sexta-feira, 5 de setembro de 2014

“Não Adianta Torcida Contrária. Nós, Sim, Fizemos Um Governo Realizador”, Diz Marconi

 Em sabatina do jornal O Popular, governador tratou de temas como federalização da Celg e Segurança Pública

 Em sabatina realizada nesta quinta-feira pelo jornal O Popular, o governador Marconi Perillo (PSDB) respondeu com serenidade aos questionamentos, apresentando dados consistentes a temas polêmicos, como a federalização da Celg. Para Marconi, a liderança nas intenções de voto e a grande aprovação da atual gestão é fruto de um governo de resultados e baseado no planejamento. “Sempre tive um planejamento rigoroso com as contas públicas e não será diferente neste mandato”, assegurou. “Temos um verdadeiro canteiro de obras por todo o Estado e não adianta a torcida contrária... Nós estamos fazendo um governo eficiente, realizador e transformador”, enfatizou. 


Ao discorrer sobre críticas infundadas dos opositores sobre a situação financeira do Estado e de supostos empréstimos para tirar as contas “do vermelho”, Marconi se disse tranquilo e garantiu que não há nada com o que se preocupar. “Mesmo porque, caso não fosse assim, existe a Lei de Responsabilidade Fiscal que, se eu não segui-la, posso ter meus direitos políticos cassados e responder por improbidade administrativa. Estamos preparados para concluir o ano com as contas em dia e sempre investindo pesado no desenvolvimento do Estado”. Marconi ainda qualificou os ataques como uma tentativa frustrada de desmerecer os grandes avanços atuais. 



Questionado sobre os motivos de disputar a reeleição, Marconi explicou: “Primeiramente, disputar um novo mandato é uma atitude legitima e democrática. Estimulei várias lideranças jovens da base, sugeri a outros tantos, e reafirmo que esta disputa não era prioridade para mim. No entanto, me diziam: 'olha, Marconi, você não pode deixar de assumir a responsabilidade de nos representar'", relatou o tucano. O governador afirmou ainda que disputa a eleição com a cabeça erguida e com tranquilidade: “Estou neste novo projeto com alegria, entusiasmado e com a certeza de representamos o melhor para Goiás. Eu me sinto jovem ainda, acho que posso contribuir muito com nosso Estado”.



O candidato à reeleição também foi questionado sobre a Celg. “Reafirmo que minha intenção sempre foi manter o controle acionário. Contudo, desde o início do mandato nós tivemos um agravamento muito grande nas negociações, quando percebemos que a dívida e a situação financeira, deixada pela última administração, estava comprometida”. Para o governador, este tema é tratado de forma superficial por grande parte dos que o abordam: “Falam da Celg apenas sob nosso comando, mas se esquecem de abordar os fatos que culminaram no atual cenário. A crise é resultado da venda dos dois principais ativos da empresa: Corumbá 1, que está gerando hoje em Furnas quase 400 megawatts, e Cachoeira Dourada, que gera 650 megawatts [ambos nos governos do PMDB]”. “Se buscarem o total de quanto a empresa já conseguiu de dividendos nesses 17 anos de privatização de Cachoeira Dourada, as pessoas levariam um susto. Estima-se que quase R$ 10 bilhões, um valor muito superior a dívida”, garantiu.



O governador deu mais detalhes do processo de federalização da companhia: “O acordo foi firmado não só para obtenção do empréstimo, que o governo anterior alega ter iniciado. Havia uma operação de crédito em curso àquela época (ele se refere ao governo de Alcides Rodrigues) que não foi continuada porque eu me opus a ela. Eu sabia que os recursos iriam ser desviados para o pagamento de outras dívidas que não eram prioridades para o Governo”. E prosseguiu: “Mais do que isso, aquela operação de crédito tinha condições muito piores que a operação que nós celebramos, com prazos muito maiores, com carência muito maior do que o que nós fizemos”.



O tucano afirmou que o acordo feito pela atual gestão não se trata simplesmente de um empréstimo que, inclusive, não seria o suficiente para resolver o problema da Celg: “Nós tratamos de uma rediscussão societária da empresa para que a Celg consiga ter fôlego daqui para a frente”. Marconi ainda ressaltou o papel do Ministério de Minas e Energia neste processo: “A concessão da Celg vence em meados do ano que vem e o Governo Federal, que é quem tem o poder de renová-la, deixou bem claro para nós que só iriam autorizar a concessão caso eles fossem sócios majoritários. 'Ou nos aceitam, ou nada feito', resumindo”. 



Segurança
Ao tratar de Segurança Pública, o governador foi enfático ao falar do apoio recebido pelos profissionais deste setor. “A avaliação positiva de nossa gestão entre todos os policiais é superior a 80%. O índice de adesão das polícias ao nosso projeto é muito alto”, comemorou. De acordo com Marconi, tal fato se dá pela relação respeitosa que sempre teve com a área. “Me reuni recentemente com Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Técnico-Científica e Polícia Civil, tivemos uma conversa respeitosa, de altíssimo nível e eu não pedi votos, mas muitos chegaram a mim e declararam apoio. Se houvesse qualquer ruído entre nós, eu não teria a receptividade que tenho nesta campanha. Eu sinto que há um respeito mútuo muito grande, não só pelo que eu represento, mas, principalmente, por tudo que eu fiz para a categoria”, resumiu.



O governador ressalta que tal respeito advém do compromisso da gestão dele à frente do Palácio das Esmeraldas, que investe em segurança, oferecendo condições de trabalho apropriadas: “Os policiais, quando se lembram dos governos anteriores, se lembram de andar em veículos Fiat 147, com gambiarras que estragavam e viviam permanentemente nas oficinas e muitas vezes eram empurrados nas ruas por falta de combustível. Se lembram do armamento de segunda mão, revólveres emprestados do Rio de Janeiro, oferecido nos governos do PMDB, se lembram dos atrasos nos salários - que eram, diga-se de passagem, indignos”.



E ao falar da importância do apoio que o governo federal deveria dar aos estados no que diz respeito à Segurança Pública, Marco relembrou as ações que encampou em prol deste setor quando era senador. “Deixo aqui com vocês um apanhado de todos os meus projetos no Senado para a área. Em 2007, apresentei uma PEC propondo a mudança da Constituição para a criação do Fundo de Segurança Pública. Apresentei outro projeto que vinculava os recursos para a área não só do Estado, mas também à União e aos municípios; também apresentei outro que endurecia a legislação para os casos de reincidentes... Enfim, luto em favor dessa causa desde meu segundo mandato”, elencou. 



O governador acredita que é preciso vincular receitas constitucionalmente, obrigando que haja um aporte mínimo direcionado à segurança. “Defendo 5% do orçamento da União para a Segurança Pública. Defendo tal valor com conhecimento de causa. Só neste ano, nós estamos aplicando mais de R$ 1,6 bilhões. Sabe quanto captamos do Governo Federal, e olha que temos um excelente gerente de captação? Conseguiremos cerca de 50 milhões”, afirmou. Marconi reforçou ainda que defende alterações nas leis: “Temos que mudar a Legislação Penal. Nossa polícia é boa, investiga bem, nunca se prendeu tanto... Mas, a Justiça os obriga a soltá-los porque a lei é frouxa”. 



O candidato à reeleição também tratou de temas polêmicos como a federalização dos presídios e o uso das Forças Armadas. “Defendo que tenha dinheiro da União para os presídios, isso não pode ficar só nas costas dos governos estaduais. Defendo também que parte do Exército, da Marinha e da Aeronáutica seja posicionada nas fronteiras do Brasil para evitar que drogas e armas ilegais entrem no País. 80% dos crimes atualmente estão relacionados às drogas”, finalizou. 

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