quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Inter luta hoje pelo bi da Libertadores.
Porto Alegre- Na entrada do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, há um grande painel que diz: "Inter, campeão de tudo. Agora, queremos tudo de novo." O primeiro passo para o clube gaúcho colocar a segunda cópia de cada taça internacional que possui em sua galeria foi dado no México, na semana passada, quando bateu o Chivas por 2 a 1, de virada, na primeira partida da decisão da Copa Libertadores. Se o time empatar - a final não tem saldo qualificado - hoje, às 22 horas, em casa, com os mexicanos, repetirá a conquista de 2006.
A Libertadores virou obsessão para o clube desde que o arquirrival, o Grêmio, a conquistou pela primeira vez, em 1983. Os gremistas ainda levantaram a taça de novo em 1995 e aguçaram de vez o desejo colorado. O Inter foi o último time brasileiro a vencê-la, quatro anos atrás, e não vê a hora de empatar com seus maiores adversários. "A rivalidade é muito grande, a importância deste título também. Os colorados estão esperando por isso, para acabar com a chacota de que o Inter não tem o bicampeonato da Libertadores. Esperamos concretizar isso", diz Bolívar.
Se o troféu permanecer por mais um ano no Beira-Rio, o Inter deixará para trás Flamengo (1981), Vasco (1998) e o Palmeiras (1999), que têm apenas uma conquista, e também se igualará a Santos (1962 e 1963) e Cruzeiro (1976 e 1997). Ainda vai precisar de mais um título para empatar com o São Paulo, o clube brasileiro que mais vezes venceu a competição - três, em 1992, 1993 e 2005.
O clima em Porto Alegre é de euforia total. A vitória no México animou a torcida, que já havia esgotado os ingressos para o jogo do Beira-Rio há mais de uma semana - o clube tem mais de 100 mil sócios e só parte deles poderá assistir à decisão. Entradas, agora, apenas no mercado negro.
Sócios chegam a emprestar suas carteirinhas em sites de relacionamento da internet até por R$ 1 mil, prática que é considerada fraude segundo o regulamento do programa e pode levar até à prisão de dois anos por meio do novo Estatuto do Torcedor.
Risco Esse é o tipo de risco que alguns colorados acham que vale a pena correr em momento como o de agora. Mas deixar que o ambiente de festa contagie o vestiário antes do jogo é tudo que o Inter tenta impedir. A equipe está concentrada num hotel distante do Beira-Rio desde segunda-feira. Ninguém, a não ser funcionários do clube, transita nos 5º e 6º andares do local - seguranças fazem vigília dia e noite. Tudo para que o time mantenha o foco em jogar bola e não leve em conta a vantagem conquistada no México.
O técnico Celo Roth já decidiu que time mandará a campo, mas faz mistério. Pesam na escolha as lesões de Guiñazú (tornozelo), Sandro (músculo da coxa esquerda), Tinga e Alecsandro (ambos com problemas na coxa direita). O treino de ontem teve parte fechada para a imprensa.
O Chivas irá a campo confiando em repetir a façanha das semifinais, quando empatou por 1 a 1 com a Universidad de Chile em casa e venceu por 2 a 0, em Santiago.
O técnico José Luis Real terá hoje o retorno do meio-de-campo Medina, que desfalcou a equipe no primeiro jogo.
Colorado é eficiente em casa
Porto Alegre- A campanha colorada até a final da Libertadores foi de muitos altos e baixos. A equipe gaúcha venceu todos os seus jogos em casa, mas também demonstrou fragilidade fora: a primeira vitória foi mesmo contra o Chivas (2 a 1) só na primeira partida da decisão.
Sorte do clube que os sucessos foram muito mais marcantes que os reveses. Que o diga Giuliano. O meia marcou o gol da derrota por 2 a 1, nas quartas-de-final, para o Estudiantes, atual campeão da Libertadores, na Argentina. Foi em meio à fumaça, aos 43 minutos do segundo tempo. Bastou, já que o Inter havia vencido, no Beira-Rio, por 1 a 0.
As incertezas acabaram resultando em mudanças de treinador. O técnico uruguaio Jorge Fossati caiu mesmo depois de classificar o time às semifinais. Sucumbiu às fracas atuações fora de casa e deu lugar a Celso Roth, que estava no Vasco.
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