O Atlético trocou de técnico duas vezes, foi para o terceiro preparador físico, contratou dez jogadores e até lançou uniforme novo neste Brasileirão. Porém, até agora o time não conseguiu deixar a lanterna da competição. Das 14 rodadas, são 12 em último lugar, as últimas 11 em sequência. A diretoria parte para o que parece ser a última tentativa: contratar.
Ontem, o clube anunciou a contratação do meia Diguinho, de 22 anos, que tem contrato com o Botafogo até 2013. O jogador deve chegar hoje a Goiânia para assinar contrato até o fim do ano. Rodrigo Andrade da Silva, de 1,79 metro e 72kg, passou pelo Flamengo em 2007/08, disputou a 2ª Divisão do Estadual do Rio em 2009 e chegou ao alvinegro neste ano como promessa.
Porém, o técnico Joel Santana não estava aproveitando o jogador. O intuito da diretoria é contratar mais dois ou três reforços nos próximos dias. Os dirigentes estão sentindo uma certa acomodação por parte de alguns jogadores e querem sangue novo para dar mais motivação ao grupo.
"O elenco está na zona de conforto. Precisamos trazer competitividade, uma sombra para os jogadores", afirma o diretor de futebol, Adson Batista. "Chegamos à conclusão de que o Atlético precisa de um choque. Vamos trazer reforços, mas dentro da linha do clube, sem fazer loucuras", completa, que conta com o aval do técnico René Simões.
O intuito é contratar pelo menos um atacante, um meia-direita e um lateral. Ontem, o atacante Marcão não treinou. Ele sentiu uma contusão na coxa direita e ficou em tratamento. Hoje, René Simões promove um coletivo para definir a formação que pega o Inter, domingo, em Porto Alegre.
A equipe conta com a volta de Robston, que cumpriu suspensão. Ontem, o meia/volante disse que os jogadores têm de tirar mais de si para recuperar o Dragão. "É um momento que a gente sabia que chegaria porque no futebol não se vive só de flores. Temos de fazer mais do que a gente pode. Se a gente fizer só o que sabe não vai adiantar. Cada um tem de dar um pouco mais", diz. "Aqui (no Atlético) ninguém desaprendeu a jogar do dia para a noite. A perspectiva de recuperação é boa", ressalta.
A má campanha atleticana se assemelha à do América (RN), rebaixado em 2007, com apenas 17 pontos ao fim do Brasileirão. Foi a pior da história da competição por pontos corridos com 20 equipes. Naquele ano, o time potiguar tinha somado dez pontos até a 14ª rodada, um a mais que o Dragão tem neste Brasileiro.
Para Robston, apesar da semelhança das campanhas, a situação é bem diferente hoje. "A Série A é muito complicada, mas essa situação do América (RN) nem passa pela nossa cabeça, até pela qualidade que a gente tem", pondera. "Aquele time do América (RN), com todo respeito, não amarra nem a nossa chuteira. Nossa equipe é muito boa, muito qualificada. O momento que estamos passando que é ruim", afirma.
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