São Paulo -- Depois de ser cortejada por oito partidos e ver sua proposta de formação da Rede Sustentabilidade ser rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral, a ex-senadora Marina Silva decidiu se filiar ao PSB de Eduardo Campos. A notícia apareceu primeiro na Folha de S. Paulo e foi, depois, confirmada por outros noticiários.
O jornal diz que Marina tomou a decisão depois de conversas com Campos que começaram na noite de sexta-feira. Também diz que ela deve ser candidata a vice-presidente na chapa de Campos em 2014.
O Estado de S. Paulo informa que Campos foi a Brasília nesta manhã para se encontrar pessoalmente com Marina. O comunicado oficial sobre a ida dela para o PSB deve ser divulgado nesta tarde, quando termina o prazo para ela se filiar a algum partido.
Merval Pereira, do jornal O Globo, diz que, num primeiro momento, Campos e Marina não falarão sobre a candidatura à presidência da República. Ou seja, os dois permanecem na condição de pré-candidatos.
Marina ainda tentou negociar uma alicança eleitoral com o PPS de Roberto Freire. Mas, segundo relatos, o PPS ficou irritado com sua ida para o PSB e avisou que não haverá acordo.
A última pesquisa do Datafolha, de agosto, coloca Dilma Rousseff na liderança da corrida eleitoral, com 35% das intenções de voto. Marina vem em segundo lugar, com 26%. Especula-se que se Marina não concorrer nessas eleições, Dilma pode vencer já no primeiro turno.
Marina diz que quer acabar com a hegemonia e o chavismo do PT na Presidência da República
Numa reunião que terminou às 4h30m da madrugada deste sábado com muito choro, a ex-senadora Marina Silva comunicou a seus seguidores que seu sonho de ser presidente da República teria que ser adiado, e que seu projeto, agora, é acabar com a hegemonia e o "chavismo" do PT no governo. Acusada pelo deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) de ter um processo de decisão "caótico", Marina chegou à reunião dizendo que tinha tomado uma decisão sem volta: seria candidata a vice na chapa presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e sua posição era inegociável. Na reunião, ela não ouviu, só falou. Mas depois houve uma choradeira geral. Marina então relatou sua conversa com Campos ao telefone: |
| Entrevista Coletiva. Foto: Cristina Lôbo |
Ela disse que ia ouvir a todos, mas que não voltaria atrás, porque estava sem alternativa. Todos ficaram contra, cada um com seus argumentos. Seu braço-direito da vida inteira, Pedro Ivo batista, seu maior conselheiro, estava por fora do acordo.
- Eu fiz esse acerto com o Eduardo Campos porque chegou a um ponto que eu não tinha outra alternativa. E o PSB é um partido sério. A minha briga, neste momento, não é para ser presidente da República, é contra o PT e o chavismo que se instalou no Brasil - disse Marina.
- Mas você sabe que se fizer isso vai ter que abrir mão do sonho de ser presidente - ponderou Pedro Ivo.
- Esse sonho vai ficar para outro momento. Vou ser vice do Eduardo e acabar com essa hegemonia do PT na Presidência - disse Marina, mostrando ressentimento com o que considera que foi feito para barrar a criação do Rede Solidariedade.
Ela disse que a combinação é para que a coligação seja PSB/Rede, para que o Rede se incorpore tão logo seja criado. Marina reclamou muito de perseguição dentro do governo e do PT contra ela. Disse que seria muito pior se fosse para um nanico como o PEN ou PMN.
- Eu seria desossada com muito mais facilidade. Seria tratorada. Eu sei que tem mais de duas mil pessoas pagas com dinheiro público para acabar comigo nas redes sociais - disse Marina.
Fonte: O Globo
Um comentário:
A DILMONA vai bater nela (MARINA SEM SAL) e chicotar o seu candidato, o PICOLÉ DE ALFACE (Aécio Playboy). Pode anotar ai.
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