sábado, 10 de novembro de 2012

Sérgio Guedes: O Técnico Que Colocou o Sport Para Atacar

 Em seis jogos, time de Guedes fez 11 gols

Quando aceitou assumir o Sport, Sérgio Guedes encontrou um cenário deplorável. A goleada imposta pela Portuguesa no confronto que poderia ter retirado o time da zona de rebaixamento abateu o elenco de maneira contundente e o resultado feriu profundamente a confiança da torcida. Porém, com uma estratégia simples e adotando uma linguagem direta com os atletas, o técnico promoveu uma reviravolta na Ilha do Retiro. Investindo no que o time tem de melhor, deu liberdade aos homens de frente e logo alcançou o melhor desempenho entre os treinadores do time neste Brasileiro.

Uma boa maneira de analisar o desempenho de Sérgio Guedes é olhar para os seus números à frente da equipe. Para começar, ele é o único dos quatro treinadores que comandaram o Sport a ostentar uma marca positiva na comparação entre os gols marcados e os sofridos. Nas últimas seis partidas, enquanto os rubro-negros balançaram as redes adversárias 11 vezes, tiveram sua meta vazada em dez oportunidades. Por outro lado, a decisão de liberar o time para o ataque deixou a zaga mais exposta.

Considerando-se a média de gols sofridos, Guedes supera apenas a era Waldemar Lemos (1,66 x 1,7). Nada que chegue a incomodar o torcedor, que voltou a acreditar na permanência do time ao se deparar com o retrospecto de três vitórias nos últimos quatro confrontos.

É claro que a própria situação do Sport “obriga” o treinador a adotar uma postura mais agressiva, mas a evolução tática do time é inquestionável. Expondo o elenco a uma sequência dura de trabalhos táticos, Guedes conseguiu armar uma equipe competitiva. Encontrou o equilíbrio que seus antecessores apenas vislumbraram. Tanto que mesmo quando decidiu abrir mão de um dos três volantes, conseguiu manter a pegada no meio de campo. Até a zaga - setor mais criticado ao longo da temporada - parece ter dado um tempo nas falhas recorrentes.

Boa parte do sucesso da estratégia de Guedes passa pelos pés de Hugo. Peça-chave do esquema adotado pelo treinador, o meia ganhou liberdade para flutuar no campo ofensivo e resolveu assumir a função de líder técnico do time. Não por acaso, marcou nada menos que cinco gols nos últimos cinco jogos que disputou (ficou fora do jogo com a Ponte Preta por conta da expulsão diante do Atlético-MG). E, pelo visto, o treinador parece decidido a manter a estratégia. “Gosto de times agressivos. Gosto de times competitivos. Sei que se você tiver jogadores competitivos, qualquer proposta é boa. Mas desde garoto, apesar de ter sido goleiro, gostava das equipes mais ofensivas.”

Desempenho dos técnicos
Sérgio Guedes
6 jogos
11 gols feitos
10 gols sofridos

Vágner Mancini
15 jogos
12 gols feitos
22 gols sofridos

Waldemar Lemos
10 jogos
11 gols feitos
17 gols sofridos

Gustavo Bueno
3 jogos
1 gol feito
4 gols sofridos

Fonte: Superesportes

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