sábado, 9 de fevereiro de 2013

Caso Valério Luiz: Joel Datena Presta Depoimento

O apresentador de televisão Joel Datena foi ouvido na noite de quinta-feira pela delegada Adriana Ribeiro de Barros, titular da Delegacia de Homicídios, no inquérito que apura a morte do cronista esportivo Valério Luiz de Oliveira. Essa foi a segunda vez que ele foi ouvido. O segurança dele, o sargento Ademá Figueiredo, é suspeito de ser o executor de Valério Luiz.No primeiro depoimento, prestado em setembro do ano passado, Joel Datena disse que o segurança havia chegado com ele por volta das 12 horas em casa, em um condomínio no Parque Amazônia, e saído por volta das 14h40. “Ele disse que o Figueiredo estava com ele nesse período de tempo”, contou Adriana.
Na época, o sargento Figueiredo apresentou imagens do circuito de segurança do condomínio que foram juntadas no inquérito, mostrando ele entrando com Joel Datena no condomínio e horas depois, saindo com o patrão. A perícia, contudo, comprovou que as imagens foram editadas, mostrando apenas o horário em que Figueiredo entrou e, posteriormente, quando saiu.
“O que aconteceu no intervalo de tempo não constava na filmagem do circuito de segurança, portanto, ele poderia ter saído e voltado várias vezes nesse período”, contestou a delegada.

Na quinta-feira, depois de apresentar seu programa na TV Goiânia/Band, Joel Datena prestou novo depoimento e contou que após almoçar com o segurança em casa, no dia 5 de julho do ano passado, subiu para o quarto, no andar superior do sobrado às 12h20 e deixou Figueiredo na cozinha. Só saiu de casa para o trabalho por volta das 14h40, com Figueiredo.
“Nesse depoimento, o apresentador disse que não sabe onde o segurança esteve nesse período de tempo, ou seja, o sargento Figueiredo que antes tinha um álibi, agora não o tem mais”, disse a delegada.
O sargento Ademá Figueiredo está preso no Presídio Militar suspeito de envolvimento em uma chacina em Aparecida de Goiânia em que seis pessoas foram executadas a tiros. Uma das vítimas tinha apenas 4 anos.
Ele foi apontado pelo açougueiro Marcus Vinícius Teixeira Xavier como o executor do cronista esportivo a quem teria auxiliado atendendo a ordem do sargento Djalma da Silva, contratado supostamente por Urbano Carvalho de Malta, que por sua vez estaria cumprindo ordem do tabelião e empresário Maurício Borges Sampaio, ex-vice-presidente do Atlético Clube Goianiense. Os quatro últimos estão presos temporariamente por 30 dias, conforme determinação da juíza Denise Gondim de Mendonça, substituta na 2ª Vara Criminal de Goiânia

Valério Luiz teria sido morto em represália às críticas que havia feito a dirigentes do Atlético em programas na Rádio 820 AM e na PUC TV, nos quais comparava os dirigentes do clube a ratos, que são os primeiros a abandonar o barco em caso de naufrágio.
O cronista foi executado a tiros na porta da Rádio 820 AM, às 14 horas do dia 5 de julho do ano passado. Além do sargento Figueiredo outro militar, cujo nome e patente não são divulgados pela Polícia Civil, pode estar envolvido no crime.

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