quarta-feira, 21 de março de 2018

90% da Base Aliada Rejeita Lúcia Vânia Para o Senado

Desde a posse para o terceiro mandato, em 1º de janeiro de 2011, e até a saída no próximo 7 de abril, Marconi Perillo está focado unicamente em administrar o Estado. Mas, ao se desincompatibilizar para a candidatura a senador, entrará em campo o mestre em campanhas. Como nas outras oportunidades, deve ouvir os segmentos organizados, os chefes partidários, os prefeitos, os deputados, enfim, o chamado Grupo do Tempo Novo. Aí, o tucano-chefe vai constatar internamente na base o que alguns líderes já descobriram: a grande aceitação à candidatura de José Eliton ao governo e a imensa rejeição de Lúcia Vânia ao Senado. Alguns bem próximos (e graduados) ao governador garantem que nove em cada dez situacionistas prefeririam outro nome ao lado de Marconi na chapa.
“Tudo é dela, desde que chegou ao grupo”, diz um graúdo do primeiro escalão atual. “No ano 2000, quando o governo ainda não tinha desgaste e vinha da excelente administração de Nion Albernaz, ela insistiu para ser candidata a prefeita de Goiânia e conseguiu perder para Pedro Wilson, do PT”. Além do cargo municipal, em 1994 Lúcia tentou outro Executivo, o do Estado, e perdeu para Maguito Vilela, o terceiro colocado nas pesquisas (o primeiro era Ronaldo Caiado, que nas urnas trocou de lugar com Maguito e ficou em terceiro). Outro governista, do mesmo quilate, relembra que tucanos e aliados indicaram apenas um ministro nos dois governos do PSDB na Presidência da República, e foi exatamente Lúcia Vânia – na época, FHC escolheu Iris Rezende para a Justiça e, agora, Michel Temer levou Alexandre Baldy para Cidades, mas não por indicação dos tucanos de Goiás.
Dos 30 deputados estaduais, apenas três apoiam Lúcia. Dos 17 federais, somente seu sobrinho, Marcos Abrão. Os prefeitos, mesmo os do PPS, chamado de Partido Presidido pelo Sobrinho, e os do PSB, presidido pela tia, continuariam firmes com Marconi e José Eliton em caso de defecção dos dois Abrão. Por esse ângulo de análise, o senador Wilder Morais (ainda no PP), o ex-senador Demóstenes Torres (PTB) e o ex-secretário Vilmar Rocha têm mais prestígio. Os marconistas ferrenhos, personagens sem cargo e sem mandato, mas influentes na cúpua, também preferem qualquer um à senadora. Colaboraria para isso a animosidade durante os mandatos, pois ela não teria dado maiores chances de aproximação aos de fora do círculo de amizades.
Sobrariam em favor de Lúcia as pesquisas de opinião pública. Há um porém: no mais recente levantamento para senador, divulgado em dezembro de 2017, a Rádio Jovem Pan e o jornal diário O Hoje apontaram liderança de Marconi com 28,2% e o segundo lugar disputadíssimo com empate entre o vereador Jorge Kajuru (18,1%), Lúcia com 18% e Demóstenes (17,9%). Na pesquisa, feita pelo instituto Directa com 1.005 entrevistados em 60 municípios de todas as regiões do Estado, Wilder aparece com 2,2% e Vilmar, 1,9%. Nas duas vitórias para o Senado, em 2002 e 2010, Lúcia começou com até três vezes mais preferência.

2 comentários:

Vm mariano disse...

Estamos preparados para surpreender esses ladrões. KAJURU SENADOR 2018

Unknown disse...

Caro Cleuber, penso que não seja exatamente assim. A Senadora tem o respeito e consideração da ampla maioria dos prefeitos, vereadores e demais lideranças da base.