quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Entrevista de Marcos Abrão ao Jornal Diário da Manhã

Marcos Abrão defende alterações na legislação habitacional

DIÁRIO DA MANHÃ
DANYLA MARTINS

Presidente do Partido Popular Socialista (PPS) e candidato a deputado federal, Marcos Abrão participou do programa ‘Goiás na Rede’, transmitido pelo DM TV. Os jornalistas Helton Lenine e Carlos Freitas conduziram a entrevista com o candidato à Câmara dos Deputados, que também foi presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab) e presidente da Agroindustrial. Durante a entrevista, o candidato discutiu projetos para o Estado de Goiás e apresentou resultados dos 15 anos de cargo público.
PERFIL
Nome: Marcos Abrão Roriz
Idade: 43 anos
Ocupação: economista
Partido: PPS
Função: ex-presidente da Agehab; ex-presidente da Goiás Agroindustrial
Projeto: candidato a deputado federal 

O QUE ELE PENSA

  • Propostas
Nós temos que mostrar o porquê de ser candidato a deputado federal. Já tenho uma experiência no setor público por 15 anos. Antes de ser presidente da Goiás Agroindustrial tive a oportunidade de ser liquidante e pelo contrário, vi a oportunidade de devolver ao Estado de Goiás uma empresa que é uma das indutoras do desenvolvimento de Goiás e foi o que eu fiz, tirei a empresa da liquidação para que pudéssemos consolidar os distritos industriais do Estado. Nos últimos três anos, tive a oportunidade de coordenar o maior trabalho habitacional dos últimos 20 anos, que foi a Agehab. E quando se tem a oportunidade de gerir duas empresas de áreas distintas, te dá uma visão e mostra a necessidade de alteração de algumas leis que serão discutidas no Congresso Nacional.
  • Habitação
Nós temos um Estado que cresce acima da média nacional e, por crescer economicamente, nós somos destino migratório do País. As pessoas procuram Goiás em busca de oportunidades e, consequentemente, as demandas sociais aumentam, como é o caso da habitação. A partir de três anos e não tem residência em Goiás já entra na estatística de déficit habitacional e, em Goiás, nós temos mais de 200 mil famílias que ainda não possuem sua casa própria. Esse é o desafio de universalizar o acesso à casa própria. Goiás é destaque e somos premiados em três prêmios nacionais e hoje a Agehab concorre como um dos melhores programas habitacionais do mundo, da ONU, que será decidido em novembro.
  • Legislação
Existem algumas alterações que precisam ser feitas e as propostas que tenho na área habitacional são justamente em cima dos programas que eu tive a oportunidade de executar no dia a dia. Sabemos o que precisa ser melhorado e a transparência na forma que é feita os sorteios. É preciso ampliar a quantidade de casas para os pequenos municípios e alterar a lei de regularização fundiária, e que essa questão da escritura seja realizada em um curto espaço de tempo. Nós vivemos isso na prática, onde famílias aguardavam a mais de 30 anos pela escritura e as maiores dificuldades eram sobre a legislação. O programa ‘Minha Casa Minha Vida’ precisa ser alterado, para que possamos levar a esses Estados que crescem acima da média mais acesso à habitação. Em Goiás deu certo, e é referência porque alteramos a legislação do Cheque Moradia e casamos com o Minha Casa Minha Vida.
  • Tradição política e familiar
Tive a oportunidade de acompanhar, nos últimos 15 anos, o trabalho da senadora Lúcia Vânia, minha tia, mas também aprendi a forma de trabalhar no setor público com transparência e olhando para o lado social, onde você realmente vê o que é a sociedade brasileira. Isso me motiva. Nós precisamos também atuar na área de Segurança Pública. O trabalho prestado é o que me motiva, referente aos laços familiares. Levei 15 anos para disputar uma eleição, mas tenho certeza de que posso contribuir para o meu Estado, alterando as leis que tive a oportunidade de viver na prática, tanto na área habitacional quanto no desenvolvimento econômico e industrial.
  • Pacto federativo
Nós temos uma necessidade, não só de rediscutir o pacto federativo, mas várias reformas que precisam ser feitas nos próximos quatro anos, incluindo o pacto federativo, o qual 70% da arrecadação se concentra na União. Nós temos, a exemplo da segurança pública, a responsabilidade apenas dos Estados e dos municípios e isso não é justo. Não dá para acompanhar prefeitos em Brasília, implorar por trabalhar pelo município. Por vocação e por experiência, sou municipalista e defendo a revisão do pacto federativo de forma urgente, e o Congresso Nacional terá que discutir nos próximos quatro anos.
  • Segurança pública
Precisa ser destinado um percentual da segurança em nível nacional. Não pode ficar apenas a cargo do Estado a responsabilidade da segurança, tanto os prefeitos quanto os governadores não aguentam essa carga e a União precisa enfrentar isso. Hoje, a segurança é caso nacional e eu não acredito em propostas populistas e que fazem sensacionalismo com assunto sério. A melhor forma de trabalhar com as pessoas é oferecer uma ocupação.
  • PPS – Aécio e Marina
Quando eu fiz um compromisso com o governador Marconi, em apoiar Aécio Neves, foi um compromisso firme e venho de uma família que tem compromisso. Se ele tiver 1% de votos, pode ter certeza que será cumprido, pois o que foi firmado, do PPS apoiar Aécio Neves em Goiás, nós vamos cumprir. Em eventual segundo turno, se ele não for, claro que vamos apoiar outro candidato, e isso é decisão do diretório nacional, porém nós apoiamos nossas coligações. Não trabalho com hipóteses, trabalho em cima da realidade. Sabemos que Aécio Neves vem passando por uma dificuldade, mas estamos trabalhando para reverter o quadro.
  • Eleições em Goiás
Acredito em trabalho, para que as eleições sejam atingidas no primeiro turno. Agora, nós temos que ter humildade e maturidade para trabalhar os dois cenários, tanto para primeiro turno quanto para o segundo. Por acreditar em um projeto, iremos trabalhar da mesma forma. Projeto que tive a oportunidade de viver a transformação de Goiás, antes apenas produtor e para um Estado industrializado.
  • Marcas do governo tucano
Em minha opinião, tem a marca social, porque quando se leva um serviço público de qualidade, como é o caso do governador, seja na área Habitacional, Saúde ou outra. Se tiver orçamento, você toca obras, agora quero ver fazer serviço público de qualidade como é feito hoje. Olha a diferença das casas que eram construídas para as que estão hoje, o mesmo exemplo da Polícia Militar. Sei que o melhor para Goiás é Marconi Perillo, pelas ideias modernas e por dar oportunidade ao jovem de mostrar o trabalho. Tive essa oportunidade crescer.
  • Descrédito político
Essa insatisfação que foi mostrada nas ruas, justamente pela falta de uma reforma política. Nós chegamos no fundo do poço em relação à classe política brasileira e eu faço campanha de uma forma diferente, faço campanha levando as minhas propostas, mostrando o trabalho que já fiz. A gente não pode conviver com campanha política, com os custos que vemos ou candidatos que são representantes de cartéis, que não têm interesses coletivos. Será uma mudança gradativa, mas será uma renovação na Câmara federativa.
  • Prefeitura de Goiânia
Quero fazer uma avaliação como goianiense, quando se é gestor sabemos que há dificuldades. Porém, na minha avaliação, a gestão do atual prefeito é ruim, está deixando a desejar e espero que possa melhorar. Ainda restam dois anos para que haja essa mudança.

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