sexta-feira, 8 de agosto de 2014

"Agora Fazem Promessas Falaciosas, Mas Quando Puderam, Não Fizeram Nada”, Afirma Marconi em Defesa da Celg


Em eventos de campanha, governador tem destacado esforços do governo para recuperar empresa

O que o governador Marconi Perillo, candidato à reeleição, classifica como “discurso demagogo” e “exploração eleitoreira” em relação ao que a oposição tem dito sobre Segurança Pública também se aplica à Celg. O esforço do governo do Estado em recuperar a empresa – cujos problemas começaram em gestões do PMDB – tem pautado discursos recentes do governador e de candidatos da coligação Garantia de um Futuro Melhor para Goiás. 

Na última quarta-feira, durante inauguração de seu comitê em Goiânia, o candidato a deputado estadual Frederico Nascimento (PSD) fez referência à luta do seu avô, Oton Nascimento, que trabalhou pela construção da Usina de Cachoeira Dourada, vendida em 1997, no governo de Maguito Vilela. “Meu avô construiu o que era um sonho, e que mais tarde foi vendido a preço de banana”, disse ele, ressaltando que a venda de Cachoeira Dourada ocasionou a crise da Celg.

Também em inauguração do comitê do deputado Marcos Martins, que disputa a reeleição, Marconi reafirmou que o discurso da oposição é “irresponsável” e coloca os “interesses pessoais” acima das demandas da sociedade: “Fazem promessas falaciosas e, quando puderam, não fizeram nada. É inaceitável que um político tenha, em 2014, discursos tão alheios à realidade”. O governador disse ainda que é preciso “colocar os pés no chão e falar com conteúdo, com planejamento”. “Criticam, atacam e nos crucificam pela atual situação da Celg, mas não assumem suas parcelas de culpa no assunto. Vamos discutir o tema tecnicamente?”, questionou o tucano.

No comitê do candidato a deputado estadual Marcos Martins, também em Goiânia, Marconi elencou como início da derrocada da Celg a venda da Usina de Corumbá 1, ocorrida durante o governo de Iris Rezende (PMDB), no início da década de 80. “Relembro aqui os erros que levaram a Celg pelo ralo. Venderam a Usina de Corumbá 1 com a desculpa de que iria construir a quarta etapa de Cachoeira Dourada. Gastaram o dinheiro à toa, de forma equivocada e sem planejamento, pois foi provado em seguida que não havia vazão suficiente para produzir energia. Gastaram uma fortuna, a Celg ficou comprometida e hoje tentam atribuir a nós essas responsabilidades”, disse. 

Marconi relembrou ainda que, à época da venda de Corumbá 1, houve gastos com equipamentos e com funcionários, que deveriam ter sido assumidos pelo Estado, mas que ficaram para a companhia pagar. “Gastaram fortunas com carros de aluguel, com iluminação de ruas, com funcionários à disposição, e muito mais que era de responsabilidade do Estado, mas que foi negligenciado. Quem assumiu esse passivo todo fomos nós, no nosso segundo governo, e foi o primeiro empréstimo que fizemos que salvou a Celg", ressaltou. 

O governador indicou ainda a venda da Usina Cachoeira Dourada como o segundo, e maior, "crime" cometido contra a companhia elétrica de Goiás, que perdeu pelo menos R$ 3 bilhões desde que a transação foi concluída. “Quando eu fui conversar com a presidente Dilma [encontro realizado no último mês para tratar sobre a federalização da Celg], ela mesma me perguntou 'quem foi o criminoso que vendeu a Usina de Cachoeira Dourada' [vendida durante governo de Maguito Vilela (PMDB)]. Ela usou essas palavras na presença do ministro [das Minas e Energia, Edison Lobão]", contou Marconi. E seguiu: "Se tivéssemos hoje as duas usinas, estaríamos produzindo cerca de 1,1 mil megawatts. A Cemig, de Minas Gerais, e a Cesp, de São Paulo, só são companhia elétricas fortes porque geram energia, o que é muito rentável", explicou. 

Nos eventos recentes realizados na Capital, Marconi tem reafirmado as iniciativas do governo para sanar todos os problemas da Celg. “Nós fizemos um imenso esforço para resolver as pendências da companhia. No primeiro ano, o vice-governador era o presidente da Celg e pagamos as faturas dos fornecedores em dia. Há dois anos e meio, nós entregamos a administração da Celg à Eletrobrás e, até hoje, continuamos negociando (a federalização da empresa) para que tenhamos um bom desfecho para o Estado de Goiás. Eu quero que eles paguem o ICMS, estou lutando para isso. A Celg deve ao Estado quase 300 milhões de reais em impostos", completou.

“Resolver o problema da Celg é de imensurável prioridade para nosso governo. E quero que essa questão seja resolvida de imediato, porque a produção, a economia de Goiás cresce três vezes mais que a do Brasil. Nós precisamos suprir as empresas, as residências, o comércio com energia para que o progresso e o desenvolvimento possam ser ainda maiores", arrematou o tucano.

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