; Jhonatan Wiliam de Souza Nascimento, 19; Wellington Barros da Silva, 39, e Adilson Leandro da Silva, 30. Eles são suspeitos de ter assassinado, em abril deste ano: Luan da Costa Magalhães, 19; Lucas da Costa Magalhães, 21; Matheus da Costa Magalhães, 20 e Lucas Mateus dos Santos Lima, 18. O motivo teria sido uma desavença entre vítimas e autores quanto à divisão de vários objetos de práticas criminosas.



Em outra diligência, foi preso Micael da Silva Matos, o Bicudo,19 anos, e apreendido o menor AJBM, 17 anos. Eles são investigados por serem autores do homicídio cometido contra Alan dos Santos Cunha, 23 anos, em agosto. A motivação seria o fato de a vítima ter comprado um cordão de prata junto a Micael sem efetuar o pagamento. Bicudo teria adquirido munição e repassado a AJBM, o qual, de posse de um revólver, teria efetuado os disparos que mataram Alan.



Outro indivíduo capturado em execução de mandado de prisão provisória foi Vladimir Lita Leira, 30, suspeito de autoria do homicídio cometido contra Samuel Marciel Pereira Tino, em julho deste ano. A motivação teria sido um furto que a vítima teria cometido na residência do irmão do autor. Vladimir estava com a decisão judicial em seu desfavor em aberto, e foi preso no sábado.





LEGENDA PARA FOTOS: POLÍCIA CIVIL



A Operação Gálatas, sob a coordenação do delegado regional da Polícia Civil, Rodrigo Mendes, e do delegado do Grupo de Investigação de Homicídios, Maurício Passerini, já contabiliza 11 autores de homicídios presos em Luziânia e Novo Gama: um deles é Carlos Henrique dos Santos que confessou nove crimes qualificados, sendo dois por decapitação

Marconi Destaca Importância de Escola e Hospital Inaugurados em Itumbiara



Governador elogiou a eficiência do prefeito Chico Balla pelos investimentos em época de retração econômica

O governador Marconi Perillo participou nesta sexta-feira (9/12), em Itumbiara, da inauguração das obras da Escola Municipal Manoel Theodoro Ribeiro e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA). “Duas obras importantíssimas, de alta relevância e qualidade. Educação e saúde são fundamentais para a vida de quaisquer pessoas", declarou Marconi.

Ao lado do prefeito atual do município, Chico Balla; do prefeito eleito, José Antônio; e do deputado federal, Jovair Arantes, ele ressaltou a qualidade da escola, que é chamada "escola de cristal", por conta do projeto arquitetônico arrojado. Marconi destacou a eficiência administrativa de Chico Balla, por ter realizado obras "tão relevantes" em um período de retração econômica.

Em discurso, comentou sobre os avanços registrados em Itumbiara nos últimos anos. "Esse bloco forte, unido, foi fundamental. Quatro eleições seguidas aqui em Itumbiara, dentro desse grupo forte. Zé Gomes eleito duas vezes, Chico Balla e agora o Zé Antônio", completou Marconi, que lamentou a falta que o ex-prefeito, José Gomes da Rocha, assassinado em setembro último, fará à cidade. “José Gomes foi, é, e será sempre um ícone na história desse município. Ele sonhou com a construção dessa escola", lembrou o governador.
José Antônio agradeceu a presença do governador e o respaldo que tem recebido do Governo Estadual, mesmo antes de assumir o Executivo municipal, em janeiro. "Em Itumbiara não há sequer uma iniciativa que não tenha seu apoio, seu respaldo, sua marca", declarou ao governador.