sábado, 12 de outubro de 2013

Porrada de Marina em Caiado Causa Grande Levante de Ruralistas e do Agronegócio em Todo o Brasil


Caiado e MarinaA Frente Parlamentar da Agropecuária (227 deputados e 16 senadores) e seis entidades representativas dos ruralistas e do agronegócio brasileiro tomaram como ofensivas a todo o setor as críticas feitas por Marina Silva ao deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO). Queixam-se do “preconceito” e da “agressividade” de Marina. Antes da polêmica, representantes dos ruralistas achegavam-se à candidatura do presidenciável Eduardo Campos (PSB). Agora, tomam distância.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a frente parlamentar integrada por Caiado acusa a líder da Rede Sustentabilidade de “sectarismo”. Indaga: “Marina vai continuar dividindo?” Sustenta que “o campo continua bancando o país.” E insinua que o setor cresce sem amparo governamental. “Enquanto as montadoras contam com a ‘mãozinha’ da redução do IPI, […] a mesma mãozinha nunca abre os dedos quando o assunto é agronegócio”, exagera o texto.
O documento encerra com a insinuação de que Marina ataca o setor rural por ignorância: “O setor produtivo só pode lamentar a demonização de sempre e dizer que o maior inimigo do desenvolvimento são os rótulos, as resistências vãs e a ignorância quando não deseja ser superada.”
Também nesta sexta, a Sociedade Rural Brasileira (SRB) disse em nota não entender “a intolerância e hostilidade da ex-ministra [Marina Silva] com os produtores rurais e seus representantes políticos legítima e democraticamente eleitos.”
A SRB escreveu que “discriminar o mais moderno setor da economia brasileira, responsável por 1/3 do PIB, por 37% dos empregos, e pelo superávit de US$ 80 bilhões na balança comercial, não condiz com a postura que se exige de alguém que pleiteia ocupar o mais alto cargo da República.”
O texto prossegue: “Rotular o agronegócio de ‘atrasado’ é desconhecer a realidade de um setor que apresenta taxas chinesas de crescimento e ímpeto americano de inovação, enquanto a maior parte da economia patina.”

A entidade pede “respeito”.  E acrescenta: “Ao destratar o agronegócio, Marina colabora para a disseminação de preconceitos com relação ao produtor rural brasileiro, seja ele familiar, pequeno, médio ou grande.”

Veio à luz também uma nota da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Num texto em que se autodefine como “instituição suprapartidária”, defende a combinação do estímulo à produção com a preservação do meio ambiente. “Entendemos que, sim, é possível preservar e produzir.”
A OCB elogia o alvo de Marina: “O médico e produtor Ronaldo Caiado é um parlamentar que tem compromisso com as cooperativas brasileiras – tanto na área agrícola quanto nos outros setores da economia no qual estamos presentes. E a OCB, como instituição representativa do cooperativismo, apoia Caiado e todas as lideranças que trabalham por nossas cooperativas.” Encerra: “Os 11 milhões de cooperativistas brasileiros agradecem ao deputado…”
Outra entidade que tomou as dores de Caiado nesta sexta foi a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana). Enalteceu em nota, “a importância dos deputados que compõe a Frente Parlamentar da Agropecuária.” Os usineiros ecoaram os argumentos econômicos da SRB: “Nossa atividade tem grande importância econômica, responsável por cerca de 25% do PIB nacional e cerca de 40% das exportações brasileiras.” A entidade lamentou os ataques “sem motivos” que Marina desferiu conta o agronegócio.
Caiado foi amparado também por duas entidades de Goiás. A Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura anotou que “Marina Silva, aliada do também pré-candidato Eduardo Campos, criou uma hostilidade gratuita com todos os segmentos do agronegócio. É temerária a face de intolerância e preconceito demonstrados por quem deseja governar um país. Repudiamos essa atitude e orientamos nossos companheiros para avaliarem bem o cenário em 2014. Identifiquem claramente quem está contra o setor produtivo rural brasileiro.”
A Associação de Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida de

Goiás tachou de “inaceitável, preconceituosa e agressiva” a crítica que levou Caiado a romper o aocrdo que firmara com o PSB de Eduardo Campos no seu Estado.

Há dois dias, a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), presidida pela senadora Katia Abeu (PMDB-TO), associara-se à Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás numa nota conjunta. Referindo-se aos ataques de Marina a Caiado, as duas entidades lamentaram “o radicalismo e agressividade”. Consideraram “inadmissível” que a nova parceira de Eduardo Campos  trate Caiado “como inimigo histórico dos trabalhadores rurais”. Chegaram mesmo a classificar os ataques como “calúnia e difamação”.
A onda de reações do setor rural deve crescer nos próximos dias. Cogitam entrar na briga entidades do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e do Paraná. Considerando-se o tamanho da revolta, fica claro que haverá algum prejuízo eleitoral para o presidenciável do PSB. As pesquisas e, sobretudo, as urnas dimensionarão os danos.
Fonte: Canal Gama

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