sábado, 7 de março de 2015

Padre Luiz Augusto Está no Inferno

A resposta mais manjada de quem é pego com a "boca na botija": A culpa é da imprensa. A imprensa é a grande culpada por ele está "roubando" o dinheiro do povo. A imprensa não deveria ter divulgado que ele está "roubando" o dinheiro do povo. O fins justifica os meios? Já pensou de todo mundo que passa dificuldades tivesse o direito de roubar. Já imaginou se fosse permitido roubar para ajudar quem passa dificuldade?

Não estou dizendo que o padre roubou,  mas o ato dele de receber dinheiro público, como sendo funcionário público, sem exercer cargo público é ilegal e imoral.

Por seu gesto de ajudar o próximo o padre pode até ir para o ceú, mas pela ilegalidade cometida, já está sofrendo condenação pública e vai viver dias de inferno aqui na terra.


Suspeito de ser servidor fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás, o padre Luiz Augusto Ferreira, de 54 anos, negou a acusação. Em nota (leia na íntegra abaixo), ele afirma que já atuou cumprido a jornada de trabalho de seis horas, mas depois ficou à disposição dos parlamentares para "trabalhos sociais" e tirou licenças permitidas por lei. No texto, o pároco não especifica o período em que cumpriu a jornada na Casa ou os trabalhos realizados.
Ainda de acordo com o comunicado, o responsável pela Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, explica que do salário que recebe como funcionário de carreira - R$ 11,8 mil - ele utiliza em benefício próprio apenas o valor referente à contribuição para o Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (Ipasgo) plano de saúde do funcionalismo estadual.
Segundo o deputado Helio de Sousa (DEM), presidente da Assembleia Legislativa, desde novembro do ano passado, o padre está sob licença-prêmio remunerada, benefício dado a servidores a cada cinco anos. O benefício tem prazo de três meses e venceu no dia 3 de fevereiro, quando foi renovado. Assim, o pároco só deve retornar à Assembleia em maio.
Sousa, no entanto, não soube informar se Luiz Augusto aparecia para trabalhar e diz que vai apurar o caso. "Segunda-feira (9) eu tenho o levantamento funcional desse servidor. E dependendo do que tiver ali, em comum acordo com a mesa diretora, eu vou convocar pra que a gente assuma toda responsabilidade. Se for necessário, baseado no levantamento, nós vamos fazer uma sindicância", explica.
Padre Luiz Augusto, em Goiânia (Foto: Diomício Gomes/O Popular)
MP e Assemleia investigam o padre Luiz Augusto 

(Foto: Diomício Gomes/O Popular)
O Ministério Público também deve investigar a situação. Segundo o promotor de Justiça Fernando Krebs, um inquérito civil público será instaurado para investigar se houve improbidade administrativa e desvio de dinheiro público. “Chama a atenção o prazo que isso ocorreu e o fato de ele ser padre, que deveria ter uma conduta ética, exemplar frente aos fiéis”, disse Krebs ao G1.
De acordo com o promotor, ele vai pedir à Polícia Civil que instaure um procedimento para investigar se também houve crime de peculato, ou seja, apropriação indevida de dinheiro público.
Krebs afirma ainda que comunicará a denúncia ao Vaticano. “Vamos comunicar imediatamente para que as devidas sanções administrativas sejam tomadas, para que a conduta do padre seja apurada”, disse o promotor.
Padre das multidões
Popular entre os fiéis de Goiânia, Padre Luiz foi afastado, em maio de 2011, da Paróquia Sagrada Família, onde esteve à frente por 15 anos. Ele foi transferido para uma comunidade com cerca de 30 pessoas e proibido de celebrar missas para pessoas de outras paróquias. O afastamento foi motivo de protestos entre os católicos.

Um ano depois, já na Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus, no Setor Expansul, em Aparecida de Goiânia, ele voltou a reunir milhares de fiéis em suas missas e viu o número de presentes nas celebrações subir de 30 para cerca de 3 mil pessoas.
Confira a nota do padre na íntegra:
Nota de esclarecimento
É normal que em uma entrevista jornalística aconteçam alguns equívocos (bons e ruins). Por esta razão, redigi este texto.
Não sou um funcionário fantasma. Durante os meus primeiros anos de Ministério Sacerdotal trabalhei na Assembleia Legislativa cumprindo a jornada estabelecida (6 horas). Posteriormente, como é permitido por Lei, fiquei à disposição de parlamentares para a realização de trabalhos sociais (assessorias). Houve um período em que tirei licença para interesse particular (sem remuneração).
Como já afirmei, do salário da Assembleia utilizo em benefício próprio o valor destinado à minha contribuição do Ipasgo. Todo o restante é destinado às famílias que estão sob a minha responsabilidade e àqueles que diariamente me pedem ajuda.
Não recebo e nunca recebi salário como sacerdote.
Pe. Luiz Augusto Ferreira da Silva.

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