Não é todo mundo que tem uma Porsche que é estelionário, mas certamente todo estelionário que vive na alta sociedade tem uma Porsche.
Virou lugar comum a prisão de estelionário com carros de luxo em Goiânia. Quase sempre entre os carros de luxo apreendidos comestelionátarios e traficantes está uma Porsche.
Um grupo de estelionatários foi alvo de operação nesta quinta-feira, 4, suspeito de fraudar R$ 47,5 milhões em fretes realizados por uma empresa voltada ao agronegócio no Estado de Goiás. Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, os criminosos superfaturaram 29.847 contratos em 36 meses.
A investigação se iniciou em 2022, ano em que ocorreu a primeira fase da “Operação Carga Cara”. Nesta segunda fase da ação policial, a PC cumpre 10 mandados de busca e apreensão em Goiás e em outros três estados: São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
A Justiça também autorizou o sequestro de R$ 16,2 milhões das contas bancárias dos investigados, além da apreensão de 11 veículos de luxo e uma lancha. O delegado informou que valores em espécie encontrados em posse do grupo, armas, joias e outros bens de valor também são recolhidos.
“A investigação começou em Anápolis. Ainda estamos levantando o acervo arrecadado nesta operação. Trata-se de crimes de estelionato praticados contra uma empresa do agro, que era fraudada no setor de transportes”, explicou Luiz Carlos.
O esquema era composto por um grupo criminoso, que residia no setor de cargas da empresa em Porto Paranaguá (PR) e cinco fábricas de fertilizantes com sede em Goiânia. Os estelionatários praticavam três tipos de fraudes:
- Direcionamento dos fretes majoritariamente para uma empresa transportadora;
- Superfaturamento artificial do valor do frete;
- Cobrança maior sobre o valor já superfaturado.
“A Polícia Civil continuará as investigações com o intuito de elucidar de forma cabal e definitiva, a atuação desse grupo criminoso, que vitimou essa empresa do estado de Goiás”, concluiu o delegado.
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