Comandava pelo microfone da rádio K a torcida do Goiás e no clube fazia as coisas acontecer. Escalava jogador, derrubava, técnico, fazia e desmanchava panelinha, filtrava as informações. Nada acontecia no Goiás sem a minha participação.
Fui amado e odiado pela torcida do Goiás, como acontece em toda relação passional. Com os dirigentes cultivei amizades e inimizades. Um amigo? Paulo Rogério Pinheiro. Um inimigo? Edminho Pinheiro.
Foram muitas broncas, boicotes, discussões, perseguições. Literalmente o pau quebrava, mas dentro de campo a gente fazia o Goiás ser grande e vencedor.
Vivi de forma tão intensa o Goiás que a festa do meu casamento foi no CT do Parque Anhanguera.
Deixei o rádio esportivo em 2010 depois de 17 campeonatos brasileiros e 3 copas do mundo. Nunca mais voltei a Serrinha. Conheço segredos inconfessáveis do Goiás.
Voltarei a serrinha na noite desta segunda feira para assistir Goiás x Atlético MG.
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