sexta-feira, 12 de abril de 2019

Amauri Ribeiro e Cláudio Meirelles Trocam "Gentilezas" na Assembleia Legislativa

Deputado Amauri Ribeiro | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção
Matéria Reproduzida do Jornal Opção 

O deputado Cláudio Meirelles (PTC) subiu na tribuna, no Grande Expediente da Assembleia, nesta quarta-feira, 10, após fala do parlamentar Amauri Ribeiro (PRP), para criticar o colega por excessos. O que quase acabou em briga, com a intervenção da Polícia Legislativa. 

Na ocasião, Cláudio respondia a Amauri que, durante sua fala, criticou aqueles que não seguem o regimento interno, em especial o de não desviar da questão em debate. Meirelles admitiu que, por costume, de fato, muitos erram, inclusive ele próprio, mas afirmou que, além disso, o artigo 102 da Casa veda o uso de linguagem imprópria, ultrapassar o prazo que lhe compete e deixar de atender às advertências da presidência.
Linguajar

Cláudio ainda reforçou a questão do linguajar: “O que não pode é esse linguajar que nem todo mundo aceita, especialmente as deputadas que são mães e, por isso, (…) são o lado mais sensível, sim”. Ele complementou que aguentaria pancada em um debate com Amauri, mas que pela parlamentares Lêda Borges (PSDB) e Adriana Accorsi (PT), ele deveria ter mais “jeito”. O deputado chegou a colocar um áudio de uma fala do colega para todos escutarem:

“A senhora [Adriana] citou a questão de consignado. Eu fui prefeito e o prefeito que eu substituí, o safado, não repassava consignado não. Pagava não. (…) A notícia que eu tenho, deputada, é que não pagou consignado foi novembro e dezembro. Em dezembro, porque a folha não foi paga. Então, o Caiado também é culpado, porque o consignado de novembro e dezembro não foi pago? É um filho de uma égua, mesmo, né?”, dizia Amauri.
Confusão

“Esse tipo de linguajar me assusta”, disse Cláudio. Ele também citou o fato da Casa ter aberto uma exceção para o uso de chapéu para Amauri. Para Meirelles, isso é “ganhar no grito”.

O artigo 145, segundo Meirelles, é claro e diz que o uso de paletó e gravata é obrigatório a quem adentrar o recinto, sendo negado uso de gorros, bonés e chapéus, exceto por motivo de saúde e religião. “O que não é o caso de vossa excelência”, se dirigiu a Amauri, que começou a gritar e foi até a tribuna, enquanto Dr. Antônio (DEM), que presidia a sessão, pedia ordem. Nesse momento a Polícia Legislativa interviu e o parlamentar deixou o plenário. 

“Geralmente são pessoas que não dão conta do debate. Daqui uns dias o deputado vai meter a mão”, emendou Cláudio. “Temos que abrir uma corregedoria. Daqui a pouco, quando fizer um contraditório poderei ser atacado por não concordar com o Caiado”. 

Ainda segundo Cláudio, esse tipo de comportamento de legisladores acharem que vão ganhar as coisas no grito tem que acabar. “Quer defender o governo, que defenda de forma ética, mas não ofendendo as pessoas. Que fique registrado a forma antidemocrática com que tem se posicionado o deputado Amauri”. 

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