Depois de comandar o Goiás com mãos de ferro por quase 50 anos, Hailé Pinheiro deixa como herança um clube endividado com passivo de 55 Milhões de reais e nenhum título nacional conquistado.
Como dirigente, Hailé Pinheiro sempre usou o Goiás para obter prestígio pessoal e status.
Certa feita atacou o próprio sobrinho dizendo que ele era covarde e nunca seria presidente do Goiás porque tinha medo do fracasso.
Hailé nunca permitiu que qualquer presidente tivesse independência para administrar o clube. Sempre realizou manobras no estatuto para colocar na presidência quem ele queria e perseguiu os conselheiros que ele considerava oposição, incluindo os ex-presidente que deveria ser conselheiros vitalícios.
Hailé Pinheiro queria continuar mandando e desmandando no Goiás, mas foi finalmente derrotado.
Hailé não queria que Paulo Rogério fosse candidato a presidente do Goiás. Mas encontrou alguém pela frente tão casca grossa como ele: Paulo Rogério Pinheiro.
Paulo Rogério foi candidato contra a vontade do pai. Paulo Rogério sempre teve vontade e personalidade própria. Não precisou da autorização de Hailé para ser candidato.
Hailé não queria que Paulo Rogério fosse presidente porque sabe que com Paulo Rogério na presidência, ele não manda mais no Goiás. Que manda agora é Paulo Rogério.
Paulo Rogério é parecido com Hailé em muitas coisas, mas muito diferente quando o assunto é futebol. Vi isso de perto acontecer quando administrou o futsal do Goiás e contratou jogadores que estavam na seleção brasileira. Sendo criticado pela sua ousadia pela velha guarda do Goiás. Incluindo Edminho Pinheiro que sempre teve inveja de Paulo Rogério.
Paulo Rogério tem a difícil missão de libertar o Goiás da escravidão imposta pelo seu pai e para isso terá que expurgar muita gente do clube, do contrário, será apenas um menino de recado do Hailé e isso ele nunca foi.
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