segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Funcionário do Palácio do Planalto Pego Pela PF na Operação Miqueias É Filiado ao PT de Goiás e Trabalhava Diretamente com o Goiano Olavo Noleto


Foto: Brasil 247
Demitido na noite de sexta-feira (20) acusado de ser o lobista de quadrilha especializada em pagar propina a prefeitos para direcionar investimentos de fundos de pensão municipais, o assessor do Ministério das Relações Institucionais Idaílson Vilas Boas Macedo trabalhava diretamente com o subchefe de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olavo Noleto, atualmente o goiano que ocupa o mais alto cargo no governo federal. A suposta atuação de Idailson em favor da quadrilha, desbaratada pela Polícia Federal na Operação Miqueias, instalou uma crise no Palácio do Planalto, levando o caso à manchete do jornal O Estado de S. Paulo.
Idaílson Vilas Boas Macedo é Fliiado ao PT de Goiás
Segundo o Estadão, citando fontes da Presidência da República, Olavo teria indicado o assessor ao cargo. Procurado, ele não se pronunciou. Ainda segundo o periódico, antes de ser nomeado na Secretaria de Relações Institucionais, Idaílson teria trabalhado na Câmara dos Deputados. Ele teria chegado ao Planalto em 2011, com cargo de Direção e Assessoramento Superior (DAS) 4, por nomeação da ministra Ideli Salvatti, titular da pasta. Em 2012, foi promovido a DAS-5, pela caneta da ministra Gleisi Hoffmann.
A PF pediu chegou a pedir a prisão de Idailson, o bloqueio de suas contas e que fossem feitas buscas na sua residência. A Justiça negou o pedido de prisão.
O Estadão relata que durante a tarde da sexta-feira Idaílson teria telefonado para Olavo no Planalto, avisando que a PF o teria implicado no esquema, mas que ele não estaria envolvido. Teria, inclusive, colocado o cargo à disposição. Mas o jornal alega que foi apenas depois da revelação de seu envolvimento pelo estadão.com.br, que ele foi exonerado.
O jornal paulista desenterra até mesmo fatos relacionados à Operação Monte Carlo, que revelou o esquema de jogos ilegais e corrupção de Carlinhos Cachoeira. O Estadão lembra que Olavo apareceu na investigação da PF por ter feito contato telefônico com o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Wladimir Garcez, um dos principais aliados do contraventor. À época, Olavo negou com veemência qualquer relação com o esquema: “Jamais conversei, conheci ou fui apresentado a Carlinhos Cachoeira”.
Sindicância
A ministra Ideli Salvatti exonerou Idaílson após notícias de que ele faria parte do esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal (PF) por meio da Operação Miqueias. Segundo nota divulgada no início da noite da sexta-feira, o assessor “está exonerado de suas funções a partir da data de hoje”. A nota informa também que a ministra “determinou que seja aberta sindicância para apurar os fatos que envolvem Idaílson José Vilas Boas Macedo”.
Lancha Apreendida na Operação
Deflagrada na quinta-feira (19), a Operação Miqueias prendeu 19 pessoas no Distrito Federal, Rio de Janeiro e em Goiás, além de cumprir 58 mandados de busca e apreensão em oito estados e no DF. Segundo a PF, a quadrilha lavou cerca de R$ 300 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos de fundos de investimentos do Regime Próprio de Previdência Social administrados por prefeituras.
As prefeituras de Manaus (AM), Ponta Porã e Murtinho (MS), Queimados (RJ), Formosa, Caldas Novas, Cristalina, Águas Lindas, Itaberaí, Pires do Rio e Montividiu (GO), de Jaru (RO), Barreirinhas, Bom Jesus da Selva e Santa Luzia (MA) estariam envolvidas na quadrilha.
De acordo com O Estado de S.Paulo, Idaílson Vilas Boas atuou com as prefeituras de Itaberaí e Pires do Rio (GO). O jornal revela ainda que um encontro entre Idaíson e o prefeito de Pires do Rio é agendado em ligações telefônicas interceptadas pela PF.
Polícia Federal Fotografou Parlamentares

Aos poucos, as revelações da Operação Miquéias, que levou a Polícia Federal a desarticular uma quadrilha que desviava recursos de fundos de pensão municipais, inclusive em 7 prefeituras goianas, vão aparecendo e envolvendo mais gente graúda.

O jornal O Estado de S. Paulo publica matéria revelando que não é só o deputado estadual Samuel Belchior, também presidente do PMDB goiano, que foi flagrado em contato com os membros da quadrilha.

Leandro Vilela, deputado federal, e Daniel Vilela, deputado estadual, ambos do PMDB e primos, foram fotografados almoçando com Samuel Belchior e Luciana Hoepers, uma das operadoras do grupo que chegou a desviar R$ 300 milhões de reais em todo o país.

O esquema era simples: através de políticos, a quadrilha chegava até os prefeitos da sua área de influência e canalizava investimentos em papeis podres, com recursos dos fundos de pensão dos funcionários municipais. Os lucros eram divididos, mas o prejuízo fica com os fundos municipais.

 Fontes: Brasil 247/Estadão/Goiás24horas

Nenhum comentário: