sábado, 2 de agosto de 2014

Alerta no Brasil! Mulher Está Internada Com Suspeita de Ebola

Vírus mortal mata quase 90% das pessoas infectadas
Uma mulher está internada no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad de Goiânia (HDT/HAA), pois, a mesma teria viajado ao país africano de Moçambique e o continente africano vive um surto da doença ebola, que já infectou milhares de pessoas e já matou centenas. 
A mulher foi internada na manhã desta sexta-feira, pois, a mesma teria recebido a orientação de que caso sentisse algum sintoma da doença deveria procurar o hospital. O HDT se pronunciou através de nota oficial, informando que a moça realmente está internada e seu estado de saúde é regular, informando que a possibilidade dela ter contraído o vírus é remota.
Confira a integra da nota do HDT:
A direção do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT/HAA) informa que uma brasileira doente deu entrada na unidade hoje, sexta-feira (01 de agosto) pela manhã após ter viajado para Moçambique, onde ficou durante dez dias. O país não é foco de surto de Ebola, mas por estar localizado no continente africano, a paciente foi orientada a procurar um serviço de saúde especializado caso apresentasse algum sintoma suspeito. Há três dias no Brasil, a paciente apresentou sintomas como febre e diarreia. O HDT/HAA está tomando as medidas necessárias e informou o caso à Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estadual de Saúde (SES-GO). A paciente apresenta quadro geral bom e estável, sem risco de morte, e está passando por exames. A suspeita de infecção pelo vírus Ebola é remota.


A África Ocidental enfrenta o maior surto do vírus ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, número de mortos e extensão geográfica.

O último balanço do organização, divulgado em 27 de julho, informa que já são 729 mortos – 47 deles em apenas quatro dias – e 1.300 casos da doença registrados.


O surto atual começou na República de Guiné em março deste ano, e se espalhou para os países vizinhos Serra Leoa e Libéria. Depois, a Nigéria registrou um caso.

Segundo dados da OMS, Guiné é o país com mais mortes – cerca de 350. Em seguida está Serra Leoa, com mais de 200 mortes, e o maior número de casos – mais de 500. Por último está a Libéria, com aproximadamente 150 mortes e pouco mais de 300 infectados.

A OMS enviou mais de uma centena de especialistas para a região para ajudar a conter a epidemia. Porém, eles enfrentam dificuldades para atuar nas áreas mais remotas devido à desconfiança da população. Em alguns vilarejos, chegaram a ser atacados e ameaçados.

Além disso, os próprios médicos têm sido vítimas da alta mortalidade do vírus – que não tem vacina nem cura. O médico responsável pelo combate da epidemia em Serra Leoa, Sheik Umar Khan,morreu no dia 29 de julho, vítima da doença.

'Fora de controle'
Mais da metade dos infectados neste surto morreram, e a OMS teme a possibilidade de uma "propagação internacional" da doença.

No dia 1º de agosto, em reunião com os presidentes da Guiné, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim, a diretora-geral da organização, Margaret Chan, disse que o surto de ebola no oeste africano está "fora de controle", mas que pode ser barrado.

Apesar disso, a OMS não fez restrições a voos nem orientou o fechamento de fronteiras por causa da epidemia.

Segundo a organização, haveria baixo risco de contágio caso um passageiro infectado voe, pois a transmissão só acontece quando o paciente apresenta sintomas severos da doença: como vômito, diarréia, febre alta, sangramento. "É altamente improvável que alguém com tais sintomas se sinta bem o suficiente para viajar", afirmou a associação internacional de companhias aéreas (Iata).

Ainda assim, o avanço do ebola levou países a fecharem fronteiras terrestres, como no caso da Libéria, e a declararem estado de emergência pública, o que aconteceu em Serra Leoa.

A OMS não descarta rever suas recomendações de viagem durante a epidemia. A organização e governos da região anunciaram no dia 30 de julho um plano de resposta ao ebola com US$ 100 milhões em recursos.
Médico usa equipamento de proteção para tratar
paciente de ebola (Foto: MSF/BBC)

Combate
Quando uma pessoa é infectada pelo ebola, em até dez dias ou ela morre ou o organismo começa a combater o vírus. "É como uma gripe. Não temos remédio para matar o vírus da gripe: é o corpo que responde e mata o vírus, e a gente melhora. A diferença é que o vírus do ebola é muito mais agressivo que uma gripe", explica Rachel Soeiro, médica brasileira que passou um mês na Guiné.

No combate à doença, os pacientes são isolados, e médicos fazem a pessoa se alimentar e ingerir líquidos. Ao sair da área de isolamento do hospital, os pacientes tomam um banho de cloro e ganham roupas novas, já que as antigas estão contaminadas.

O ebola é uma febre hemorrágica grave causada por vírus e que não tem vacina ou cura. A doença só é transmitida pelo contato com os fluidos de pessoas ou animais infectados, como urina, suor e sangue. A doença mata por falência múltipla dos órgãos, quando fígado e rins param de funcionar, e o sangue passa a correr devagar pelo corpo.



Os sintomas incluem diarréia, febre alta, vômitos, hemorragias e danos no sistema nervoso central. A taxa de mortalidade do ebola pode atingir 90% dos casos. O período de incubação é de dois a três semanas.

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