O Superior Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta sexta-feira um mandado de segurança do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, para invalidar a quebra de seu sigilo bancário e fiscal. O ministro Edson Fachin julgou procedente a ação requerida pelo senador Romário (PSB-RJ) e garantiu a continuidade dos trabalhos da CPI do Futebol sem qualquer impedimento. A comissão, que é presidida pelo próprio Romário, havia aprovado por unanimidade a quebra do sigilo no último dia 20.
Por meio de um comunicado publicado em seu Facebook, Romário disse que a decisão do STF garantirá à CPI do Futebol a “tranquilidade para continuar a investigar as suspeitas de irregularidade que recaem sobre os dirigentes do futebol brasileiro”. “Estamos agindo dentro da lei e essa decisão do STF comprova isso”, afirmou o senador.
Na quarta-feira, o vice-presidente da CPI, Paulo Bauer (PSDB-SC), apresentou requerimento para quebrar o sigilo fiscal do ex-presidente da CBF, José Maria Marin. O dirigente foi preso pelo FBI (polícia federal norte-americana) na operação que desmantelou um esquema de corrupção na Fifa, em maio. Ele se encontra numa prisão da Suíça e corre o risco de ser extraditado para os Estados Unidos.
A CPI do Futebol também aprovou a convocação do ex-presidente da CBF, Marcelo Teixeira, para prestar depoimento. Na quinta-feira, os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Leandro Cipoloni e Amaury Ribeiro Junior, autores do livro O Jogo Sujo do Futebol, participaram de uma sessão da comissão. Eles denunciaram a existência de esquemas de lavagem de dinheiro que seriam operados pelas fornecedoras de material esportivo Nike e Adidas. A próxima reunião da CPI está marcada para as 10 horas da próxima terça-feira.
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