sábado, 5 de setembro de 2015

Mesmo Que Vendesse Erik Dinheiro Não Seria Todo do Goiás

O Goiás anunciou que estava negociando o atacante Erik ao Fenerbahçe da Turquia por 7,5 Milhões de Euros. 

Divulgou também que 100% do valor da venda pertencem ao Goiás. 

Já divulgamos que a primeira notícia não era verídica. O clube turco se algum dia já teve interesse no jogador hoje não tem mais. Confirmado em nota divulgada no site oficial do clube. Nada de site falso ou fake. Quem se defende com esse tipo de argumento precisa conhecer um pouco mais de internet ou ser melhor assessorado.



Quanto à segunda afirmação de que os valores de uma futura negociação seriam 100% do clube há uma questão a ser discutida. Tanto o zagueiro Felipe Macedo que teve a sua transferência frustrada para o Monaco como o atacante Erik fazem parte da parceria do clube com a empresa Luppi Participações e Investimentos.



A parceira que foi firmada no início de 2006 e injetou cerca de R$ 10 milhões no Goiás previa que o valor das negociações dos jogadores das categorias de base do clube teria que ser dividido entre os parceiros – 50% para a Luppi e 50% para o Goiás.

Contrato com a Luppi foi Assinado por
Raimundo Queiroz e teve a anuência de Hailé Pinheiro

Outro contrato firmado entre o Goiás e a Luppi transferia 50% dos direitos econômicos dos atletas Rodrigo Tabata, Juliano, Leyrielton, Jonhson, Vitor e Fábio.

O contrato previa que jogadores das categorias Sub 12, Sub 15, Sub 18 e Sub 20 estavam contemplados na parceria. Na época Felipe Macedo e Erik faziam parte do elenco Sub 15. Já eram considerados jóias pelo Diretor da Base Marcos Antonio Figueiredo, o Marcão da Muralha. Os jogadores foram inscritos no Campeonato Goiano Sub 15 e foram dirigidos pelo técnico Benevan. Todos os jogadores das categorias de base até o ano de 2011 estão incluídos na parceria.

Briga à vista. Da mesma maneira que o Goiás aproveitou um vacilo da Luppi e vendeu Felipe Menezes quando a Luppi estava inadimplente, o clube goiano não pretende dividir o dinheiro da venda de Erik com o parceiro.

O contrato foi firmado pelo ex-Presidente Raimundo Queiroz que foi banido dos quadros do clube. Porém teve a anuência do Presidente do Conselho Hailé Pinheiro.

A parceria entre o Goiás e a Luppi já foi motivo de questionamento judicial. O ex-Presidente Syd de Oliveira Reis tentou via judicial quebrar o contrato porém foi obrigado a retirar a ação por ordem do Presidente do Conselho Hailé Pinheiro e pelo Conselheiro Edmo Pinheiro. Segundo Hailé “Contrato que ele assinava ninguém tinha poder de anular”. O processo 27671-67.2010.809.0051 (20100276710) foi então retirado. 

Agora este mesmo contrato que Hailé não quis rescindir provoca essa verdadeira dor de cabeça na atual diretoria esmeraldina.

Para termos uma idéia de como esse contrato foi nocivo para o Goiás, o São Paulo vendeu semana passada Rafael Toloi para a Atalanta. Se o contrato tivesse sido rescindido, e acreditem existia toda base legal para que isso acontecesse, o Goiás teria ao invés de 25%, 75% dos direitos econômicos do zagueiro já que a Luppi tem 50% do jogador.



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