quinta-feira, 16 de maio de 2013

Governador de Goiás Marconi Perillo Levou 20 Mil Pessoas a Brasília Para Participar de Protesto Contra Unificação de ICMS


A união do Governo de Goiás, dos empresários e trabalhadores goianos contra a aprovação do PRS-1, que altera alíquotas do ICMS, mostrou-se fortalecida na manhã de hoje em Brasília. Cerca de 20 mil pessoas aquiesceram ao convite do governador Marconi Perillo e lotaram a frente do Congresso Nacional, naquilo que foi batizado de “Marcha Pacífica em Favor de Goiás”.
Pelo menos 160 prefeitos, cerca de 250 vereadores, lideranças sindicais, patronais, deputados estaduais e federais e os três senadores goianos estiveram na concentração, marcada por pronunciamentos de parlamentares e representantes das classes trabalhadora e empresarial defendendo a manutenção da cobrança do ICMS nas transações interestaduais.
A marcha foi encerrada com caminhada que passou em frente ao Superior Tribunal de Justiça e do Palácio do Planalto. Em seguida, parte dos integrantes acompanharam o governador Marconi Perillo nas audiências com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o vice-presidente da Câmara Federal, André Vargas. “Recebemos dos dirigentes do Senado e da Câmara o apoio de que necessitamos para, pelo menos, ganhar mais tempo na busca de sensibilizarmos o Brasil e o governo Federal dos males que poderão ser causados por esta reforma, antes que o projeto e a emenda sejam votadas”, declarou Marconi.
Aos dois presidentes, o governador entregou a carta de nove governadores das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste que se manifestam contrários à aprovação do PRS-1 e da medida provisória que tramita no Senado.
O suprapartidarismo da marcha ficou evidenciado no revezamento dos discursos. A defesa do crescimento econômico e dos empregos em Goiás foi a tônica dos pronunciamentos. O presidente da Associação Comercial e Industrial de Anápolis – ACIA – Luiz Medeiros, disse que a cidade é um exemplo claro de que o incentivo fiscal é essencial ao desenvolvimento indústria. “O Daia se tornou no mais importante pólo industrial da região Centro-Oeste porque criou mecanismos de atração de indústrias”.
Vice-prefeito de Catalão e presidente da Força Sindical, o popular Rodrigão alertou para o risco de Goiás perder 400 mil empregos com a reforma tributária do ICMS. Cleudes Baré, presidente da AGM, disse que os prefeitos, mais uma vez, terão de pagar a conta: “Vamos ter desemprego e perderemos qualquer possibilidade de atrair investimentos”.
No entender do presidente da Adial-GO, Cesar Helou, “as indústrias precisam estar em todos os Estados. Essa unificação só é boa para os grandes”. Pedro Alves, presidente da Fieg, salientou que a industrialização é o mecanismo mais eficiente que Goiás tem para evitar o êxodo de trabalhadores.
José Mario Schreiner, presidente da Faeg, disse que “é justo que Goiás lute para manter o seu desenvolvimento”. A presidente da Acieg, Helenir Queiroz, considerou a marcha, “uma manifestação para garantir a Bolsa Universitária, o emprego, os programas sociais. Para ela, a reforma vai sufocar o poder público e as empresas.
O governador Marconi Perillo agradeceu a presença dos prefeitos. Disse que eles entenderam que, mesmo os municípios onde não há indústrias, terão grandes prejuízos. “Com esse PRS, Goiás poderá perder R$ 2,5 bilhões de ICMS por ano. Isso vai significar que os municípios vão perder também até 50% da sua arrecadação de ICMS”.
O governador alertou que essa quebra da arrecadação do ICMS “significaria  fechar as portas dos municípios”. Segundo ele, “se o governo de Goiás perder R$ 2,5 bilhões de arrecadação, pode fechar as portas. Não vai dar conta de pagar professores, médicos, a polícia e muito menos fazer obras e novos investimentos”.
Marconi falou ainda do desemprego que poderá surgir com as mudanças propostas pelo Governo Federal. “As fábricas podem fechar suas portas da noite para o dia. Se a grande indústria não tiver condições de competir, de vender os seus produtos e ter o seu lucro, ela simplesmente larga todo investimento feito, vai embora e os funcionários perdem seus empregos. Isso pode acontecer com todas as grandes e médias indústrias do nosso Estado”.
E enfatizou no discurso: “Goiás não conseguiu nada de graça. Nós tivemos uma forte atuação no exterior e no Brasil para atrair as maiores indústrias da nossa história. No ano passado tivemos o maior crescimento do PIB em todo o Brasil; o segundo maior crescimento industrial do Brasil. Ficamos entre os primeiros colocados na geração de empregos no Brasil e tivemos um dos maiores desempenhos nas exportações. Isso se deve aos empresários, aos trabalhadores e ao governo que fomenta esse desenvolvimento.”
“Nós – salientou Marconi - conseguimos o desenvolvimento de Goiás, unidos. Empresários, trabalhadores, governos, parlamentares, prefeitos. Não podemos deixar que isso acabe da noite para o dia. Do mesmo jeito que Manaus defende a Zona Franca, nós temos que, acima de qualquer interesse pessoal, político, partidário, de trabalhadores ou de empresários, de nos unirmos. Temos que esquecer as nossas diferenças políticas em favor de Goiás, do nosso desenvolvimento e da prosperidade dos goianos”.
Participaram da marcha ocorrida hoje em Brasilia a Força Sindical, Adial Brasil, Fecomércio-GO, FTIEG-DF/TO, Facieg, CGTB, Aciegm, Adial, FCDL-GO, UGT, Fieg, Faeg, Fórum empresarial, AJE, Acieg-Jovem e ACIA. Foram registradas ainda as presenças de toda a bancada de senadores e a maioria da bancada de deputados federais de Goiás, vários deputados estaduais e secretários do Governo.




Um comentário:

Creio na justiça disse...

Na minha opinião, isso é coisa para aparecer e esconder o verdadeiro problema.
O que atrai empresas é infraestrutura, estradas, ferrovias, aeroporto, mão de obra.
Essa forma humilhante de oferecer tudo a essas empresas como isenção/redução fiscal entre outras benécias não funcionam. Esse pessoal vem/instalam/usufruem, e ao menor desconforto fecham e vão embora até para outro pais, deixando para trás somente o lixo da exploração de quando aqui estavam.
É visível que as coisas não andam muito boas aqui em Goiás(Aproveitando espaço: na prefeitura Goiânia também tenho a mesma opinião, tá devagar demais), e olha que o Marconi está a muito tempo no poder e quando não estava o seu vice estava. Portanto na minha simples visão humilde de eleitor, acho que o Marconi poderia ter dado muito mais ao estado. Claro que ele fez coisas boas, mas ao meu ver foi pouco.
Reafirmo, não sou político nem cabo eleitoral de qualquer partido, apenas um simples eleitor que quer o melhor para Goiás e Goiânia.