quinta-feira, 5 de março de 2015

Padre Luiz Augusto é Funcionário Fantasma da Assembleia Legislativa de Goiás


O Jornal "O Popular"  revela em reportagem  na edição desta quinta-feira que o padre Luiz Augusto é funcionário fantasma. A reportagem assinada pela repórter Márcia Abreu que conseguiu um dos maiores furos jornalísticos do ano com a reportagem.

O padre é conhecido por levar milhares de fiéis as suas celebrações e fazer duras criticas a quem transgride. Segundo a reportagem o padre Luiz Augusto Ferreira é responsável pela Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus, em Aparecida de Goiânia, está no quadro de servidores ativos da Assembleia Legislativa. Ele recebe pelo cargo de analista legislativo R$ 11,8 mil de salário bruto. De acordo com servidores da Assembleia, padre Luiz Augusto não cumpre expediente na Casa há pelo menos 20 anos.

A Diretoria-Geral (DG) informou ao "O Popular" que Luiz Augusto está lotado na Diretoria Parlamentar e que usufrui de licença-prêmio até 4 de maio. Não há informações sobre o histórico do servidor, segundo a DG. O presidente da Assembleia, Hélio de Sousa (DEM), através de sua assessoria, informou que a sua gestão não vai responder pela administração anterior.

De acordo com a reportagem o Padre Luiz Augusto não esconde sua situação de funcionário público que não cumpre expediente, como seus colegas. Ele argumenta que está de licença desde 1995, quando foi ordenado padre. “A exceção foi 2012, ano em que trabalhei no gabinete do ex-presidente Jardel Sebba (PSDB)”. Jardel, por sua vez, não soube dizer quanto tempo Luiz Augusto ficou à disposição da presidência, nem a função que exerceu no período. “Lembro que ele se apresentou e eu deleguei uma missão. Mas você há de convir que faz muito tempo”, esquivou-se. O regimento interno não permite que um servidor fique 20 anos licenciado. A legislação da Casa prevê, no máximo, quatro anos de licença, prorrogáveis por mais quatro anos.

Luiz Augusto garante que manteve o vínculo com o Legislativo apenas para que ele e seus cinco dependentes usufruam do Ipasgo (plano de saúde estadual). Segundo ele, o valor da remuneração está integral em uma conta bancária e seu plano é utilizá-lo para a construção de uma chácara para dependentes químicos. Constrangido, o padre assegura ter tentado pelo menos oito vezes pedir demissão, mas que em nenhuma delas foi atendido. “Conversei com pessoas responsáveis pela direção da Casa”, revela, sem citar nomes, “e todos disseram que meu trabalho é especial e que diz respeito ao próprio Estado”.

Nota da Assembleia

A Diretoria Geral da Assembleia divulgou a seguinte nota: “Ao longo de sua carreira no Parlamento, Luiz Augusto Ferreira da Silva recebeu convites de deputados para trabalhar junto aos gabinetes. A legislação interna permite que cada gabinete possa requerer um funcionário do quadro efetivo para trabalhar próximo ao deputado. Assim, ele prestou relevantes serviços sociais ao longo dos anos até ser lotado na Diretoria Parlamentar durante o segundo semestre de 2014.”

Luiz Augusto Ferreira é servidor efetivo desde março de 1980, quando ingressou nos quadros da Casa por indicação. Desde 1995, ano em que foi ordenado padre, ausentou-se da Assembleia, em razão das dificuldades que teria para conciliar o trabalho com as funções sacerdotais.

O assunto é tabu no Legislativo, segundo servidores. “Ele é efetivo e só pode ser demitido após sindicância interna. Um processo longo. A coisa só complicou com o ponto eletrônico”, diz um funcionário. Outro servidor foi mais direto: “É sobre e Luiz Augusto? Ah, sobre isso não vou falar. Não mexe com isso, não. O dinheiro que ele tira do Estado é muito pequeno perto das obras de caridades que faz”.

O jornal "O Popular" realizou uma entrevista reveladora com o padre Luiz Augusto, onde o mesmo confessou ser funcionário fantasma e  que tentou se demitir por várias vezes, mas não permitiram sua demissão.

Acompanhe a entrevista do padre Luiz Augusto ao Jornal "O Popular"



O padre Luiz Augusto Ferreira afirma que manteve o vínculo com a Assembleia Legislativa para ter direito ao plano de saúde. “O Ipasgo é o salário que eu uso.” Leia trechos da entrevista.



O senhor é servidor efetivo da Assembleia desde março de 1980 e em 1995 foi ordenado padre. Como conciliou o trabalho no Legislativo com as funções sacerdotais durante esses quase 20 anos?

Quando comecei a trabalhar lá era meio período. Naquela época eu estava tranquilo. Depois teve uma época em que fiquei à disposição de algum deputado, José Luciano (não lembra o sobrenome), que já faleceu, na Santa Casa.



Isso foi quando?

Eu tirei muita licença, né, por motivo particular. Na verdade há muito tempo estou lutando para me aposentar. Espero uma certidão do INSS, que deve sair em março. Como estudei em colégio agrícola vou poder aproveitar esse tempo para aposentadoria.



O senhor tirou quantas licenças?

Eu devo ter ido à Assembleia umas oito vezes tentando me demitir. Independentemente de qualquer outra coisa que esteja acontecendo sempre quis fazer isso. E sempre tive o apoio e a insistência da própria Casa de que eu não deveria fazer isso, que o trabalho que faço é especial e diz respeito ao próprio Estado.



Quando o senhor tirou a primeira licença? O que o senhor fazia?

Eu fiquei à disposição não sei durante quanto tempo, lembro que a última foi na presidência com Jardel (Sebba, PSDB). Só quero dizer que tudo que fiz não foi simplesmente uma coisa da minha cabeça. Tenho cinco dependentes do Ipasgo. São pessoas que eu cuido e por conta delas mantive o vínculo. Teve uma época em que você não podia pedir demissão e continuar usufruindo do plano. Então minha intenção foi essa. Pode parecer estranho isso, mas tenho responsabilidade de cuidar dessas pessoas e nunca quis tirar da própria igreja para isso.



Desde quando essas pessoas estão na sua dependência?

O Ionei que peguei na CPP (Casa de Prisão Provisória) deve estar comigo há cerca de oito anos. Aliás, ele passou pela CCP e depois foi para o Hugo, onde ficou abandonado. Então fui cuidar dele.



O senhor pediu demissão para quem?

Ontem mesmo (segunda-feira) fui à Assembleia para pedir demissão. Mas quero dizer que foi uma escolha minha. Se não assumi a demissão foi porque eu me deixei convencer por pessoas que querem o meu bem e que insistiram para que eu continuasse.



Em que tem aplicado a sua remuneração?

Não sei quanto eu ganho, não tenho informações do meu contracheque, não tenho cartão do banco e não uso esse dinheiro.

Ele não chega até o senhor?

Nunca utilizei.



Mas o senhor sabe quanto tem na conta.

Não sei.



O senhor não vai utilizá-lo?

Quero utilizá-lo, sim, para a construção de uma chácara de dependentes químicos que vamos construir, e para o que mais for necessário.



Não lhe incomoda deixar esse dinheiro na sua conta e fazer planos para ele? Como se sente, por exemplo, em relação aos demais servidores que cumprem expediente diariamente?

Esse dinheiro não influencia a minha vida. Sou uma pessoa honesta, tranquila, as pessoas me conhecem. Por opção, não recebo salário da igreja. Se preciso de uma calça, recebo doação. De uma camisa, a mesma coisa. Não uso um centavo da paróquia, não tenho carro, não tenho celular. Eu ando de carona. A coisa que eu uso em benefício meu é o Ipasgo, é o salário que eu uso.

O Popular

11 comentários:

Anônimo disse...

Esse padre é aquele que é amigao do Mauricio Sampaio, que foi la na cadeia conforta-lo e nem olhou na cara do Mané de oliveira ao cruzar no corredor???
só faltava essa, funcionário fantasma e ainda acha explicaçao, tem dó né """""padre"""""""com mil aspas de cada lado...

Anônimo disse...

Como é fácil julgar e condenar...

Anônimo disse...

Não se trata de julgar e condenar. O fato é que ele errou e deve pagar por isso. Ele confessa tudo nessa entrevista. Infelizmente essa é a verdade. O castelinho caiu padre.

Unknown disse...

Se trata sim!! Ele não usufruiu desse dinheiro e o ipasgo foi para ajudar outras pessoas, agora me diz a quem nos devemos cobrar? Que rouba o nosso dinheiro e que não faz nada para nos ajudar. As pessoas são tão hipócrita que esquece de olhar o que é errado e não admite um outro alguém ser ajudado.

Unknown disse...

A repórter pergunta se ele não se incomoda de receber sem ter ido enquanto os demais servidores cumprem seu expediente diariamente kkkk isso foi irônico eu acho kkk
A mídia faz a cabeça de pessoas fracas, não é só o PADRE que ganha dinheiro sem ir não!
Eu apoio o PADRE em pegar nosso dinheiro porque quem pagamos somos nos então eu apoio poque ele esta ajudando o próximo enquanto os próprios servidores e parlamentarem roubam para se ostentar. Vamos abrir o olho e largar de ser burro

Anônimo disse...

O que me entristece, não é o fato do padre ter continuado no quadro de funcionários, pois estava exercendo um direito seu,que aliás é usado em beneficio de quem necessita, os ignorantes que acham saber demais vão usar isso para tentar denegrir o nome do padre e o da igreja, como essa repórter que estava tão somente atrás de um furo jornalístico, sem conhecer de perto o trabalho do padre Luís, ele ao contrário de três líderes de igrejas protestantes foram indicados pela revista forbes como os religiosos mais bem pagos do brasil, com patrimonios que chegam a quinhentos milhões de reais, não pagam impostos: IPTU, IPVA, ICMS... transformam os dízimos dos fiéis em bens milionários e não ajudam nínguem, quem está roubando quem?

Anônimo disse...

O padre cometeu dois pecados, um de receber sem trabalhar, outro por dizer que não recebeu. Vai prestar contas a DEUS.

Anônimo disse...

Padre picareta de marca maior!

Anônimo disse...

Nada a ver essa história de que o padre trabalha pelo seu rebanho e que existem religiosos milionários. Não se paute pelo que os outros fazem, leitor. O fato principal é: o padre tem obrigações profissionais com dois senhores, no mesmo horário, e vai se dar mal. Será que Roma já foi informada a respeito dessa história?

Anônimo disse...

Ah, tá bom, Paulo Vinícios. Então você gosta e defende quem rouba mas faz? Que ruim, heim, quando o sujeito é ladrão e não aplica nada na sua comunidade... Kkkkkkkk. Morro de rir com sua argumentação tola e infantil! Você é parente dele ou simplesmente faz transbordar sua amizade?

Anônimo disse...

Esse padre está mais para Robin Hood do que para picareta. Padre trouxa em vez de gastar com ele gasta com pobre. Esse vai para o inferno de tão burro.