A Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (DERCAP), deflagra, na manhã desta quarta-feira, 2, a Operação Burgomestre.
Participaram da operação 75 policiais civis, que apreenderam computadores e documentos que serão analisados (no detalhe o prefeito Winícius Arantes de Miranda, do PSL)
Mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que determinou ainda o bloqueio de R$ 4,220 milhões das contas dos investigados. A polícia ainda não totalizou, mas estima que o prejuízo aos cofres do município seja superior a R$ 2 milhões
O prefeito de Edealina, Winícius Arantes de Miranda, do PSL, foi preso nesta quarta-feira (2/12) em uma operação da Polícia Civil de Goiás que apura fraudes em licitações. O esquema criminoso investigado, segundo a Polícia Civil, começou na gestão passada, provocou um prejuízo milionário para a prefeitura de Edealina e continuava sendo executado pelo atual prefeito. A polícia ainda não totalizou, mas estima que o prejuízo aos cofres do município seja superior a R$ 2 milhões.
Denominada de Operação Burgomestre, a ação da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública (Dercap) foi deflagrada na manhã desta quarta-feira com a finalidade de cumprir, em Goiânia e na cidade de Edealina, nove mandados de prisão temporária, 20 mandados de busca e apreensão e oito mandados judiciais de afastamento das funções públicas de servidores municipais da Prefeitura de Edealina, município do sudoeste goiano com cerca de 3.700 habitantes.
Os mandados foram cumpridos na sede da Prefeitura, na residência de servidores públicos e de empresários em Edealina e de um advogado, em Goiânia. Foram presos o prefeito, Winicius Arantes de Miranda, dois secretários municipais, dois empresários, demais servidores municipais. Uma pessoa está foragida e segue sendo procurada.
Foram apreendidos computadores e documentos que serão analisados. Participaram da operação 75 policiais civis.
As investigações, segundo a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, apontam para indícios de uma organização criminosa que atuava para direcionar e fraudar licitações da Prefeitura de Edealina. O esquema criminoso teria começado no ano de 2017 e consistiria em direcionar as licitações para que apenas as empresas ligadas ao grupo se sagrassem vencedoras nos certames.
“Já conseguimos confirmar que pelo menos R$ 1 milhão foram transferidos por um dos empresários diretamente para conta do ex-prefeito e, ao investigarmos os documentos apreendidos em março, descobrimos que o atual gestor, secretários e outros funcionários mantinham o mesmo esquema criminoso na cidade”, explica o delegado Cleybio Januário, da Dercap.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que determinou ainda o bloqueio de R$ 4,220 milhões das contas dos investigados. Os envolvidos responderão pelos crimes de associação ou organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro e fraude a licitação.
Eleito em 2016 pelo PSB, Winícius Miranda foi candidato à reeleição este ano pelo PSL e obteve 42,14% dos votos, sendo derrotado pela candidata Cristina, do DEM, que conseguiu 56,62% dos votos.
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