terça-feira, 21 de outubro de 2014

Educação e Segurança: Marconi lista realizações; Iris não mostra propostas

No debate O Popular / CBN, peemedebista ainda teve que explicar 
porque não dá espaço aos companheiros de partido

No terceiro e último bloco do debate entre os candidatos ao governo do Estado promovido pelo jornal O Popular e Rádio CBN Goiânia, os temas que prevaleceram foram educação, segurança e transparência nas gestões públicas. E renovação na política. O governador Marconi Perillo questionou o adversário, Iris Rezende (PMDB), sobre o esforço do peemedebista para impedir o surgimento de novas lideranças no partido.

“Em 2011, o PMDB filiou Vanderlan Cardoso, que acabou sendo impedido de ser candidato, depois Júnior do Friboi teve o mesmo destino. Em 2010, Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central) entrou no partido e foi impedido de ser candidato. Maguito Vilela, em 1998, tinha tudo para ser reeleito, mas o senhor também o impediu”, rememorou Marconi. “Mas essa questão de espaço aos jovens do PMDB vem de muito tempo: Nion Albernaz, Lúcia Vânia, Henrique Santillo, Mauro Borges, Fernando Cunha, Iran Saraiva e dezenas de outros foram obrigados a sair por conta da atuação extremamente autoritária do Iris, que é o mandão de seu partido”, afirmou.

Segurança pública
Ao falar dos seus projetos para a Segurança Pública, Marconi foi enfático: “Não vou misturar política com uma área tão sensível e importante. Chamei um delegado da Polícia Federal (Joaquim Mesquita), que foi superintendente da Polícia Federal aqui e em outros estados, e diretor nacional da Polícia Federal. Recrutamos o delegado geral, uma das pessoas mais qualificadas da Polícia Civil. Os comandantes gerais também obedeceram aos mesmos critérios”, elucidou Marconi, que falou, em seguida, sobre os investimentos na área da segurança.

Ele ressaltou a troca por três vezes nesta gestão das viaturas da polícia, o reforço no armamento, a contratação de 5,1 mil policiais novos – o que resultou em um acréscimo de R$ 300 milhões a mais por ano na folha de pagamento –, lembrou a criação do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que vai interligar as chamadas, as câmeras, e todas as ações das viaturas.

“Além disso, fizemos mais de 10 mil promoções. Reestruturamos as carreiras, pagamos salários dignos. Tanto é que a maior parte da categoria nos apoia”, acrescentou, observando, porém, que os problemas relacionados à segurança pública são também nacionais. “Tenho defendido sempre que o governo federal tem que assumir a sua responsabilidade. Felizmente, tanto o nosso candidato Aécio como a Dilma estão nos debates falando que vão assumir a responsabilidade de colocar dinheiro na segurança. Defendo que eles coloquem 5% do orçamento federal para que possamos ter colaboração federal também nessa área”, disse.

Juventude
Marconi perguntou a Iris quais as políticas do peemedebista para a juventude, lembrando que em sua atual gestão e nas anteriores, foram criados muitos programas, que hoje se expandiram. Iris fugiu do assunto e encerrou o tempo de resposta embasado em acusações e de forma agressiva. Foi preciso que Marconi o lembrasse que o debate precisava ser civilizado. “É preciso manter a calma. Não estamos em uma rinha, mas em um local para fazermos propostas para debater o futuro de Goiás”, observou.

O governador atentou que o peemedebista não respondeu ao seu questionamento sobre políticas para a juventude, e lembrou-lhe: Nós criamos a Bolsa Universitária, o Passe Livre, a UEG, o programa de formação tecnológica com mais de 500 mil pessoas formadas, o Bolsa Futuro”, ressaltou.

Educação
“Quando o senhor assumiu o governo pela segunda vez, o Santillo (Henrique, ex-governador) tinha criado um plano de carreira para os professores, e o senhor rasgou esse plano. Só eu, quando vim para o governo em 1999, criei com a ajuda da professora Raquel (Teixeira) um novo plano de carreira para os professores. Instituímos, imediatamente, eleições diretas para diretores de escolas”, aludiu.

“Nos governos do senhor, os diretores eram indicados por familiares de políticos. É importante registrar também que, naquela época, em 1999, somente 27% dos professores do Ensino Fundamental eram portadores de diploma de curso superior. Quando eu deixei o segundo governo, quase 100% já eram formados com apoio total do nosso governo”, ressaltou.

Marconi destacou que, neste governo, foi possível realizar muitas mudanças por meio da criação do Pacto pela Educação, composto por 25 pilares, que resultou na reforma de praticamente todas as escolas estaduais, na criação da Escola Padrão Século 21, em mudanças nos currículos, mudanças didático- pedagógicas, e na criação do Prêmio Aluno e do programa Reconhecer, dentre outros.

“Enfim, foram muitos programas para estimular professores, alunos, e toda a rede de educação. Qual foi o resultado? Em 2011, Goiás era o 16º no Ideb na área do Ensino Médio, fomos para o 5º lugar, e agora estamos no 1º lugar no Brasil. No Ensino Fundamental, só perdemos pra Minas Gerais que foi administrado pelo Aécio. Ficamos em 2º lugar”, pontuou.  “Em relação à titularidade, estamos examinando a forma de buscar solução, mas com responsabilidade. Nós incorporamos a titularidade aos salários porque Fizemos os cálculos, e se deixássemos móvel, teríamos de gastar R$ 1 bilhão a mais na folha. Não tínhamos dinheiro e a Lei de Responsabilidade Fiscal não permitiria”, explicou.

Iris, na réplica, questionou o resultado do Ideb, ao que Marconi o respondeu: “O Ideb não é invenção minha, é fruto do trabalho de professores, de toda a equipe da Secretaria de Educação, e do esforço dos alunos. Quem reconheceu esse esforço de todos nós, liderado pelo nosso governo, foi o Ministério da Educação, que é do PT. Isso não é invenção, é mérito. Nós somos o melhor na educação hoje no Brasil, e vamos avançar, melhorar ainda mais. É importante lembrar que Iris foi prefeito de Goiânia e não instituiu o piso nacional dos professores em Goiânia, e nós instituímos desde 2011”, observou.

Obras
Marconi questionou Iris os motivos que o a não fazer obras de qualidade em suas gestões, lembrando que o peemedebista construiu escolas, casas, creches e abrigos de idosos com estrutura de placa de muro. Iris novamente fugiu do assunto, e voltou a falar sobre os professores, afirmando que a categoria não avançou nas gestões de Marconi.

“O senhor desconsiderou a sua vida toda os professores. Chegou a pagar no seu segundo governo salário se R$ 100. Isso é um absurdo. Os professores, se colocarem a mão na consciência, farão a diferença entre nossos estilos. Estou fazendo um debate sobre qualidade. É obrigação nossa fazer obras na habitação, educação, estradas de boa qualidade. É obrigação também usar bem o dinheiro público. O que aconteceu nessas escolas (de placa), é que as pessoas passam por um sofrimento enorme. Todo mundo me pede para substituir as escolas de placa por Padrão Século 21, porque é um absurdo como essas obras eram feitas com má qualidade. Estamos construindo, neste momento, 48 escolas Padrão Século 21”, informou.

Considerações
Nas considerações finais, Marconi explicou às pessoas que assistiam ou escutavam o debate que precisou discutir de forma mais incisiva em razão dos ataques que sofreu ao longo da campanha. “É que, durante o programa de televisão, suportamos toda uma carga de mentiras e muita demagogia, promessas falsas.  Felizmente, tivemos oportunidade de debater assuntos fundamentais para o futuro de Goiás, e tive a oportunidade de desmentir muitas acusações levianas que estão sendo feitas no horário eleitoral. Essa oportunidade é ímpar, e quero agradecer a todos e pedir o voto de confiança para que o trabalho, a modernidade, e a aceleração do desenvolvimento continuem. Peço voto para mim e para Aécio Neves para presidente da República”, finalizou.

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