quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Pistoleiro Muda Versão e Diz Que Segurança de Datena Foi Quem Matou Comentarista Esportivo

Marcos Vinícius Pereira Xavier, O "açougueiro do parque Amazônia" disse que participou do crime, mas que não foi ele que executou o cronista esportivo Valério Luiz.
Marcos Vinícius Pereira Xavier (Marquinhos), apontado com o executor do cronista esportivo Valério Luiz, voltou atrás  e mudou sua versão sobre sua participação no crime.

O suspeito afirma que não matou o jornalista. Ele disse que foi o Policial Militar, cabo Ademá Figueiredo, que está preso e é suspeito de participar de uma chacina em novembro de 2011 no Jardim Olímpico, em Aparecida de Goiânia, que executou Valério Luiz. 

Marquinhos disse que está contribuindo com a polícia e que não pode falar sobre o caso. “Estou colaborando 100% com as investigações. Eu já confirmei que participei do crime, mas não atirei no Valério Luiz”, disse.


A Delegada de homicídios, Adriana Ribeiro, durante entrevista coletiva disse que o Marquinhos participou do crime. Ela disse também que o suspeito recebeu a visita de vários advogados. “Ele recebeu a visita de cinco ou seis advogados que ele nem sabe o nome. A pressão para mudar a versão apresentada é grande”, disse a delegada.


O Quebra-Cabeça

Uma peça ainda não se encaixou neste quebra-cabeça do assassinato do comentarista Valério Luiz. O assassino confessou mas nunca convenceu a polícia da história porque as peças não se encaixam. Primeiro o simples fato dele estar vivo. As pessoas envolvidas no planejamento do assassinato tem pleno conhecimento do "Serviço limpo" termo usado para descrever o crime perfeito, onde geralmente um militar  é acionando para contratar um bandido para matar alguém.  Muitas vezes é simulando um assalto para não parecer execução. Depois que o bandido faz o "serviço" na hora de receber o dinheiro, geralmente ele é morto em uma suposta troca de tiros com PMs. Pronto, este é o serviço limpo. Quem matou, morre e nunca se chega ao mandante. O fato de Marcus Vinicius estar vivo 7 meses depois do crime, não encaixa com o procedimento "padrão" do crime organizado. Sabendo como se faz o serviço limpo, por que justamente no crime de maior repercussão eles iriam correr risco e fazer "serviço sujo"? Outra peça que não se encaixa é a habilidade do atirador. A perícia constatou que os tiros foram disparados por um exímio atirador e de muita frieza , que definitivamente não parece ser o perfil de Marcus Vinícius. Agora vem as perguntas: Por que assumiu que foi ele que matou? Recebeu dinheiro para isso? Por que voltou atrás? De qualquer forma,  Marcus Vinícius parece ser peça chave neste quebra cabeças. Parece ter muito a dizer e deve ser guardado a sete chaves pela policia. A polícia deve ter todo cuidado para que ele não cometer "suícidio" e para que não seja "morto" por outros presos, procedimentos geralmente adotados em "operação padrão.

O Cabo Ademá Figueiredo

O cabo Ademá Figueiredo apontado pelo "açougueiro" como o assassino de Valério Luiz, trabalhava também como segurança de Joel Datena, filho do apresentador José Luiz Datena. Na época do assassinato de Valério Luiz, Maurício Sampaio e Joel Datena eram sócio-proprietário  na rádio 730. Joel Datena confirmou que Figueiredo trabalhava como segurança para ele e que está pagando advogado para o acusado. 

Chacina do Jardim Olímpico

Foto: Oloares Ferreira

Figueiredo foi preso por ser suspeito de participar da chacina no Jardim Olímpico, em Aparecida Goiânia (GO), registrada em novembro de 2011. O crime resultou na morte de seis pessoas, sendo uma criança de apenas quatro anos. As vítimas foram executadas a tiros, principalmente na cabeça.
O cabo Ademá Figueiredo teria matado, com um tiro na nuca, a menina Isadora Monique, de 4 anos.




Carta Anônima Revela Nomes Com Acerto de 100% na Chacina
foto: Reprodução TV Anhaguera
Os nomes dos três suspeitos presos na operação "ISADORA" estavam em uma carta anônima enviada, em julho do ano passado, para o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás, (OAB-GO), ao então secretário de Segurança Pública, João Furtado, e à imprensa. Na carta, vários policiais militares são apontados como autores de homicídios em Goiânia e Região Metropolitana.
Outros homicídios também são relatados pelo autor, como o assassinato de Valério Luiz, filho do jornalista Mané de Oliveira. Segundo o autor, o cabo Figueiredo também seria o autor dos disparos que matou o cronista. Como o índice de acerto nas informações no caso Isadora foi de 100% e bom que a Polícia comece a dar um crédito maior nas informações contidas nesta carta em relação ao caso Valério Luiz. Nesta carta o autor faz referência a uma armação que visava plantar provas com uma pessoa e depois esta pessoa seria executada. 


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