terça-feira, 8 de abril de 2014

Empresário de Jogadores é Preso Por Chefiar Quadrilha de Tráfico


O empresário de jogadores de futebol Ângelo Marcos da Silva é suspeito de comandar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que atuava no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Uma operação da Polícia Federal ocorrida na última semana já prendeu 20 pessoas, mas outras 11 continuam foragidas, de acordo com reportagem exibida pelo Bom Dia Brasil desta segunda-feira (7).

De acordo com a Polícia Federal (PF), o empresário era coordenador da quadrilha. Ele fazia contatos com fornecedores de cocaína e controlava a qualidade da droga. A PF monitorou mensagens do empresário – que já está preso – com outros membros do grupo, o que comprovaria a participação de Silva no esquema responsável por levar cocaína para o exterior.

Em uma dessas gravações, Silva combina com um comparsa a compra de um carregamento de droga. O empresário fala para o rapaz mandar uma foto, e o outro obedece. A cocaína vinha desenhada, como uma espécie de código. "Essa é uma forma de eles identificarem a qual organização pertence aquela droga que está sendo encaminhada e exportada para fora do Brasil", explica o delegado da Polícia Federal Reinaldo Campos Sperandio.

O empresário é sócio da empresa Plus Sports e Marketing Ltda, responsável pela carreira dos jogadores Luciano, do Corinthians, e Negueba, do Flamengo. As investigações, porém, não apontam elo entre o agenciamento dos atletas e o tráfico de drogas.

Silva foi policial militar durante cinco anos. Ele trabalhou no 2° Batalhão de Choque de São Paulo e foi expulso em 1997 por roubo. Em outubro do ano passado, virou sócio da empresa Plus Sports, que gerencia a carreira de jogadores de futebol. A Polícia Federal acredita que parte do dinheiro usado na compra da sociedade veio do lucro que a quadrilha tinha com o tráfico de drogas no Porto de Santos. Ainda segundo a PF, um barco no valor de R$ 5 milhões foi comprado com o dinheiro da cocaína. As investigações também se concentram em outros bens, como casas e empresas, para saber se eles foram comprados ou não com a venda de drogas.

Em nota, a Plus Sports afirma que está à disposição das autoridades para ajudar nas investigações e que os jogadores não vão se pronunciar sobre o assunto. Ainda segundo a empresa, o advogado de Silva não quer gravar entrevista.

Também por meio de nota, o Flamengo informou que a contratação de Negueba não foi negociada com o empresário preso, e sim com o advogado do jogador. Já o Corinthians não quis se pronunciar sobre o caso.

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