domingo, 23 de junho de 2013

No Futebol Brasil Faz o Dever de Casa e Vence a Itália

Algumas coisas já estão começando a se tornar praxe nos jogos da Seleção Brasileira, ao fim da primeira fase da Copa das Confederações da FIFA. Coisas como o apoio incondicional da torcida, um belo jogo em campo e... um golaço de Neymar e, para ele, um troféu de Craque do Jogo Budweiser. Houve disso tudo neste sábado na Arena Fonte Nova.

O camisa 10 brasileiro marcou pela terceira vez na competição – e o terceiro bonito gol – naquele que foi o segundo gol brasileiro numa emocionante vitória por 4 a 2 sobre a Itália, que valeu à equipe de Luiz Felipe Scolari a liderança invicta do grupo A, com nove pontos. Os outros gols brasileiros foram do soteropolitano Dante, no finalzinho do primeiro tempo, e mais dois de Fred, - que deixou o placar primeiro em 3 a 1 e, depois, o completou. Os gols italianos foram de Emanuele Giaccherini e Giorgio Chiellini

O clima de apoio da torcida baiana era tão animado e irrestrito quanto aquele que a Seleção encontrou em seus dois primeiros jogos do torneio, em Brasília e Fortaleza. E, como naquelas ocasiões, isso se traduziu imediatamente em pressão para cima do adversário. Com pouco mais de um minuto, Hulk já invadiu a área entre três defensores, pela esquerda, e exigiu defesa difícil de Gianluigi Buffon. Ao longo dos dez seguintes, os italianos mal passaram do meio-campo e a bola quase não saía da área Azzurra.

Foi aos poucos que o ritmo da partida desacelerou e que o que começou a chamar mais atenção foram as lesões que desfalcaram os dois times num intervalo de oito minutos: aos 26 minutos, Emanuele Giaccherini substituiu Riccardo Montolivo; aos 30, Christian Maggio entrou na vaga de Ignazio Abate e, por fim, aos 34, David Luiz deu lugar a Dante. Mal se sabia, então, que entravam em campo alguns dos protagonistas do jogo.

Começando por Dante, um dos dois baianos em campo, ao lado de Dani Alves. Depois de um bom tempo sem que os brasileiros levassem verdadeiro perigo à defesa da Itália, nos acréscimos, foi o zagueiro nascido em Salvador e torcedor fanático do Bahia quem abriu o placar: após cobrança de falta de Neymar do bico da grande área, pela esquerda, Fred subiu bem de cabeça e obrigou Buffon a uma defesa difícil. A bola espalmada ficou nos pés do defensor do Bayern de Munique, que tocou para o gol.

Na segunda etapa, o incentivo da torcida foi de novo fundamental, mas desta vez para uma recuperação relativamente inesperada para quem dominara os primeiros 45 minutos e tivera a bola por quase 70% do tempo. É que, aos seis minutos, um chutão de Buffon encontrou Mario Balotelli na intermediária, de costas para o gol. O milanista teve categoria para dominar e, por cima de seu próprio corpo, dar um passe sensacional para Giaccherini, livre na direita da área. O chute cruzado foi indefensável para Júlio César e, imediatamente, despertou os gritos de “Brasil, Brasil” por parte dos quase 50 mil torcedores.

Pois quem atendeu, como tem sido praxe, foi Neymar. Desta vez, de uma forma (ainda) pouco usual: de falta. Apenas quatro minutos depois do empate, ele sofreu falta na beira da grande área e tratou de batê-la com perfeição, enganando Buffon ao mirar no próprio canto em que o goleiro italianos se colocava. 

Parecia que tudo estava decidido aos 21, quando um lançamento de Marcelo, perfeito, encontrou Fred quase na marca do pênalti. O artilheiro do Fluminense dominou uma bola dificílima, aguentou o tranco de Giorgio Chiellini e, de canhota, bateu forte e sem chances. Era mais uma vantagem que duraria pouco. Cinco minutos, exatamente, até que Chiellini aproveitasse um lance confuso na área para bater rasteiro, da entrada da pequena área e marcar o 3 a 2 que transformaria os últimos minutos do jogo em outra pressão, mas agora da Azzurra – com direito a uma cabeçada na trave de Maggio, aos 35.

Na medida em que a pressão não funcionou, o Brasil se aproveitou de novo. Marcelo, excelente no apoio ao ataque, acertou chute colocado da entrada da área que obrigou defesa difícil de Buffon. Fred, como sempre, estava atento e bem colocado para o rebote. Fim de primeira fase para a Seleção de uma maneira que até os otimistas se surpreendem: três vitórias, nove gols e bom futebol.

Um comentário:

Weslei Rocha disse...

Resultado no mínimo estranho. Dois gols impedidos, falta inexistente em Neymar, não marcar o penalty e não expulsar o Luís Gustavo com segundo cartão amarelo. Desse jeito a Espanha que se cuide!