(Reuters) - Vaiada pela torcida em seu último jogo em Belo Horizonte, a seleção brasileira acredita que terá uma recepção diferente na quarta-feira, quando enfrentará o Uruguai pela semifinal da Copa das Confederações.
No final de abril, o Brasil foi muito hostilizado pelos torcedores no estádio do Mineirão, durante o empate de 2 x 2 num amistoso com o Chile. Nem a presença de Ronaldinho Gaúcho, ídolo da torcida do Atlético-MG, animou a arquibancada.
"São momentos diferentes, era um amistoso, com o grupo ainda em formação, e agora a gente vem de três vitórias numa competição. Tenho certeza que a torcida vai nos apoiar", disse o meia-atacante Bernard, jogador do Atlético, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O goleiro Julio Cesar admitiu que a aquela partida fez os jogadores do Brasil temerem pela falta de apoio na Copa das Confederações.
"A torcida cobra bastante da seleção, a aquela tinha sido a última aparência com relação à torcida", afirmou o goleiro, acrescentando que os atletas ficaram mais "relaxados por não sentir a pressão do torcedor".
Nos três primeiros jogos do Brasil no torneio, em Brasília, Fortaleza e Salvador, a seleção brasileira teve muito incentivo das arquibancadas. Nas cidades do Nordeste, destacou-se o fato de a torcida continuar cantando o hino nacional mesmo depois de a música parar.
"Não lembro de ter apoio tão forte. No hino nacional a gente sente uma energia muito forte e vai para campo super motivado. Fica nítido na cara dos jogadores a expressão de orgulho. Isso tudo está sendo muito bom para a gente", disse Julio Cesar, jogador mais experiente do Brasil, com 33 anos.
Os protestos que têm ocorrido do lado de fora dos estádios por enquanto não entraram nas arenas, e a seleção venceu seus três jogos na competição, diante de Japão, México e Itália, e busca uma vaga na final contra o vencedor da outra semifinal, entre Itália e Espanha.
Aos 20 anos, Bernard, o mais jovem da seleção na Copa das Confederações, prevê que a torcida vá pedir as entradas dos jogadores do Atlético-MG. Além dele, o time tem o atacante Jô e o zagueiro Réver no banco de reservas do Brasil.
"Acho que vai ser natural a torcida gritar o nome, mas as coisas não são assim, e o Felipão vai colocar (em campo) o que for melhor para o Brasil. A torcida tem que ter um pouco de paciência", declarou.
O jovem meia-atacante disse que está com o futuro incerto e pode deixar o clube mineiro para um time europeu na próxima temporada, enquanto Julio Cesar, que estava no inglês Queen's Park Rangers, não descarta uma volta ao futebol italiano.
(Por Tatiana Ramil, em São Paulo)
Eu creio que sim, cantando o hino de costa e clamando por educação e saúde!Melhores salários, fim da corrupção e das PECs da impunidade.
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