Em cada grupo de 10 mil bebês que nascem no mundo, 1 apresenta deficiência de fator de coagulação no sangue, enfermidade genético-hereditária conhecida como Hemofilia. Embora necessitem de atendimento médico especializado por toda a vida, os portadores desta doença podem e devem ter uma rotina normal em casa, na escola e no trabalho. E é justamente com o objetivo de informar e sensibilizar a população sobre a importância da socialização das pessoas que têm hemofilia que será realizado amanhã (17/04), no auditório do Hemocentro de Goiás (Hemogo), um evento com palestra e distribuição de material sobre o tema.
O evento é alusivo ao Dia Mundial da Hemofilia, instituído pela Organização Mundial da Saúde e comemorado em 17 de abril. Ele é resultado de uma parceria do Hemocentro com a Federação Brasileira de Hemofilia e Associação Goiana de Hemofilia. Para marcar a data, a Federação Brasileira de Hemofilia optou por realizá-lo simultaneamente em 14 estados brasileiros, inclusive em Goiás, com a apresentação do projeto intitulado Fator Decisivo. O projeto, idealizado pela hematologista Nívia Foschi, objetiva divulgar a doença, os tipos de tratamento e a necessidade de convívio social dos hemofílicos.
Em Goiás, a palestra sobre o projeto Fator Decisivo será ministrada pela hematologista Alexandra Vilela, do Hemocentro. Foram convidados a participar do evento os portadores de hemofilia, familiares, cuidadores, profissionais de saúde e comunidade em geral. Na ocasião, os participantes vão receber manual para adultos e crianças com informações sobre a doença.
ATENDIMENTO
O Hemocentro de Goiás tem em sua estrutura um setor específico para acolhimento e atendimento das pessoas que apresentam distúrbio na coagulação do sangue. Coordenado pela fisioterapeuta Emanuelle de Queiroz Monteiro, o Centro de Tratamento em Hemofilia assiste atualmente 400 portadores da doença.
O setor é dotado de uma equipe multidisciplinar, da qual fazem parte médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e fisioterapeutas, entre outros profissionais. Emanuelle Monteiro informa que no local os pacientes recebem o atendimento especializado e a assistência social. Quando necessário, a equipe encaminha o paciente para outras unidades e acompanha a evolução do atendimento.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, 18,5 mil pessoas em todo o País apresentam coagulopatia hereditária, ou seja, nasceram com deficiência do fator de coagulação no sangue. Destes, 49% são portadores de hemofilia do tipo A; outros 10% apresentam hemofilia do tipo B e 30% a doença de Von Willebrand, enfermidade também caracterizada pela diminuição dos níveis de proteína no sangue.
Emanuelle Monteiro destaca que a hemofilia é caracterizada por episódios hemorrágicos (sangramentos) que atingem, principalmente, o sistema osteomioarticular (articulação e músculos). O portador de hemofilia, segundo ela, necessita de atenção especial nos casos de traumas – como traumatismo craniano, que podem causar sangramentos que exigem atendimento rápido e diferenciado por parte do profissional de saúde.
TOME NOTA
Evento – Dia Mundial da Hemofilia – palestra e distribuição de material
Data – 17 de abril
Horário – 9h às 11h30
Local – Auditório do Hemocentro de Goiás
Endereço – Avenida Anhanguera, 5.195, Setor Coimbra
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