Adiando o sonho
por causa de um malfeitor
Jogador Rogério fica seis meses de molho por causa de carrinho violento cometido por Maneco do América.
Ao soar o apito, em poucos minutos a ansiedade grita mais alto e parece que é o único momento em que todos sentem ao mesmo tempo e compartilham do mesmo sentimento. Campo da conquista, da malícia, do gingado único do futebol, porém também da frustração de um sonho que em nove minutos se tornaram amargurados e cheios de tormenta. Esse momento retrata o que o atacante Rogério sentiu, ao ser atingindo por um carrinho violento do lateral-direito, Maneco sofrendo uma grave lesão no joelho que fará com que fiquei seis meses sem jogar.
O jogador ficou tão abatido, que nem sequer falou com a impressa. Não é para menos. Torcedores dos times rivais, libertam-se de orgulho futebolístico, assumindo a imparcialidade e se revoltam pelo fato do jogador ser tão prejudicado em sua carreira em um momento que teria que ser marcado por mais um passo de crescimento em sua profissão. E quem agrediu? Basta dizer que foi falta de profissionalismo, e que a "pegada" foi tão cruel, que é notada nos vídeos que circulam pela internet.
O absurdo foi o comportamento do juíz, Cláudio Mercante, que ao ver a cena, não expulsou o jogador como se nada estivesse acontecendo. Waldemar Lemos, saiu do sério ao ver a reação daquele que teria que ser o primeiro a tomar uma postura pela sua função designada. "Todos que contribuíram para a lesão de Rogério deveriam ser presos, o juíz e toda a família dele", disse o técnico do Náutico.
Agora todos comentam que foi uma fatalidade e que futebol tem dessas situações. Sim, tem porém se for sempre levada como "normalidade", acaba passando para algo rotineiro. E a essência do futebol acaba se perdendo com tanta violência. É preciso punir sim, e ninguém é criança para saber que o lance não é foi algo exagerado, como disse o jogador Maneco. Queria ver se fosse com ele, se seria "exagero".
