quarta-feira, 20 de março de 2013

Morte na Rádio, Parte 2: O Futebol na Investigação de um Assassinato



Na segunda reportagem sobre a morte de Valério Luiz, veja como a polícia chegou a cinco suspeitos do crime, incluindo um ex-dirigente do Atlético-GO 
Na segunda reportagem sobre a morte de Valério Luiz, veja como a polícia chegou a cinco suspeitos do crime, incluindo um ex-dirigente do Atlético-GO





Soa estranho - como se algo estivesse fora do lugar. No dia 30 de agosto de 2012, o presidente de um clube de futebol teve que ir a uma delegacia de polícia para responder se acreditava que a instituição tinha envolvimento com a execução, com seis tiros à queima-roupa, de um homem. 
- Peço a Deus que não tenha - respondeu Valdivino José de Oliveira, presidente do Atlético-GO, naquela tarde de inverno em Goiânia.
É o que consta na página 140 do inquérito policial que tratou do assassinato, em 5 de julho do mesmo ano, do jornalista esportivo Valério Luiz. Valdivino foi apenas mais um dirigente do Atlético-GO ouvido pela polícia. Nenhum indício de participação no crime respingou nele. O clube, como instituição, não foi responsabilizado. Mas a diretoria não passou incólume pela investigação. Passados quase nove meses do crime, Maurício Sampaio, ex-vice-presidente do Dragão, está preso - ele tinha deixado o cargo menos de um mês antes do crime. A Polícia Civil concluiu que o ex-cartola mandou matar o radialista na porta da emissora onde ele trabalhava, como vingança às críticas de Valério ao clube - e ao próprio Sampaio. Ele nega.
Na segunda reportagem sobre o assassinato de Valério Luiz, conheça detalhes da investigação, saiba como se relacionavam os cinco acusados do crime e acompanhe o caminho da polícia até o indiciamento dos suspeitos. Observe também os argumentos da defesa do ex-dirigente, que promete desmontar o inquérito da polícia e confia na absolvição de seu cliente.
'Quando ele viu, estava dentro de um camburão'
Perícia, Valério Luiz (Foto: Gabriela Lima / G1)
Jornalista foi morto na porta da rádio em que
trabalhava, com seis tiros(Foto: Gabriela Lima / G1)
Adriana Ribeiro de Barros gostava de ver filmes policiais quando criança. Também tinha um tio que era tira. Aí não teve jeito: quando resolveu estudar Direito, acabou rumando para a área penal. Virou delegada. Tem 41 anos, mas aparenta estar nas primeiras casas dos 30. Veste roupas leves - calça jeans, blusa amarela com imagens de cavalos. Ao falar, gesticula com os olhos - castanhos, da mesma cor dos cabelos. Tem voz leve e um tom quase juvenil. Solta repetidos "uais". Mas é firme ao falar da investigação que colocou um dos homens mais poderosos de Goiânia atrás das grades.
- Acho que o Maurício tinha a informação de que a gente nunca conseguiria chegar nele. Quando ele viu, estava dentro de um camburão.
Colocar Maurício Sampaio dentro de um camburão deu notoriedade a Adriana Ribeiro. Quando recebeu a reportagem para falar sobre o assassinato de Valério Luiz, ela teve que interromper a entrevista para deixar uma mensagem sobre o Dia Internacional da Mulher em uma rádio local. Naquela manhã, mal sabia lidar com a fechadura de sua sala no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Era seu segundo dia lá. Tinha acabado de ser promovida para aquela delegacia - nível top na hierarquia policial.
Familiares e amigos de Valério Luiz elogiam o trabalho de Adriana, embora ressalvem a desconfiança de que mais pessoas poderiam ter sido apontadas como participantes do crime. Já a defesa de Maurício Sampaio critica a delegada - um dos argumentos é de que ela quis aparecer, usando a imagem do ex-dirigente para isso. Ela prefere dizer que fez o máximo possível dentro das exigências mínimas para o indiciamento de uma pessoa.
valerio luiz jornalista assassinado (Foto: Arquivo Pessoal)Valério Luiz tinha 49 anos quando foi assassinado em Goiânia (Foto: Arquivo Pessoal)
A busca pelos responsáveis pelo assassinato de Valério Luiz começou ainda no dia em que o jornalista foi morto. Adriana foi até a cena do crime, observou o ambiente, falou com algumas pessoas, tirou as primeiras impressões. E recebeu repetidas sugestões de que aquele crime poderia estar ligado às críticas que o jornalista fazia aos clubes, especialmente ao Atlético-GO, time do coração dele.
A partir daí, a investigação foi ligando pontos, conectando pessoas, estabelecendo a relação entre testemunhos e provas técnicas. A polícia desmanchou um nó para chegar às cinco linhas que, segundo ela, explicam o crime. O inquérito aponta que Maurício Sampaio contou com a ajuda de três homens de sua confiança para assassinar Valério Luiz: os policiais militares Ademá Figueredo e Djalma da Silva, que trabalharam como segurança para ele em dias de jogos, e o motorista Urbano de Carvalho Malta, que morava em um terreno de propriedade do ex-dirigente, muito perto do local do crime. Figueredo é acusado de ser o autor dos disparos. O trio, diz a investigação policial, teve o auxílio de um açougueiro, Marcus Vinícius Pereira Xavier. Ele é a única pessoa a confessar participação na execução.
Os depoimentos
Ler as 500 páginas do inquérito policial sobre o assassinato de Valério Luiz ajuda a perceber a linha seguida pela investigação. Pouco a pouco, ocorre um encaixe de peças que, para a delegada Adriana Ribeiro, foi suficiente para indiciar cinco pessoas pelo crime. A polícia chegou aos suspeitos por meio de três elementos básicos: testemunhos, provas técnicas (especialmente o cruzamento de telefonemas) e denúncias anônimas.
O trabalho começou no dia do crime, em conversas preliminares, especialmente com familiares. Um preâmbulo ao boletim de ocorrência número 304/2012, ainda em 5 de julho, observa que Valério Luiz estava proibido de entrar no Atlético-GO - uma consequência das costumeiras críticas que ele fazia ao clube. Ou seja: desde os primeiros instantes, a relação com o futebol foi levada em conta pela polícia.
Meu amigo, você pode olhar em filme de aventura: quando o barco está enchendo de água, os ratos são os primeiros a pular fora"
Valério Luiz, em 17 de junho de 2012
No dia seguinte, começaram a ser colhidos os depoimentos. Pessoas que testemunharam o crime detalharam o que conseguiram observar do atirador - tom de pele, estatura, roupas, cor do capacete. Familiares e colegas já foram chamados a conversar com a polícia. Lorena, esposa de Valério, foi a primeira pessoa íntima da vítima a passar suas impressões na delegacia. E ela logo citou Maurício Sampaio.
A viúva do jornalista abriu o leque da relação de Valério com o Atlético-GO. Disse que ele criticava muito o clube. E citou um comentário dele, na PUC TV, que depois seria muito repetido ao longo da investigação. Em 17 de junho, quando já pipocava a informação de que Maurício Sampaio deixaria a diretoria do Dragão, o jornalista afirmou o seguinte: "Meu amigo, você pode olhar em filme de aventura: quando o barco está enchendo de água, os ratos são os primeiros a pular fora". Dois dias depois, ele e as duas emissores nas quais trabalhava seriam proibidos de entrar no clube.
Colegas e demais familiares, com uma ou outra mudança, um ou outro detalhe a mais ou a menos, referendaram o que disse Lorena: que a relação de Valério com o Atlético-GO estava desgastada, que a diretoria não gostava das críticas dele, que o clube havia levado um comentário dele à Justiça (sobre o suposto uso de drogas por atletas no CT). Crescia a suspeita, mas faltavam elementos, indícios mais firmes. Por via das dúvidas, dirigentes do Dragão foram chamados a depor.
Maurício Sampaio, Atlético-GO, Valério Luiz (Foto: Sebastião Nogueira/O Popular)
Maurício Sampaio, ex-vice-presidente do Atlético
(Foto: Sebastião Nogueira/O Popular)
O primeiro convocado foi justamente Maurício Sampaio. O mandado de intimação foi expedido em 21 de agosto. Ele teria que comparecer à delegacia no dia 24. E lá esteve. Abaixo estão alguns dos esclarecimentos dele, conforme o inquérito (o texto é da reportagem):
1) Que soube da morte de Valério Luiz quando estava em seu cartório, por meio de Urbano, homem que mora em um terreno de sua propriedade, próximo ao local do crime.
2) Que nada sabia de importante para o esclarecimento do assassinato.
3) Que jamais registrou qualquer procedimento judicial contra a vítima, mas que tinha conhecimento de o Atlético tê-lo feito, e que inclusive foi o preposto do clube na audiência.
4) Que só soube dias depois do comentário de Valério sobre os ratos abandonarem o barco e que não se sentiu ofendido, pois já tinha deixado o clube.
5) Que já estava desligado do clube quando assinou a carta que proibia Valério Luiz de entrar no Atlético-GO e que sequer leu seu conteúdo, já que estava sem óculos, em um bar, e apenas acatou o pedido do diretor de futebol Adson Batista.
6) Que se desligou do Atlético-GO especialmente por o clube não lhe pagar um empréstimo que ele contraíra para ajudar a instituição.
7) Que é proprietário da rádio 730 e que pediu a um de seus empregados, chamado Charlie Pereira, para escolher se trabalharia em sua emissora ou na PUC TV, junto com Valério, já que entendeu não ser correto o profissional participar de um programa onde Sampaio era atacado.
8) Que não tem segurança particular, mas que era acompanhado, em dias de jogos, pelos PMs Djalma da Silva e Ademá Figueredo.


9) Que nada sabia sobre a autoria ou a motivação do assassinato de Valério Luiz.

Quando Maurício Sampaio depôs, outro ex-dirigente do Atlético-GO estava sob observação da investigação: Wellington Urzêda, tenente-coronel da Polícia Militar goiana e diretor de relações públicas do Dragão até cerca de um mês antes da morte de Valério.
Ele deixou o clube junto com Maurício Sampaio, em apoio a ele. No dia 19 de junho, enviou uma carta ao presidente do Atlético-GO. Nela, escreveu: "Saio em solidariedade ao Dr. Maurício Sampaio, que renunciou à função de vice-presidente do ACG, homem de personalidade forte, leal, amigo, de conduta ilibada e que fará sem dúvida alguma muita falta ao meu Atlético, o Dragão".
O nome de Urzêda foi à tona graças a uma carta anônima. O texto, enviado para autoridades e imprensa, acusava o tenente-coronel de ser o responsável pelo assassinato de Valério Luiz. A mensagem ainda dizia que o executor do jornalista foi o cabo Ademá Figueredo, o mesmo que acompanhava, junto com o sargento Djalma da Silva, Maurício Sampaio em dias de jogos. A carta também acusava os dois PMs de participação em uma chacina que vitimou seis pessoas, incluindo uma criança de 4 anos.
Figueredo e Da Silva acabaram indiciados pela morte de Valério. O mesmo não aconteceu com Urzêda. Antes que a polícia começasse a investigá-lo, ele próprio enviou um ofício ao Ministério Público oferecendo seus dados bancários e telefônicos para análise. Ele foi intimado a depor. A delegada Adriana Ribeiro diz que não houve qualquer indício de relação dele com o crime.
Eu fui aviltado, vilipendiado em minha honra, em minha moral. Parece que as pessoas não confiam no Ministério Público, na Polícia Civil. Parece que tudo que eles fizeram não valeu a pena"
Tenente-coronel Wellington Urzêda
Mas Urzêda perdeu força dentro da polícia. Concorria ao posto de coronel, mas acabou em um escritório, com função administrativa. Ele não tem dúvidas de que a carta anônima partiu de algum rival de dentro do ambiente policial. E agora lida com incertezas do povo. Repetidas pessoas manifestaram ao GLOBOESPORTE.COM desconfiança com a ausência de Urzêda entre os acusados pelo crime. A reportagem o questionou sobre isso.
- Abri mão de todos meus sigilos para ser investigado. Fiz isso por não ter envolvimento nenhum, nem direta, nem indiretamente. Não participei de planejamento, não fiz. Tenho três pessoas da minha convivência acusadas de ter participado, e acho normal isso. Tenho 27 anos de serviços prestados e um círculo de amizades grande. Sou bem conhecido. Vi que algumas pessoas se decepcionaram por eu não estar (na denúncia). Eu fui aviltado, vilipendiado em minha honra, em minha moral. Fico magoado. Parece que as pessoas não confiam no Ministério Público, na Polícia Civil. Parece que tudo que eles fizeram não valeu a pena - disse Urzêda, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.
O presidente do Atlético-GO, Valdivino José de Oliveira, e o diretor de futebol do clube, Adson Batista, também depuseram, a pedido da polícia. Durante meses, o Dragão foi parar nas páginas policiais. Mesmo que apenas uma pessoa diretamente ligada ao clube tenha sido indiciada, e mesmo que ela estivesse fora da diretoria no dia do crime, o Atlético pagou um preço institucional com isso.
Ele me garantiu que não está envolvido, e não tenho porque duvidar dele"
Marco Antônio Caldas, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-GO, sobre Maurício Sampaio
A reportagem entrou em contato com Valdivino para que ele comentasse o caso, mas o mandatário preferiu não se manifestar. Designou o presidente do Conselho Deliberativo do Dragão, Marco Antônio Caldas, para tratar do assunto. Amigo pessoal de Maurício Sampaio, Caldas admite que o Atlético sofreu desgaste em todo o processo de investigação, mas entende que os benefícios legados pelo ex-dirigente ao clube foram recompensadores.
- Foi bom enquanto durou. Foi muito bom. O Maurício foi extremamente importante. Foi importante em conseguir patrocínios, foi importante na presença quase diária no clube. Era um incentivador dos atletas. Era uma pessoa de quem os atletas gostavam muito. Era um atleticano muito especial. O Atlético sentiu e está sentindo muito a saída dele - disse Marco Antônio Caldas.
O dirigente afirma não ter dúvidas de que seu amigo e ex-companheiro de clube é inocente.
- Ele não merece isso. Acho que é uma injustiça. Ele me garantiu que não está envolvido, e não tenho porque duvidar da palavra dele.
As relações entre os acusados
Maurício Sampaio é acusado de ser o mandante do assassinato. Para isso, diz a polícia, teve a ajuda de três pessoas de suas relações. E elas, por sua vez, teriam contado com o auxílio de um quinto elemento.
organogramavalerio (Foto: infoesporte)
Três dias depois do depoimento do ex-dirigente, a delegada Adriana Ribeiro ouviu Urbano de Carvalho Malta pela primeira vez. No dia seguinte, voltou a pedir esclarecimentos para ele. Urbano é motorista. Lida com caminhões. E mora em um terreno que pertence a Maurício, muito próximo à rádio - onde Valério Luiz foi executado. De acordo com a polícia, foi um dos organizadores do crime.
Urbano conhece os policiais militares Djalma da Silva e Ademá Figueredo. Foi Da Silva quem apresentou Urbano tanto a Maurício Sampaio quanto a Figueredo, pelo que mostram os depoimentos. E também apresentou Sampaio e Figueredo um ao outro.
Todos foram ouvidos pela polícia. Primeiro Urbano, depois Da Silva, depois Figueredo. Todos asseguram não ter qualquer envolvimento com o assassinato de Valério Luiz. Mas não é o que diz a última figura a aparecer na investigação: Marcus Vinícius Pereira Xavier, o Marquinhos, um açougueiro, única pessoa a confessar participação na morte do jornalista.
A polícia chegou a ele por meio de uma denúncia anônima. Em 1º de fevereiro, foi pedida sua prisão temporária - e também a de Urbano e Da Silva. Ele foi preso no mesmo dia. Horas depois, disse que foi o responsável por atirar em Valério Luiz, a pedido de Urbano e Da Silva. O açougueiro manifestou convicção de que seria morto se não aceitasse. E afirmou que receberia R$ 10 mil pelo crime.
O caso parecia solucionado. Mas Marquinhos, cinco dias depois, mudou seu depoimento. Desta vez, disse que não foi o executor de Valério. Afirmou que apenas cedeu moto, capacete e roupa, no dia da execução, por volta de 13h40m, para Ademá Figueredo. E manteve Urbano e Da Silva como participantes da organização do crime.
Antes disso, Figueredo tinha sido identificado por testemunhas como figura semelhante àquela vista por elas sobre a moto no dia do crime. À polícia, o cabo afirmou que estava na casa de Joel Datena, para quem prestava segurança particular, no dia e horário da morte de Valério. Seu patrão confirmou, mas depois esclareceu que esteve com Figueredo até pouco depois do almoço e que em seguida subiu a seu quarto para descansar, só voltando a vê-lo perto da metade da tarde. Joel Datena é filho do famoso apresentador de TV José Luís Datena. Ele tinha seguranças porque seu pai foi ameaçado de morte depois de fazer denúncias contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), em São Paulo. Era protegido por Figueredo há anos. Também teve Da Silva como segurança. E foi sócio de Maurício Sampaio na rádio 730.
- Isso foi um desgaste muito grande para minha família. Eles (Figueredo e Da Silva) cuidaram de meus filhos pequenos - lamenta Joel Datena.
A confissão de Marquinhos, os testemunhos, a ligação entre os suspeitos e a análise de evidências técnicas, especialmente cruzamentos de telefonemas entre os acusados, convenceram a polícia a indiciar Maurício Sampaio, Ademá Figueredo, Djalma da Silva, Urbano de Carvalho Malta e Marcus Vinícius Pereira Xavier como responsáveis pelo assassinato de Valério Luiz. Em 27 de fevereiro de 2013, o Ministério Público ofereceu denúncia por homicídio contra os cinco depois de os promotores Eni Lamounier, Maurício Gonçalves de Camargo e Paulo Pereira dos Santos analisarem o inquérito por sete horas.
A defesa
Até que se prove o contrário, nenhum dos cinco homens denunciados pelo Ministério Público é culpado. Eles devem ir a julgamento para responder pela acusação. Terão defesa. Lutarão pela absolvição.
O futuro de Maurício Sampaio está sob os cuidados de alguns dos melhores advogados de Goiânia. Um deles, Ney Moura Teles, recebeu a reportagem do GLOBOESPORTE.COM e listou uma série de pontos que considera equivocados na investigação. Ele se prepara para desconstruir o inquérito da delegada Adriana Ribeiro e, assim, livrar seu cliente da prisão.
O argumento básico de Teles é de que a polícia partiu do suspeito para depois chegar aos indícios, invertendo a ordem lógica da investigação. Ele não vê elementos suficientes para a prisão de Sampaio. Reclama que todo o processo foi influenciado pela família da vítima, especialmente seu pai, Mané de Oliveira, jornalista famoso na cidade.
O advogado sustenta que a investigação ignorou questões pessoais da vida de Valério. Diz, por exemplo, que a polícia deveria ter se detido mais em um caso de envolvimento com drogas na família da vítima.
- Se se chegar a isso, vai se verificar que a investigação é totalmente furada - diz ele.
No quadro abaixo, confira dez contestações de Ney Moura Teles ao trabalho da polícia.
Info_Argumentos-defesa (Foto: Infoesporte)
Como estão os suspeitos hoje
No dia da publicação desta reportagem, três dos cinco suspeitos estão presos: Maurício Sampaio, Figueredo e Marquinhos. Urbano e Da Silva estão em liberdade graças à conquista de habeas corpus - a família da vítima diz que se sente insegura com a soltura dos acusados.
O ex-dirigente do Atlético-GO foi solto em duas ocasiões, com habeas corpus ou liminar. E voltou à prisão pela terceira vez na última quinta-feira (veja no vídeo ao lado). Seus advogados vão recorrer para que ele responda às acusações em liberdade.
Globoesporte.com

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