terça-feira, 7 de maio de 2013

Orçamento do Maracanã Previa Gastos de 1 Bilhão 120 Milhões. Vão Gastar Mais R$ 546 Milhões


Na última segunda-feira, o Governo do Estado do Rio de Janeiro divulgou a assinatura um aditivo de quase R$ 200 milhões no contrato de reforma do estádio do Maracanã. O documento eleva para R$ 1,049 bilhão o orçamento da empreitada, que está sendo realizada pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez e paga pelo contribuinte fluminense. Juntando esse valor com o custo das obras intramuros em execução, com o contrato de gerenciamento da reforma e com as correções monetárias já pagas às construtoras, o custo da reforma do Maracanã chega a R$ 1,12 bilhão. 
Este não é, porém, o custo total da reforma do complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. Até o início do Mundial, obras e aquisições no estádio e no entorno ainda consumirão, pelo menos, mais R$ 546, 2 milhões. Há muito que fazer para que o estádio possa receber torcedores e turistas. Calçadas, obras de drenagem e até as novas bilheterias da arena ainda não estão prontas. 
O Estado do Rio de Janeiro, que banca a reconstrução do Maracanã, ainda gastará R$ 174 milhões na construção de uma passarela de acesso à arena e em reformas na estação de trem e metrô Maracanã, ao lado do estádio. As obras só estarão prontas em 2014, a tempo para a Copa do Mundo (em junho daquele ano), de acordo com a previsão atual do governo fluminense, que afirma que, dessa vez, não vai atrasar.
Já a prefeitura do Rio terá de gastar R$ 260 milhões no entorno do Maracanã. Disso, R$ 151 milhões vão para obras de desvio do rio Joana para combate a enchentes no estádio, que alagou neste ano com as chuvas de verão. Outros R$ 109 milhões vão para a reconstrução das calçadas na área do estádio e para a obra de uma passarela que ligará o Maracanã ao parque da Quinta da Boa Vista.
As calçadas e as obras no rio ficam prontas ainda neste, tomando como verdade as previsões da prefeitura carioca. Já a passarela, só para a Copa de 2014.
O restante das obras de preparação do Complexo do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 ficarão a cargo da futura concessionária do espaço. Quem vencer a licitação do Maracanã, assumirá a responsabilidade de tocar alguns projetos no local –parte deles, segundo o governo do Rio, deverão ser concluídos para o Mundial.

O QUE FALTA NA PREPARAÇÃO DO MARACANÃ PARA A COPA DO MUNDO

ObraResponsávelPrazoValor
Urbanização do entornoPrefeituraMaio/2013R$ 109 milhões
Passarela para a QuintaPrefeituraMarço/2014Incluído no projeto da urbanização do entorno
Desvio do Rio JoanaPrefeituraMaio/2013R$ 151 milhões
Demolições da privatizaçãoConcessionáriaJunho/2014R$ 103 milhões
Recuperação do antigo Museu do ÍndioConcessionáriaJunho/2014R$ 9,6 milhões
Modernização da estação de metrô e tremGoverno do EstadoMaio/2014R$ 174 milhões
  TotalR$ 546,2 milhões
As demolições de estruturas esportivas, da Escola Municipal Friedenreich e do prédio do Ministério da Agricultura são parte do plano de evacuação do Maracanã para a Copa do Mundo, de acordo com o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner.
O estudo de viabilidade da privatização do Maracanã prevê que essas obras custem R$ 103 milhões. Para a Copa, a concessionária do Maracanã também terá de restaurar o prédio do antigo Museu do Índio. Esse projeto deverá custar outros R$ 9,6 milhões.

CONFIRA O CUSTO DA REFORMA ATÉ AGORA DO MARACANÃ PARA A COPA

ItemDataValor
Reforma principal do estádio após dez aditivosmaio/2014R$ 1,049 bilhão
Correção monetária do contrato (apostilamento)maio/2012R$ 7,5 milhões
Correção monetária do contrato (apostilamento)agosto/2012R$ 29,9 milhões
Gerenciamento da obrafevereiro/2011R$ 23,5 milhões
Catracas, bilheterias e urbanização intramurosjaneiro/2014R$ 17,8 milhões
 TotalR$ 1,127 bilhões

2 comentários:

franciscoludgero disse...

E hoje a mídia divulgou que o Governo Federal terá que gastar mais 1 bilhão de reais nas reformas dos aeroportos.

franciscoludgero disse...

SOU CONTRA A PEC 37.
Associações de policiais manifestam apoio ao MP contra PEC 37

Fenapef e Sindipol afirmaram ser contra só a polícia apurar crimes.
Para presidente da ANPR, PEC favorece que polícias virem 'uma Gestapo'.





Mariana Oliveira Do G1, em Brasília












57 comentários







O que é a PEC 37?



É a proposta de emenda à Constituição que limita atuação do Ministério Público e atribui às polícias a exclusividade das investigações criminais.


A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e o Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF) afirmaram nesta segunda-feira (24) que são contra a proposta que limita a atuação do Ministério Público em investigações criminais.

A Proposta de Emenda à Constiuição (PEC) 37 confere às polícias a exclusividade nas investigações criminais. O texto opõe integrantes do Ministério Público e grupos ligados às polícias. Os primeiros são contra retirar o poder de investigação de promotores e procuradores. Alguns grupos de policiais consideram que a Constituição delega às polícias a prerrogativa de atuar em casos relacionados a crimes.

Nos protestos dos últimos dias nas cidades do país, uma das reivindicações dos manifestantes era que a PEC não fosse aprovada.

saiba maisGrupo se reúne em Brasília contra a PEC 37, que limita atuação do MP

Em evento na sede da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), o presidente da Fenapef, Jones Borges Leal, disse que 99% da categoria rejeitou a PEC em uma enquete realizada. Para ele, os delegados apoiam a proposta por um interesse "corporativo".

"Qual a autonomia de um delegado de investigar um prefeito se que quem indicou ele foi exatamente um prefeito? A sociedade só perde com a aprovação dessa PEC. Seria um absurdo. [...] Eu até gostaria muito que essa PEC fosse votada depois de amanhã. Dificilmente os congressistas votariam neste momento a favor desta aberração."

O vice-presidente do Sindipol, Flávio Werneck, disse que os policiais são contra a PEC 37 por ser "pleito extremamente corporativista dos delegados".

"Temos índices pífios de persecução criminal. Nosso índice é de 9% de efetividade. Seu eu cometer um crime, tenho 91% de chance de eu não pagar por esse crime no Brasil. Essa PEC vem destruir qualquer possibilidade de melhoria na persecução criminal no país", disse, se referindo à baixa possibilidade de punição.

Para Wernerck, deixar só polícia civil e federal investigar "é muito ruim para qualquer país que busca a democracia plena".

O presidente da ANPR, Alexandre Camanho, disse que a PEC poderia transformar as corporações em polícia política. Ele comparou com a polícia do governo nazista, a Gestapo.

"Ficaríamos inteiramente na mão dos governadores e na alternância do poder. Os que poderiam ser investigados em um mandato deixariam de ser no outro, e basta fazer círculo de oposição e situação. Uma coisa é ter polícia de Estado a serviço da população. Outra coisa é exatamente o que PEC quer favorecer, é policia de governo, praticamente uma Gestapo", disse Camanho.

Para Camanho, a PEC seria um "incentivo à impunidade". "O ruim da PEC é que ela dá atribuição da investigação criminal exclusivamente às polícias. Nenhuma outra instituição que tem esse encargo de investigar infrações e crimes poderia continuar a fazer isso. Evidentemente isso redundaria em grande prejuízo à população e seria um incentivo à impunidade e à criminalidade."

Ele afirmou que o Congresso deveria votar e rejeitar a proposta. "Agora que o povo veio às ruas e mostrou que o país é do povo e da sociedade e que instituições tem que estar sintonizadas com o clamor. Agora é o momento adequado para o Congresso Nacional provar que está em sintonia com a sociedade e rejeitar a PEC 37."