sexta-feira, 10 de maio de 2013

17 Polícias Militares de Goiás São Presos Suspeitos de Tráfico de Drogas, Homicídios, Roubo e Formação de grupo de Extermínio


A Polícia Civil (PC) prendeu na manhã de ontem, no município goiano de Goianira, 18 policiais militares. Entre eles, 17 estão na ativa da corporação e um está inativo, além do tenente Sebastião Kennedy Cardoso que já foi comandante do Batalhão Policial da cidade. Eles são suspeitos de vários crimes como tráfico de drogas, homicídios, ocultação de cadáveres, latrocínio, roubo a veículos, prevaricação e até formação de grupo de extermínio. Os indiciados se encontram detidos no Batalhão da Polícia Militar de Goiânia e as detenções são validas por 30 dias, prazo para conclusão das investigações pela PC. A ação que resultou nas prisões faz parte da Operação Resgate, que integra ao projeto chamado Operação PC 27.


A Operação Resgate é uma investigação da PC goiana, e executada em parceria com a Polícia Militar (PM). Buscando dar cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão do Poder Judiciário. A operação é conduzida sobe o acompanhamento do Ministério Público de Goiás e que resultou na prisão de policiais militares e afastamento disciplinar, além de apuração convencional na delegacia da cidade de Goianira.


Segundo o secretário Joaquim Mesquita, da Secretária de Segurança Pública (SSP), a operação inicia-se através de depoimentos, testemunhas e réus colaboradores que aponta para suspeição da participação de policiais, no cometimento de crimes diversos praticados em Goianira. “São crimes de tráficos de drogas, extorsões, homicídios e furto de veículos e ouros que estão sendo apurados pelo inquérito da policial”, afirma. Ele ressalta ainda que as prisões são temporárias para fins de investigação. “As prisões são pelo prazo máximo de 30 dias para que as apurações possam ser aceleradas e facilitadas, a partir dos interrogatórios e da análise dos materiais apreendidos durante as buscas”, explica o secretário.


Extermínio


O diretor-geral da Polícia Civil, delegado João Carlos Gorski descarta a possibilidade de existir grupo de extermínio em Goianira, e acredita que os delitos praticados na cidade se tratam de ações isoladas. “O grupo de extermínio tem característica especifica que não é o caso ocorrido no município”, afirma. Ainda de acordo com o delegado Gorski, a polícia vinha investigando e monitorando as práticas dos militares já há alguns anos.


De acordo com Silvo Benedito, comandante geral da Polícia Militar de Goiás, em Goianira há um pelotão de 30 policiais militares que fazem a segurança do município e lamenta a situação, embora não seja definitiva a prisão dos inquiridos. “Infelizmente os 17 policiais que fazem parte da corporação são alvos de investigações e suspeitos de crimes. Eles já foram encaminhados de imediato para o batalhão da PM e vão ficar presos até a Justiça decidir” afirma.


O comandante ainda destaca que os cumprimentos dos mandatos de busca e apreensão foram realizados pela corregedoria da PM, através do Coronel Camargo e o chefe do serviço de inteligência Coronel Faria apoiados pelos delegados da Polícia Civil.


Policias presos


Durante a operação conjunta da Polícia Civil e Militar, também foram presos o cabo Estanislau Divino dos Santos, que estava trabalhando no pelotão da PM em Goianira e o sargento Daniel Lourenço dos Santos que chegava para trabalhar. A polícia ainda vasculhou os armários pessoais dos militares suspeitos, e os peritos fizeram buscas em alguns carros em frente à delegacia. Os policiais conseguiram apreender 14 armas e objetos dos policiais.

O comandante da PM disse não estar constrangido com as atitudes dos policiais militares, mas decepcionado com o suposto envolvimento deles em crimes. “Esperamos o que de policiais militares? Que sejam honestos, defensores da sociedade e não marginais”, declarou.

Para o secretario Joaquim Mesquita, as prisões representa para SSP uma ação firme, enérgica, coordenada e conjunta entre as policias militar e civil, com demonstrações claras de que as instituições que trabalham em prol da sociedade. “Os trabalhos conjuntos das polícias mostram que sendo necessário têm a capacidade e a competência de corta na própria carne. Os procedimentos serão ainda concluídos dentro do prazo legal, além de resguardarmos para os envolvidos direitos do contraditório e a ampla defesa”, explica.

O comandante Silvo Benedito questionado sobre o destino dos policias suspeitos de envolvimentos com o crime. Ele diz que vai depender da decisão judicial, mas salienta que na esfera administrativa vai ser instaurado um conselho disciplinar para verificar a conduta dos inquiridos. “Eles podem ter infringido os quesitos da classe, conduta e do pudor, além de serem expulsos da corporação após a decisão judicial”, explica. Ele afirma ainda que não foi pego de surpresa com o desencadeamento da Operação Resgate. “A operação foi em conjunto e estive informado sobre tudo que acontecia através do secretário da SSP e o delegado geral da PC”, diz.

Omissão

De acordo com Gorski existem há informações de que o delegado de Goianira não apurava os fatos criminosos que acontecia no município como homicídios, roubos e trafico de drogas. Neste contexto, a Polícia Civil já está investigando uma suposta omissão do delegado da cidade na apuração dos delitos cometidos também por militares. “Inúmeros crimes foram cometidos e nós não vimos o resultado efetivo para a admissão desses crimes e para interromper a sequência de mortes. Então, entendemos que era necessária uma correção na delegacia desse município. Afastamos além do delegado um escrivão”, afirma o diretor geral da PC.

Os crimes praticados pelos militares estão sendo apurados pela Polícia Civil. O secretário da SSP informou que já foram tomadas providências para a reposição do efetivo da Polícia Militar em Goianira e para o funcionamento da delegacia na cidade.

A Operação Resgate desarticulou uma quadrilha suspeita de tráfico de entorpecentes, comércio ilegal de armas de fogo, extorsão, homicídios e outros crimes contra o patrimônio. De acordo com a PC, outras operações estão sendo realizadas em segredo e que ainda não podem ser reveladas para não atrapalhar as investigações. 


Quase metade do efetivo policial da cidade: criminoso

Da redação

Uma cidade com cerca de 40 policiais e quase metade deles corrompidos, envolvidos com o mundo crime. Isso era o que ocorria em Goianira, município da região metropolitana de Goiânia, a cerca de 32 quilômetros da Capital. Ontem 17 deles foram presos (confira os nomes e fotos dos suspeitos abaixo). Eles se utilizavam da farda da PM não para oferecer segurança à população e sim para impor o medo a quem os atrapalhasse e para facilitar seus negócios escusos ou esconder seus crimes, como homicídio, tráfico de drogas e roubo de veículos.

Os militares detidos estão no Presídio Militar da Polícia Militar em Goiânia, por onde vão permanecer por pelo menos 30 dias, conforme mandado de prisão, expedido pela Justiça. Entre os crimes que os presos são acusados estão: extorsão, sequestro, homicídios, tráfico de drogas, ocultação de cadáver, participação em grupo de extermínio, formação de quadrilha, prevaricação e roubo de veículos.

Além dos policias presos, o delegado de polícia Ralph de Melo Gonzaga e o escrivão Áureo Nunes Tapajós, foram afastados da delegacia de Goianira, que está sob correição da Polícia Civil que vai verificar se ouve atraso ou omissão deles na investigação dos crimes na cidade. Os dois inclusive foram homenageados recentemente pela Assembléia Legislativa com a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, trabalho que ele e sua equipe de Policiais Civis realiza em Goianira em prol da segurança pública.

Diário da Manhã

3 comentários:

FÉ PARA VENCER disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FÉ PARA VENCER disse...

"...Os dois inclusive foram homenageados recentemente pela Assembléia Legislativa com a Medalha do Mérito Legislativo..." Só podia ser mesmo esses energúmenos, otários, filhos da pqp, vão para o inferno malditos.

Paulo disse...

Já dizia a música do Capital:
Cuidado pessoal lá vem vindo a veraneio
Toda pintada de preto branco e cinza e vermelho
Com números do lado e dentro 2 ou 3 tarados
Assassinos armados uniformizados