sexta-feira, 17 de abril de 2015

Casamentos Com Crianças - Pedofilia Praticada Com Consentimento da Família

“Eu me escondia toda vez que o via. Detestava olhar para ele”, diz Tahani (de rosa), lembrando-se do início de seu casamento com Majed, quando tinha 6 anos, e ele, 25. Agora com 8 anos, ela posa para um retrato em Hajjah, juntamente com Ghada, também casada

O casamento infantil existe em vários continentes, línguas, religiões e castas. Na Índia, as meninas costumam ser comprometidas com garotos quatro ou cinco anos mais velhos; no Iêmen, no Afeganistão e em outros países com altos índices de matrimônio precoce, o marido pode ser um rapaz ou um viúvo de meia-idade ou ainda um sequestrador que primeiro estupra e depois reivindica a vítima como esposa, como é prática em certas regiões da Etiópia. 


Asia, de 14 anos, banha a filha mais nova em sua casa em Hajjah enquanto sua menina de 2 anos brinca. Asia está com hemorragia desde o parto, mas não tem educação nem acesso a informações sobre como se cuidar.

Alguns desses casamentos são meras transações comerciais, e nunca se preocupam em aparentar ser algo mais. Uma dívida quitada em troca de uma noiva de 8 anos, uma rixa familiar resolvida com a entrega de uma prima virgem de 12 anos: esses são casos que, quando vêm a público em terras distantes, sempre viram notícia e motivo de indignação. 

O drama de Nujood Ali em 2008, a menina iemenita de 10 anos que procurou sozinha um tribunal na cidade e pediu divórcio do homem de mais de 30 anos com o qual seu pai a obrigara a se casar, foi manchete no mundo todo e há pouco tempo tema de um livro já traduzido em 30 idiomas: Moi Nujood, 10 Ans, Divorcée (“Eu Sou Nujood, 10 Anos, Divorciada”).

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