quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Operação Decantação da Polícia Federal na SANEAGO

A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira (24), a Operação Decantação. O objetivo da ação de desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio de cerca de pelo menos R$ 4,5 milhões em recursos federais a partir de uma empresa pública do estado de Goiás, a Saneago. De acordo com a investigação foi evitado um prejuízo de quase R$ 7 milhões aos cofres públicos.

Apurações

Dados da investigação indicam que dirigentes e colaboradores da empresa Saneamento de Goiás S/A – SANEAGO teriam promovido licitações supostamente fraudulentas mediante a contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso. Não foram divulgados nomes dos envolvidos.

De acordo com a Polícia Federal, recursos públicos federais, oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, de financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal, teriam sido desviados para pagamento de propinas e de dívidas de campanhas políticas.

Outra forma de atuação da organização criminosa consistia no favorecimento pela consultoria contratada pela SANEAGO a empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais. O nome Decantação faz alusão a um dos processos de tratamento de água, em que ocorre a separação de elementos heterogêneos.

Mandados

A ação contou com apoio do Ministério Público Federal e do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. Cerca de 300 policiais federais cumprem 120 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e de um partido político, além de residências e outros endereços relacionados aos investigados.

As ordens judiciais foram cumpridas em Goiânia/GO, Aparecida de Goiânia/GO, Formosa/GO, Itumbiara/GO, São Paulo/SP e Florianópolis/SC. Também foi determinado o afastamento da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos.

Os envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes em processos licitatórios. 

Uma entrevista coletiva foi marcada para às 10 horas na Superintendência da Polícia Federal em Goiás, para trazer mais detalhes.

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