No primeiro dia de agenda em Paris, o Governador Marconi Perillo se encontrou com o grupo diretor da empresa francesa Veolia, multinacional operadora de sistemas de tratamento de água, esgotos e resíduos sólidos nos grandes centros de consumo em várias partes do mundo.
O grupo Veolia tem ainda atividades tímidas no Brasil, mas é um dos mais importantes controladores de resíduos sólidos nos Estados Unidos. Atende a Petrobrás no tratamento de resíduos e busca entendimento com os grandes centros para a implantação de geradores de energia a partir da incineração do lixo.
Marconi manifestou ao executivo de inovações da empresa, Laurent Auguste, a vontade de intermediar contatos do grupo com prefeituras goianas e informou que o marco regulatório brasileiro do setor obrigará os municípios a implantar sistemas de tratamento para resíduos sólidos a partir de 2014. Ele observou as prefeituras mostram interesse em se preparar para isto. Falou em grandes investimentos para enfrentar o problema, principalmente nas regiões metropolitanas de Brasília e Goiânia. Houve a formação de um Consórcio entre Goiás e o Distrito Federal para auxílio às prefeituras das dez principais cidades da região. O Consórcio buscará solução para tratamento de resíduos de uma faixa populacional entre 4,5 a 5 milhões de habitantes.
Sobre o setor energético, Marconi revelou seu projeto de transformar o Estado de Goiás em uma das principais referências brasileiras em produção de energia limpa renovável e anunciou que vai propor legislação estadual de incentivo para investimentos e joint venture do setor.
Do encontro ficou a acertada uma reunião no Entorno do DF, envolvendo as prefeituras, o Governo do Distrito Federal e o Governo de Goiás para realização de um projeto de solução conjunta para os municípios. O grupo buscará no encontro informações sobre o tratamento de resíduos sólidos no entorno do DF e sobre os projetos para água e energia de Goiás e seus principais centros consumidores.
Marconi propõe encontro bilateral entre França e Goiás
O governador Marconi Perillo conseguiu concretizar um dos propósitos de sua missão a Paris: o convencimento da Confederação Empresarial Europeia - MEDEF, para a realização de um grande encontro bilateral entre Goiás e França, no mês de março de 2014, com edições tanto em Paris como em Goiânia.
A proposta prevê a realização de eventos envolvendo empresas goianas e francesas nas áreas de construção civil, transformação de alimentos, energia renovável, medicamentos, turismo, tecnologia e produção cultural. O primeiro evento ficou marcado para 18 de Março de 2014, combinando com evento semelhante que está sendo acertado para a Alemanha.
Visita a empresa de transporte urbano
Marconi visitou também a RATP, empresa que começou sua atuação com a implantação da Linha 1 de Paris e hoje leva 12 milhões de passageiros por dia. É o quinto operador mundial de sistemas de mobilidade. No Brasil opera a Linha 4 de São Paulo e no projeto de Porto Maravilha, com linhas de VLT. São especialistas em tecnologia para a capacidade de transportes de grandes massas. Foram os responsáveis pela implantação do primeiro metrô automático, sem operadores na cidade de São Paulo.
A RATP – DEV é uma espécie de filial privada da empresa pública, responsável pelo desenvolvimento de novos projetos de mobilidade integrada em diversos modais de transporte. Há um ano a RATV - fez visita em Goiânia para concorrer pela realização do projeto do VLT de Goiânia, mas acabou repassando a tarefa de projeto de operação para outra empresa francesa – a Transamo, que assinou a parte operacional do projeto adotado pelo Estado para a construção do VLT.
Marconi aproveitou para verificar a possibilidade de apoio tecnológico para a construção do sistema ferroviário entre Goiânia e Brasília. Segundo o governador, a ANTT e a SUDECO desenvolveram estudos de viabilidade e já concluíram o projeto executivo com a ajuda da empresa francesa Egis Rail.
O Projeto será submetido agora à presidência da República para abertura de licitação da obra. Ele prevê a utilização da linha de transportes para passageiros durante a noite e cargas durante o dia. O sistema aplicaria tecnologia de média velocidade. Outro trecho ferroviário importante liga Luziânia a Brasília, com projeto já em estudo pela ANTT. O sistema atenderia cerca de 250 mil pessoas.
Marconi se reuniu ainda com Olivier Faussat, CEO da Hydropluz (uma subsidiária do grupo Vinci) com quem conversou sobre estações de tratamento de água, concessões de obras no setor de saneamento e obras públicas de serviço estatal. Olivier é uma espécie de olheiro de grandes empresas francesas para promoção de novos negócios fora da Europa, para onde direciona financiamentos. Foi mais uma conversa do governador de Goiás com a tentativa de atrair a atenção, interesse e principalmente investimentos do capital europeu para os projetos goianos.
Marconi falou muito sobre o Porto Seco, Distrito Industrial e terminal de Cargas de Anápolis – todos em torno da plataforma logística de Anápolis por onde já passam milhares toneladas diárias de mercadorias para exportação. “Pfizer, Teuto, Hipermarcas, Bosh, Hyundai e outras marcas mundiais já apostaram no mesmo ambiente de negócios”, disse. Foi programado um encontro da empresa com a Saneago e com a Secretaria de Agricultura de Goiás, com o propósito de ampliar projetos nos setores de abastecimento das cidades e irrigação de áreas áridas do Estado.
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